terça-feira, abril 05, 2005

Infelizmente, não consegui cumprir o que havia prometido no prazo indicado (Vide post anterior). Mas já vislumbro a possibilidade de retomar este blog, não digo com a assiduidade de antes, pelo menos com um intervalo mais ou menos regular a cada post.
Hoje, trago o antepenúltimo resumo do livro que estávamos cobrindo: O que é o Espiritismo?

QUALIDADE DOS MÉDIUNS

A mediunidade é uma faculdade do organismo. Pode apresentar-se desenvolvida tanto em indivíduos mais dignos como nos menos dignos.
Os espíritos incorporam de boa vontade esse ou aquele médium, segundo o grau de simpatia que os aproxima.
A qualidade do médium não depende da maior ou menor facilidade com que ele obtém comunicações, mas por sua aptidão em recebê-las e pela habilidade em não se deixar ludibriar por espíritos levianos ou embusteiros.
Mesmo os médiuns menos moralizados podem receber boas comunicações de bons espíritos que lhes querem dar bons conselhos, o que eles aceitarão ou não melhorando ou agravando sua própria condição de vida.
A ação do missionário cuja tarefa é moralizar os indivíduos criminosos equipara-se à dos Espíritos bons em relação a médiuns imperfeitos.
O médium imperfeito, que não procura corrigir-se, corre o risco de tornar-se presa dos maus espíritos, que o podem levar à ruína ainda mesmo na vida terrena.
Por outro lado, os médiuns de maior mérito não estão livres de mistificação por parte de espíritos enganosos. Na realidade, é difícil uma pessoa, entre nós, suficientemente elevada que não tenha pontos fracos, acesso aberto aos maus espíritos. De qualquer maneira, havendo deslizes no médium bem intencionado, a experiência vai funcionar como aprendizagem para que ele passe a distinguir a verdade do erro mediante um atento exame prévio.
Todas essas mistificações podem ainda ser prova para a paciência e persistência na fé do espírita, seja ele médium ou não.
O que distingue um médium em si é a qualidade de que já falamos, ou seja, a faculdade, podendo ele ser mais ou menos desenvolvido.
O médium que pode ser qualificado de bom médium, o médium seguro, é aquele que consegue aplicar sua faculdade de modo a tornar-se apto a servir de intérprete aos bons espíritos evoluídos.
Quanto mais elevado moralmente, mais capaz o médium de conciliar a simpatia dos bons espíritos, o que lhe faculta ascendência sobre os maus espíritos. Isto se aplica não só aos médiuns, mas a todos indistintamente, pois ninguém está livre da influência dos espíritos.
Cabe aos médiuns lutarem contra o orgulho, o perigo de se imaginarem importantes e indispensáveis, já que isto pode levá-los à ruína moral.
O médium deve ser simples e modesto, feliz com a faculdade que possui sendo esta um meio de torná-lo útil.
Para resumir, a mediunidade é um dom concedido por Deus, do qual ninguém deve abusar.

Sua finalidade é pôr os encarnados em relação direta com os espíritos daqueles que já viveram, os quais contribuirão com ensinamentos e iniciações da vida futura, como também para auxiliar os espíritos que não encontraram ainda seu rumo no plano espiritual.
A mediunidade está para o invisível assim como a visão está para o mundo visível. Aquele que dela se utiliza para seu adiantamento e de seus irmãos estará cumprindo uma verdadeira missão e verá seu esforço recompensado. Os que a utilizam em coisas levianas, ou para satisfazer seus interesses materiais desviam-na de sua finalidade providencial e se verão prejudicados.