quarta-feira, janeiro 01, 2014

RECAPITULANDO O EVANGELHO DE JESUS Capítulo IV Itens18 a 23



                                                         Japanese bridge       Claude Monet



REENCARNAÇÃO e LAÇOS DE FAMÍLIA


               Os laços de família não são desfeitos pela reencarnação, como é pensamento corrente entre muitos. Ao contrário, esta os fortalece, deixa-os mais vigorosos.  Vamos tentar explicar devidamente esta asserção. No plano espacial, os espíritos se dispõem em grupos ou famílias, reunidos pela afeição, simpatia e semelhança de tendências. Felizes por conseguirem manter um contato dentro da compreensão e da harmonia, esses espíritos sempre se procuram. O processo da encarnação não os separa a não ser por algum tempo, tanto que, na volta ao plano espiritual, eles se reencontram como amigos que eram anteriormente. É frequente esses  espíritos se seguirem na encarnação, reunindo-se não raro  numa mesma família ou num mesmo grupo para trabalharem em conjunto pela sua mútua evolução. No caso de um estar encarnado e o outro não, mesmo assim, estarão unidos pelo pensamento, os desencarnados velando pelos encarnados, os mais adiantados tentando reerguer os que claudicam na caminhada de  volta. A cada existência cumprida, um passo dado no caminho à perfeição. Dessas tentativas, os espíritos voltam cada vez menos subordinados à matéria, menos cativos do egoísmo ou de paixões, retornam mais leves, mais serenos. E, assim, podem enfrentar um número ilimitado de reencarnações ou existências corporais sem que suas ligações afetivas sofram qualquer prejuízo.
               É claro que falamos de afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à morte do corpo, já que os seres que se unem neste mundo apenas pelos sentidos, não têm motivo algum para se procurarem no mundo espiritual. Não existem afeições duráveis fora das espirituais. As carnais se acabam com o motivo que as fez surgir, ou seja, não existem mais no campo espiritual, enquanto a alma existe sempre.
               É interessante notar que, entre parentes, há quase sempre uma união afetiva evidente, o que sinaliza a simpatia anterior que os aproximou no plano espiritual. Da mesma forma, costuma-se dizer de uma pessoa cujos gestos, preferências e gostos, destoam dos de seus parentes que ela não parece ser da família. Essa maneira de considerar essas diferenças  constata uma verdade -  a de que Deus libera a encarnação desses espíritos  avessos aos de um grupo familiar com uma intenção:  servir de prova para alguns e de meio  de evolução para outros. Ao contato com espíritos mais evoluídos, esses espíritos antipáticos, aos poucos, vão ganhando consciência dos cuidados que deles recebem e abrandam seus modos, depuram seus costumes, neutralizam sua antipatia. É desse modo que se dá a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos.
               Há quem tema que esse fluxo de reencarnações  promova um aumento sem limite da parentela  - pensamento egoísta que poda o amor amplo a beneficiar um número maior de pessoas. Um espírito de muitas reencarnações irá reencontrar sempre, no mundo espiritual, os mesmos objetos de sua afeição que lhe foram ligados sobre a Terra.
               Esta é a oportunidade de trazermos à tona as consequências da doutrina da não reencarnação que repudia a preexistência da alma. Se as almas são criadas ao mesmo tempo que o corpo, não existe entre elas nenhum elemento de ligação anterior,  são completamente estranhas umas às outras, isto é, a filiação das famílias é apenas corporal, sem nenhum elo espiritual.
               Essa é a situação referente ao passado. Se considerarmos o futuro, de acordo com um dos dogmas fundamentais decorrentes da não reencarnação, o destino das almas é decidido, de modo irrevogável, depois de uma única existência. Com isso, há a cessação do progresso. Se as almas viveram bem ou mal, irão imediatamente para o céu ou para o inferno eternos, separadas para sempre e sem esperança de se aproximarem e, portanto, de se reverem, o que significa a rutura total dos laços de família.
               Com a reencarnação e o progresso que ela promove, todos aqueles que se amaram, se reencontram na Terra e no espaço e gravitam juntos para chegar a Deus. Os que falham no caminho atrasam seu desenvolvimento, mas não perdem a esperança. Auxiliados pelos que os amam, encorajados a reagir com mais tenacidade, conseguirão um dia o posicionamento pretendido. Disso resulta que, com a reencarnação, chega-se à solidariedade entre encarnados e desencarnados, o que salvaguarda os laços afetivos.

             Em súmula, quatro alternativas se apresentam ao homem para seu futuro de além- túmulo: a) o nada, dos materialistas; b) a absorção no todo universal, da teoria panteísta; c) a individualidade com a fixação definitiva de sua sorte, segundo a doutrina católica; d) a individualidade com progresso indefinido, segundo a doutrina espírita. De acordo com as duas primeiras, os laços de família se rompem depois da morte e não há nenhuma esperança de reencontro. Com a terceira, há a chance de reencontro para os espíritos que ocupam o mesmo patamar. Com a quarta, a da pluralidade de vidas baseada na progressão gradual, há a certeza na continuidade das relações - a família verdade.  

               Pra meus amigos  leitores, uma mensagem suave para inaugurar o ano de 2014.

                                                           http://youtu.be/V_lVvjQGpYg


3 comentários:

Anônimo disse...

"Com a reencarnação e o progresso que ela promove, todos aqueles que se amaram, se reencontram na Terra e no espaço e gravitam juntos para chegar a Deus. Os que falham no caminho atrasam seu desenvolvimento, mas não perdem a esperança. Auxiliados pelos que os amam, encorajados a reagir com mais tenacidade, conseguirão um dia o posicionamento pretendido. Disso resulta que, com a reencarnação, chega-se à solidariedade entre encarnados e desencarnados, o que salvaguarda os laços afetivos."
Somos espíritos livres para pensar,fazer escolhas e alcançar metas. Se temos a liberdade de pensar, de escolher e a possibilidade de atingir o objetivo colimado, por que, então, subjugar-se à dogmas escravizantes que impingem aos seguidores crenças que não se apoiam na razão? A teoria da unicidade de vida é retrógada, injusta e nos dá a ideia de um Deus austero, inflexivel, desumano que ao fim de uma única experiência nos condena ao fogo eterno do infermo ou nos oferece as blandícias sem fim de um céu de total ociosidade, evidente constraste com a afirmação de Jesus: "Meu Pai trabalha até hoje e eu também trabalho".
Reencarnação é, no caso, sinônimo de recomeço, de oportunidade nova dada por Deus para remissão de erros cometidos e o consequente aperfeiçoamdento espiritual.
Minha mana querida, de onde teria vindo nossa afinidade, nosso amor fraterno se nossos espíritos houvessem sido criados nos dias 7.3.1927 e 17.4.1930 sem que antes não tivessimos nos conhecido e labutado em outras experiências encarnatórias?
Esse é o meu modo de ver e de sentir o tema abordado no seu blog.
Meu beijo carinhoso e cheio de emoção.
Felinto Elízio

Anônimo disse...

"Com a reencarnação e o progresso que ela promove, todos aqueles que se amaram, se reencontram na Terra e no espaço e gravitam juntos para chegar a Deus. Os que falham no caminho atrasam seu desenvolvimento, mas não perdem a esperança. Auxiliados pelos que os amam, encorajados a reagir com mais tenacidade, conseguirão um dia o posicionamento pretendido. Disso resulta que, com a reencarnação, chega-se à solidariedade entre encarnados e desencarnados, o que salvaguarda os laços afetivos."
Somos espíritos livres para pensar,fazer escolhas e alcançar metas. Se temos a liberdade de pensar, de escolher e a possibilidade de atingir o objetivo colimado, por que, então, subjugar-se à dogmas escravizantes que impingem aos seguidores crenças que não se apoiam na razão? A teoria da unicidade de vida é retrógada, injusta e nos dá a ideia de um Deus austero, inflexivel, desumano que ao fim de uma única experiência nos condena ao fogo eterno do infermo ou nos oferece as blandícias sem fim de um céu de total ociosidade, evidente constraste com a afirmação de Jesus: "Meu Pai trabalha até hoje e eu também trabalho".
Reencarnação é, no caso, sinônimo de recomeço, de oportunidade nova dada por Deus para remissão de erros cometidos e o consequente aperfeiçoamdento espiritual.
Minha mana querida, de onde teria vindo nossa afinidade, nosso amor fraterno se nossos espíritos houvessem sido criados nos dias 7.3.1927 e 17.4.1930 sem que antes não tivessimos nos conhecido e labutado em outras experiências encarnatórias?
Esse é o meu modo de ver e de sentir o tema abordado no seu blog.
Meu beijo carinhoso e cheio de emoção.
Felinto Elízio

Old Mag disse...

Obrigada, mano sua contribuição é sempre válida, sempre esclarece, alarga a compreensão da questão proposta. E você está sempre aqui, abrindo os comentários de cada post como um anjo da guarda de nós todos.
E que você se sinta bem como nosso orientador. Fraternalmente.
Magaly