sábado, outubro 25, 2003

Recebi tantos textos bonitos que não sei qual devo escolher para abrir o post de hoje.

A VOZ DAS COISAS

Aprenda a escutar a voz das coisas...
...e verás como tudo fala, como tudo se comunica contigo.

Em cada indelicadeza, assassino um pouco aqueles que me amam.
Em cada desatenção, não sou nem educado, nem cristão.
Em cada olhar de desprezo, alguém termina magoado.
Em cada gesto de impaciência, dou uma bofetada invisível nos que
convivem comigo.
Em cada perdão que eu negue, vai um pedaço do meu egoísmo.
Em cada ressentimento, revelo meu amor-próprio ferido.
Em cada palavra áspera que digo, perdi alguns pontos no céu.
Em cada omissão que pratico, rasgo uma folha do evangelho.
Em cada esmola que eu nego, um pobre se afasta mais triste.
Em cada oração que não faço, eu peco.
Em cada juízo maldoso, meu lado mesquinho se aflora.
Em cada fofoca que faço, eu peco contra o silêncio.
Em cada pranto que enxugo, eu torno alguém mais feliz.
Em cada ato de fé, eu canto um hino à vida.
Em cada sorriso que espalho, eu planto alguma esperança.
Em cada espinho, que finco, machuco algum coração.
Em cada espinho que arranco, alguém beijará minha mão.
Em cada rosa que oferto, os anjos dizem: Amém!

Por Roque Schneider


Tão bom que fizéssemos uso prático do que lemos em mensagens como esta!
Ouvir a voz das coisas, ser sensível a ponto de entendê-la e absorvê-la, afastar toda e qualquer ação negativa geradora de desânimo, mágoa, desespero, desamor, rejeição, infelicidade para dar lugar somente ao exercício dos atos que redundam em
ânimo, bem-estar, esperança, amor, aceitação, felicidade.
As pessoas seriam mais seguras, mais destemidas para enfrentar as dores do corpo e as dores da alma como fases de um processo evolutivo.


A PAZ PERFEITA

Havia um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de
captar numa pintura a paz perfeita. Foram muitos os artistas que tentaram.

O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que
ele realmente gostou e teve que escolher entre ambas.

A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito
onde se refletiam as plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas
encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas. Todos que
olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.

A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e
estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual
se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo
parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada
pacífico.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata
havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto
encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água,
estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.
Paz perfeita.

Qual a pintura ganhadora?

O rei escolheu a segunda. Por quê?

Porque, explicou o rei, ´paz não significa estar num lugar sem ruídos,
sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor.

´Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos
calmos no nosso coração´.

´Este é o verdadeiro significado da paz´.



A partir deste conceito de paz perfeita, façamos uma prece de encerramento para este post de hoje. Concentrados, recitemos:

PRECE

Por André Luiz

Senhor,
Em tudo quanto te peço, conquanto agradeça a infinita bondade com que me atendes, não consideres o que eu te rogue, mas aquilo de que eu mais necessite. E quando me concederes aquilo de que eu mais precise, ensina-me a usar tua concessão, não só em meu proveito, mas em benefício dos outros, a fim de que eu seja feliz com tua dádiva, sem prejudicar ninguém.


Que a paz se faça para todos nós













domingo, outubro 19, 2003

Demorei um pouco a postar de novo. É assim mesmo, a cabeça pensa numa direção e a debilidade física nos obriga a uma marcha mais lenta. É o corpo carpindo a dor. Logo estarei refeita material e espiritualmente. Temos tanto que conversar!

Na realidade, ainda estou com dificuldade de discorrer sobre assuntos atinentes à Doutrina dada a dispersão em que ainda estou mergulhada. Isto não tem tanta importância, pois posso valer-me de textos de reconhecida validade. É o que farei em seguida.
Aqui estão excerptos de Coragem´, do livro Os prazeres da alma de Francisco do Espírito Santo Neto / pelo espírito de Hammed.

Não podremos ser autênticos se não formos corajosos. Não poderemos ser originais se não lançarmos mão do destemor. Não poderemos amar se não corrermos riscos. Não poderemos pesquisar ou perceber a realidade se não fizermos uso da ousadia.

A palavra coragem vem da raiz latina cor, cordis, que significa coração (sede ou centro da alma, da inteligência e da sensibilidade). Portanto, ser corajoso significa agir utilizando um potencial que vem de dentro - a voz do coração.
Coragem...é a certeza íntima que se demonstra na moderação dos atos e atitudes, na firmeza do caráter e no desempenho perseverante de uma atividade.
É necessário coragem para assumir as conseqüências de nossas ações e desacertos; para suportar a vontade de retrucar de acordo com as ofensas recebidas; para sentir e fazer as coisas que acredtamos serem certas para nós, ainda que o medo da rejeição e da discriminação nos ameace; para aprender a dizer ´não´, impedindo que passemos a vida inteira sendo usados ou explorados; para ver as coisas pelo lado bom, esperando sempre uma solução favorável; para não aceitar responsabilidades que não são nossas, mas de amigos ou parentes imprudentes que se omitem em executá-las.
A criatura realmente corajosa sabe que viver é correr riscos, é enfrentar o desconhecido.
...Correr riscos indica a probabilidade de insucesso em função de ocorrências que, muitas vezes, escapam de nossas mãos.
...Usar a alma como guia e não precisar de consentimento exterior é utilização correta da verdadeira coragem - postura psicológica que nos plenifica, em qualquer nível, nas pretendidas realizações pessoais.


Espero ter contribuído para que cada um possa situar-se em relação ao exercício da coragem de que dispõe e do modo como a utiliza.


Fiquemos por aqui. Que a graça divina nos alcance de acordo com nosso merecimento e com nossa coragem em lidarmos com a vida que nos foi confiada. Assim seja.