terça-feira, janeiro 22, 2008

AUTOCONHECIMENTO

ANJO SERGIO PRATA Encáustica a frio, tinta acrílca, pigmento fosforescente e filtros fluorescentes Pintura trifásica
Caros visitantes desta página

Nosso último contato se deu em fins de novembro. De dezembro pra cá, estive envolvida com assuntos pessoais ligados a questões de saúde, deixando de manifestar-me sobre as Festas de fim de ano, omissão que certamente os amigos hão de compreender e relevar.

Volto agora, de vagarzinho, enquanto espero a hora de receber a indicação das lentes que me darão condições de escrever sem tanto atropelo.

E, desejando que 2008 seja um ano mais iluminado para todos nós, volto-me para o tema que escolhi para iniciá-lo.

Vamos falar de uma qualidade inata ao homem, que precisa ser exercitada com muito empenho por todos nós, o que melhorará os relacionamentos interpessoais de forma surpreendente.
Trata-se de AUTOCONHECIMENTO, qualidade que, trabalhada, nos leva a perceber gradativamente aquilo que podemos modificar em nós mesmos para chegarmos à nossa própria essência.

Reconhecendo nossos pontos fracos, estaremos aptos a respeitar nossos semelhantes sem nos arriscarmos a projetar neles nossas próprias deficiências.

Só nessa condição, poderemos pensar em ajudar nosso semelhante. Como o autoconhecimento exige uma constante auto-reflexão, este permanente olhar para dentro de nós mesmos nos dá a capacidade de descobrir nossa própria limitação e a atenuar as críticas a nós mesmos e aos outros.

As pequenas diferenças mal vivenciadas durante um longo período de tempo transformam nossas relações, quer sejam de negócios, de amizade, de família, até mesmo as conjugais, em relações mal sucedidas, podendo abalar , até mesmo destruir relacionamentos duradouros, pois nós somos capazes de projetar na vida interpessoal pensamentos e emoções inaceitáveis . É o nosso lado obscuro – a área do inconsciente que é responsável por nosso comportamento indesejável em uma situaçao desagradável dentro de um relacionamento. É o que acontece também com o tipo de mensagem subliminar que emitimos no ato de nos horrorizarmos com a postura comportamental de certos segmentos sociais, como o comportamento sexual de certos grupos e a discriminação de raças, credos e minorias. Isto significa que nossos maiores adversários estão dentro de nós mesmos. Daí a importãncia de termos que enxergar com nitidez nosso lado sombrio para podermos alcançar a nossa paz intrerior.

Enfim, não somos aquilo que parecemos ser. Graças ao autoconheciento, podemos, aos poucos, nos transformar, descobrindo nesse processo nossos potenciais latentes, o que nos revelará aquilo que somos em essência.

Na realidade, só tememos aquilo qie ignoramos. Aqueles que não se conhecem a si mesmos não conseguirão ter um bom relacionamento com qualquer outra pessoa.
Temos que afastar hábitos e crenças que nos tornam inconscientes de nossa própria vida íntima, prescrutar nossas sensações externas e internas, fazer uso da nossa capacidade de reflexão.
Lançando um olhar psicológico sobre o Novo Testamento, chegaremos à conclusão de que Jesus foi um psicoterapeuta arguto e moderno. Seus argumentos, seu estilo de agir e de viver apresentam um significado oculto, insuspeitado pelo mero observador.
O episódio de Seu caminhar sobre as águas remete-nos ao significado da água como a energia desconhecida da alma, ou seja, o simbolismo da sombra, da vida inconsciente, daquilo que está embutido na alma e que o homem tenta trazer à tona para sua segurança. Jesus caminhando na superfície líquida simboliza o domínio do lado escuro da natureza humana, do medo e da insegurança, efeitos da sombra pessoal e coletiva, motivos da desunião entre pessoas e grupos sociais. Como não entendemos bem essa zona assentada no inconsciente, jogamos nossa sombra nas qualidades desagrdáveis dos outros.
Aceitando esses opostos, tais como: delírio de poder X manifestação de fraqueza, emulação X menosprezo, excesso X desinteresse, atitude montada X credulidade, gozo em ter X passividade, chegamos à postura equilibrada, que é o meio-termo entre essas oponências.
A postura mediadora porá termo à nossa intolerãncia com nós mesmos e com nossos pares. É a isto que chamamos amor, o sentimento que liga as pessoas e as interliga com as demais, passando-nos a alegria de viver, a felicidade de progredir.
A doutrina espírita está aí para nos dizer que o desequilíbrio se situa na intimidade dos indivíduos e que, desvelando nossas sombras, alcançaremos nossa auto-renovação Façamos como o Mestre Jesus, que nos encoraja a andar sobre as águas, ou seja, a vasculhar o interior de nós nesmos, analisar nossas próprias profundezas.
Pode o espectro desta sombra humana parecer inabalável em sua força e intensidade, mas trazido à luz da consciência, constataremos que se trata apenas de uma face nossa ainda necessitada de aprendizagem e da capacidade de perceber a magnitude da bondade de Deus.


Extraído dos capítulos do mesmo nome do livro “OS PRAZERES DA ALMA’ de Fracisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed.


Leiam, reflitam, comentem entre si ou aqui no espaço para comentários, não adiem este esplêndido exercício de reflexão e autoconhecimento.
Paz para todos nós.