segunda-feira, junho 27, 2011

DEVERES

 
Oil  painting / Classical figures / Portrait
     
      No friozinho do inverno bem que é bom tirar umas horinhas para ler e refletir.  E as lições do Evangelho segundo o Espiritismo bem que cumprem essa finalidade. Estava pensando na escolha de um tema, quando me deparei com um artigo  publicado na revista O Consolador de 11 de junho de 2011. Quem escreve é nosso já conhecido Felinto Elízio, meu irmão de sangue e de lide espírita e que é sempre cuidadoso  com o tamanho da apresentação, o que facilita o problema com disponibilidade de tempo, dificuldade  de todos nós nos dias de hoje.

 DEVERES                                                                  


       “... Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Lucas, 20:25)

       Em sua romagem terrena, o homem se vê a braços com múltiplas obrigações. Assim é que atende a deveres familiares e a compromissos profissionais, submete-se a preceitos sociais e a imposições governamentais, impulsionado pelo sentimento de afetividade ou pela noção de responsabilidade, levado pelo desejo de manter as aparências ou pela necessidade de estar na legalidade.

      Ante as pressões e exigências que a vida inflige no plano físico, o homem tende aos extremos, ora escravizando-se aos reclamos do mundo em detrimento dos interesses do espírito, ora dedicando-se fanaticamente às cousas sagradas, subtraindo-se ao tributo devido à matéria.

      O bom senso, todavia, nos induz ao equilíbrio das ações no tocante ao cumprimento dos encargos que a vida material reserva e no que diz respeito à preparação espiritual para a vida futura no além.

       Por isso, com muita sabedoria, Jesus respondeu aos que o procuravam tentar, perguntando se seria lícito pagar impostos ao governo de Roma: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.

      Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 6 e 7, Kardec comenta a referida passagem evangélica nos termos seguintes:

      “A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: ‘É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?’

      Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas ‘Jesus, que lhes conhecia a malícia’, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido.

      Esta sentença: ‘Dai a César o que é de César’, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é consequente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.”

Felinto Elízio Duate Campelo
felintoelizio@gmail.com
Maceió, Alagoas 


 
Oil painting / Classical figures / A boy portrait 

      Hora de voltarmos à leitura de Nosso Lar seguindo o roteiro de estudo apontado pela nossa orientadora Dra. Marlene Nobre:

Capítulo 28 – Em serviço
1 – A felicidade do trabalho construtivo.
2 – O trabalho socorrista no Umbral.
3 – O impulso de André Luiz para se libertar do “homem velho”.
4 – A honra de servir: fadiga nos braços, júbilo no coração.
5 – A bondade de Narcisa e o programa de auxílio aos familiares.

Capítulo 29 – A visão de Francisco 
1 – O valor do incentivo de uma grande amiga: dona Laura.
2 – O terrível apego ao corpo físico, ao transitório.
3 – O poder da criação mental.

Capítulo 30 – Herança e Eutanásia
1 – Reparar nas próprias deficiências auxilia a não julgar o próximo. Predispõe ao cultivo da simpatia.
2 – Ninguém nasce no planeta para acumular moedas nos cofres ou valores nos bancos. A maior herança é cultivar tolerância, humildade, compreensão.
3 – O efeito devastador da eutanásia.
4 – O ódio recíproco alimentado pelo pensamento.


       Enfim, encerro o post com um vídeo interessante que deixo aqui para distraí-los das tensões e estimulá-los ao estudo consciente. É só clicar no link abaixo: