terça-feira, julho 01, 2014

                                       Cerejeiras  Floridas    Via Google

Meus companheiros de estudo,

Estava postando para vocês o tema de hoje, quando fui interrompida por uma visita surpresa de uma pessoa muito querida. Ao fim do 'papo' gostoso, voltei à tarefa interrompida e a encerrei sem me dar conta de que havia escolhido para o post de hoje uma música linda que todos curtem muito: a Oração de São Francisco,  interpretada por nosso querido cantor Fagner, acompanhado por Quarteto Iguaçu e Orquestra de Tunas, em show realizado no Teatro Guaíra, em18/12/2012. Aqui está o link no qual vocês clicarão. Já experimentei e  funcionou direitinho.

De modo que agora é só clicar e ouvir, com o pensamento no Alto. 


https://www.youtube.com/watch?v=ceyKB8_Fn7k

Até mais.

RECAPITULANDO O EVANGELHO DE JESUS Capítulo V Itens 24 a 26

                                                               
                        From Google           Cerejeiras em flor
            

    RECAPITULANDO O EVANGELHO DE JESUS      Capítulo V     Itens 24 a 26

           Como no capítulo anterior, faremos releitura de textos de espíritos iluminados, na tentativa de entendermos certos conceitos, às vezes, só parcialmente percebidos, o que nos tem causado certo desconforto. Vamos começar pelo texto de  DELPHINE DE GIRARDIN, Paris / 1861, que explica o verdadeiro sentido de  
                                         
              
               A INFELICIDADE REAL
          
          As pessoas, em sua maioria, falam da infelicidade que teem experimentado e acham que teem conhecimento de seus múltiplos aspectos. Venho garantir-lhes que quase todos se enganam e que a infelicidade real não é tudo aquilo que os infelizes da Terra supõem. Eles a enxergam na falta de recursos, no fogão sem gás, na ameaça do credor, na perda de um filho ou de um parente próximo, na traição de alguém, na vaidade desamparada e outras razões congêneres. Tudo isso se chama infelicidade na linguagem humana.Certo, mas isso é infelicidade para os que só vêem o presente, o aqui e o agora.  A infelicidade real está mais na consequência de uma coisa do que na própria coisa. Tentando exemplificar, é o caso de um acontecimento feliz que, por circunstâncias alheias à nossa percepção, tem uma consequência funesta. Não é pior do que aquele que causa primeiro um abalo, um efeito ruim e termina resultando num bem? Um exemplo disso são as tempestades que caem com ventos fortes derrubando árvores, alagando ruas, causando transtornos. Passam de repente e a consequência dela é um ar saneado, saudável que vai fazer bem aos moradores da região.
          Deste modo, vemos que, para julgar uma coisa, é necessário apreciar suas consequências, ou seja, para perceber o que é, efetivamente, feliz ou infeliz para o homem, é preciso que nos transportemos além desta vida, pois é lá que as consequências se fazem sentir. Isto equivale a dizer que tudo o que se chama infelicidade fina-se com a vida e encontra sua compensação na vida futura.
         Mas a infelicidade pode surgir sob nova forma, uma forma atraente e risonha que a faça extremamente desejada. A infelicidade sob a forma de alegria, fama, agitação, satisfação desenfreada da vaidade que embotam a consciência, comprimindo a ação do pensamento, confundindo o homem sobre seu futuro.
          Não se iludam os saciados. As provas credoras espreitam o ilusório repouso para mergulhá-los de repente, na agonia da verdadeira infelicidade.
          O Espiritismo vem em ajuda aos que precisam de esclarecimento, recolocando em sua verdadeira luz a verdade e o erro tão avassaladoramente desfigurados pela cegueira humana. E nos adverte: que importa àquele, que tem fé no futuro, deixar na Terra sua fortuna e seu corpo material se sua alma entrará leve e descomprometida no plano espiritual?

          Voltemos nossa atenção agora para o texto

                        A MELANCOLIA de FRANÇOIS DE GENÈVE, Bordéus.

          Muitas vezes, uma tristeza se apodera de nossos corações e nos faz exclamar contra a vida que levamos. É nosso Espírito que deseja a felicidade da vida plena, a liberdade, mas se sente preso ao corpo material, não medindo esforços para ver-se livre dele. Diante da dificuldade, desanima, entrega-se, e o corpo, sob sua influência, cai também em abatimento, em melancolia.
          Nosso conselheiro aqui nos vem explicar e exortar: esse desejo de uma vida melhor é inato ao espírito de todos os homens, mas não devemos procurá-la neste mundo. Deus nos enviará Espíritos capazes de nos instruir sobre a felicidade que nos reserva. Temos somente que esperar com paciência o anjo da libertação que nos ajudará a romper os laços do cativeiro.  Apenas não podemos esquecer que, durante nossa prova na Terra, temos que cumprir com garra, desvelo e paciência, a missão que nos foi anteriormente destinada, rebatendo corajosamente os desgostos e as decepções. Serão de curta duração e vão certamente nos conduzir à companhia dos amigos que ora choramos. Eles nos receberão com entusiasmo e, a determinada altura, nos conduzirão a um lugar onde o sofrimento da Terra definitivamente não terá acesso.

        
           Um tema se impõe agora :

                      PROVAS VOLUNTÁRIAS. O VERDADEIRO CILÍCIO 

 e nos será esclarecido por um ANJO GUARDIÃO, Paris, 1863.

            O tema guarda uma palpitante interrogação: É permitido abrandar nossas próprias penas?
          
           Isso equivale a indagar a uma pessoa que está sendo consumida pelas chamas de um incêndio se ela deve tentar se salvar; ou àquele que foi atropelado, se aceita ser atendido em um hospital; ou ainda, a alguém atingido por uma bala, se quer tentar extrair o projétil do corpo.  Provas como essas visam a exercitar a inteligência, a paciência e a resignação. Pode alguém nascer em situação penosa, complicada, exatamente para ser forçado a procurar meios de derrubar os obstáculos que atrapalham sua vida. E o mérito cabe àquele que consegue suportar a consequência de males inevitáveis, sem lamúrias ou indignação, em prosseguir na luta e não entrar em desespero, caso não seja bem sucedido em seus esforços.
        Paralela a essa questão, existe uma constatação nas palavras de Jesus: “Bem-aventurados os aflitos”.  A indagação que se impõe aqui é se há mérito em procurar aflições, agravando as próprias provas por sofrimentos voluntários. A resposta que se impõe é SIM: há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações teem por finalidade o bem do próximo, pois é a caridade pelo sacrifício. E é NÃO quando tem por objetivo satisfazer-se, a si próprio, seu próprio egoísmo.
          A esta altura, uma observação pode ser colocada em linha de conta. Que nós, aprendizes da Vida, nos contentemos com as provas que Deus nos envia e as recebamos tendo em mente que Ele só nos pede que as aceitemos sem lamentações e com bastante fé. Pede-nos também que não enfraqueçamos nosso corpo com sacrifícios inúteis e mortificações fora de propósito porque temos necessidade de todas as nossas reservas pra cumprir nossa missão na Terra. Qualquer tortura a nosso corpo é contravenção à lei de Deus. Providenciar o enfraquecimento do corpo é caminho para o suicídio.
          Diferente é o sofrimento que se pode impor a si mesmo para alívio do outro. Se você aguenta o frio ou a fome para esquentar ou alimentar aquele que tem necessidade desses cuidados, e se seu organismo sofre com isso, eis o sacrifício reconhecido por Deus. Você que é capaz de sacrifícios duros pelo próximo, que soube escolher seu cilício, seu modo de sacrificar-se pelo seu irmão em Deus é a prova viva de que as fruições do mundo não lhe secaram o coração. Já não podemos dizer o mesmo dos que se isolam para servir a Deus. Onde a validade desse comportamento? Martirizar o corpo sem finalidade não eleva a alma, não aproxima ninguém do Pai. A única via de acesso a Deus é, realmente, a prática do amor, da misericórdia, da bondade.