sábado, novembro 02, 2002

Deus! Espantei-me quando vi o útimo dia em que escrevi aqui. Perdoem-me.
Que trago pra vcs hoje? Um trabalho lindo escrito por minha irmã Marisa, o qual transcreverei a seguir. Antes, porém, quero avisar que, por ser um trabalho longo, será dividido em cinco ou seis porções, em posts seguidos, se possível, diários. Intitula-se :
Maria de Nazaré
"Vamos falar de Maria, Mãe de todas as Mães, Mãe da Humanidade, Maria, a Rosa Mística de Nazaré. E falar de Maria é falar de Amor, de Renúncia, de Abnegação, de Sacrifício.
Em uma pequena casa situada na parte retirada de Nazaré, na Galiléia, viviam a viúva Ana e sua filha caçula Maria, moça bela, mística, possuidora de inquebrantável fé.
Apesar de pobres, eram de linhagem nobre, pois descendiam da casa de Davi. Como todos os judeus, Ana e Maria liam os livros sagrados, observando os ritos fielmente.
Maria levava vida simples, ajudando a mãe nos afazeres domésticos, cuidando dos animais, da horta, do jardim, de cujas flores, extraia os óleos do incenso.. Apanhava água no poço da cidade. Preparava os óleos para as lâmpadas.
Como toda filha judia, Maria aprendera tudo isso na adolescência para, mais tarde, saber desincubir-se dos serviços da casa do marido.
Quando Zacarias, esposo de sua prima Isabel, foi nomeado para os ofícios sagrados do templo, Maria foi enviada a Jerusalém. Ali ficou por uns dias, sob os cuidados espirituais do casal, participando dos trabalhos nas oficinas do Templo. Isso era de capital importância na educação de uma moça judia.
Em Belém, na Judéia, vivia José, carpinteiro de profissão que também descendia da casa de Davi, se bem que de ramo empobrecido dessa família e, portanto, zeloso em preservar a pureza de sua linhagem. Nada se conservava com maior desvelo, numa família,judia, do que o registro de seus antepassados, que se transmitia de geração a geração, como o mais precioso dos bens.
José não podia aspirar a casar-se com membro de uma das ricas famílias da casa de Davi. Sabendo, porém, que, em Nazaré, viviam Ana e sua filha, da mesma linhagem que a sua, dirige-se àquela cidade a fim de desposar Maria.
Chegando a Nazaré, procura um tio paterno de Maria, com o qual era aparentado, e revela-lhe suas intenções.
À noite desse mesmo dia, José é levado à casa de Ana que acatou o pedido.
José é apresentado à congregação, que se achava reunida na sinagoga e é anunciado o seu desejo de desposar Maria e estabelecer-se na comunidade. Foi aceito como cidadão de Nazaré, embora algumas versões falem que ele ali já residia. Seria viúvo, já tendo filhos.
O contrato do casamento entre José e Maria foi lavrado conforme a tradição de Israel. Estava, assim, Maria, noiva de José. Logo estaria casada, como qualquer outra moça, de conformidade com as leis de Moisés. Pertencia-lhe agora, fora indicada para cumprir os deveres de uma esposa, deveres esses de todas as judias, quais o de dar um filho homem ao esposo e construir o seu lar em Israel.
Naquele tempo, o matrimônio entre judeus compreendia duas cerimônias. Na primeira, oficializava-se o compromisso perante testemunhas. Na segunda, um ano mais tarde, festejava-se a efetivação do contrato. Só a partir da segunda cerimônia é que os cõnjuges passavam a coabitar.
Maria está em casa, entregue às suas ocupações diárias. Sente, porém, que algo de estranho está para acontecer. Entra no seu quarto e percebe que não está sozinha. Vê o Espírito Gabriel, ouve-lhe a voz a saudá-la : --- Salve agraciada , o Senhor é contigo!.
Maria perturba-se muito e põe-se a pensar no significado daquela saudação. Mas Gabriel lhe diz que não tema e lhe explica que ela dará à luz um filho que deverá ser chamado de Jesus. Este seria um grande homem, conhecido como filho do Altíssimo e reinaria para sempre..
Fitando-o, Maria pergunta : ---Como será isto, pois não conheço varão? Ao que Gabriel responde : --- O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te protegerá. Portanto, o ente sagrado que sairá do teu ventre será chamado Filho de Deus. E anuncia-lhe ainda que sua prima Isabel, apesar da idade avançada, havia concebido, já estando no sexto mês de grdvidez.
A perturbação de Maria se dissipa e submissa, contrita, afirma suave e docemente : --- Aqui está a serva do Senhor , que se cumpra em mim, conforme a Tua palavra.

Continua no próximo post.

Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.