domingo, dezembro 22, 2002

Para o Natal um LEMBRETE que recebi do amigo Cláudio :

DEUS SABE O QUE FAZ.
O HOMEM NÃO É DEUS.
TEMOS MUITO QUE APRENDER.

amigo@ circulando.com

FELIZ NATAL!

quarta-feira, dezembro 18, 2002

A uma semana da mais signifacativa festa do mundo cristão, incorporo-me ao espírito do Natal.
Quero desejar a todos uma festa bonita em que reine a tranqüilidade e a consciência de nossa responsabilidade nesta passagem pela Terra. Então, façamos como nos aconselha Richard Simonetti em "Luzes do Caminho" :

"Basta disciplinar a mente, observando feliz recomendação do apóstolo Paulo (Filipenses,4:8) :

Quanto ao mais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro,
tudo que é honesto,
tudo que é justo,
tudo o que é puro,
tudo o que é amável,
tudo o que granjeia bom nome,
tudo o que é virtuoso,
todo o que é digno de louvor,
seja objeto de vossos pensamentos.


Minha contribuição para o Natal vai aqui em:

MENSAGEM DE NATAL

Ao longe, um ponto luminoso...
Os caminhos são ásperos
a atmosfera é tensa,
os riscos são reais.

A distância, o mesmo ponto de luz...
Moral e Ética esvaziam-se.
Na era da comunicação,
o entendimento é falho, falso, fátuo.

O sinal de luz permanece lá...
A sociedade poderá implodir?
Renascerá das cinzas,
segundo a mitologia?

A luz distante cintila
dentro dessa busca inquieta...

É o Espírito do Natal
que se faz presente
com sua luz
e seu canto de esperança!


FELIZ NATAL a todos com esperanças dilatadas.










segunda-feira, dezembro 09, 2002

Aproxima-se o Natal e esta é a ocasião propícia para se trazer à luz histórias de amor e sacrifício, de sabedoria e doação. Para vocês, então, trago

O AVISO

Está sendo procurado.
Homem considerado galileu.
Trinta e três anos.
Pele clara e expressão triste.
Cabelos longos e barba maltratada.
Marcas sanguinolentas nas mãos e nos pés.
Caminha habitualmente acompanhado de mendigos e vagabundos, doentes e mutilados, cegos e infelizes. Onde aparece, freqüentemente, é visto entre grande séquito de mulheres, sendo algumas de má vida, com crianças esfarrapadas.Quase sempre está seguido por doze pescadores e marginais. Demonstra respeito para com as autoridades determinando se dê a César o que é de César, mas espalha ensinamentos contrários à Lei antiga, como sejam:
- o perdão das ofensas;
- o amor aos inimigos;
- a oração em favor daqueles que nos perseguem ou caluniam;
- a distribuição indiscriminada de dádivas com os necessitados;
- o amparo aos enfermos, sejam eles quais forem;
- e chega ao cúmulo de recomendar que uma pessoa espancada numa face ofereça a outra ao agressor.
Ainda não se sabe se é um mágico, mas testemunhas idôneas afirmam que ele multiplicou cinco pães e dois peixes em alimentação para mais de cinco mil pessoas, tendo sobrado doze cestos.
Considerado impostor por haver trazido pessoas mortas à vida, foi preso e espancado.
Sentenciado à morte, com absoluta aprovação do próprio povo, que o condenou, de preferência a Barrabás, malfeitor conhecido, recebeu insultos e pedradas, sem reclamar, quando conduzia a cruz às costas.
Não se defendeu quando questionado pela Justiça, complicando-se-lhe a situação porque seus próprios seguidores o abandonaram nas horas difíceis. Sob afrontas e zombarias, foi crucificado entre dois ladrões.
Não teve parentes que lhe demonstrassem solidariedade, a não ser sua Mãe, uma frágil mulher que chorava aos pés da cruz.
Depois de morto, não se encontrou lugar para sepultá-lo, senão lodoso recanto de um túmulo, por favor de um amigo.
Após o terceiro dia do sepultamento, desapareceu do sepulcro e já foi visto por diversas pessoas que o identificaram pelas chagas sangrentas dos pés e das mãos.
Esse é o homem que está sendo procurado.
Seu nome é Jesus de Nazaré.
Se puderes encontrá-lo, deves segui-lo sempre.

Maria Dolores
Mensagem recebida pelo médium Chico Xavier, extraída do livro "Coração e Vida").


Vocês devem estar lembrados de que, há uns dois ou três posts, falamos sobre a necessidade de se fazer o culto do Evangelho no lar. Hoje me caiu nas mãos um poema bem oportuno porque reafirma o valor da prática do culto no lar. Vou transcrevê-lo aqui



A IGREJA EM CASA
O CULTO CRISTÃO NO LAR



Do culto cristão no lar
Nasce a fonte cristalina
De bênçãos da Paz Divina
De dons da Divina Luz!...
Nele aprendemos a amar
A dor, a luta a alegria
E a iluminar cada dia
Na inspiração de Jesus.

Cultiva em teu doce abrigo
A sublime Sementeira
Que te guarda a vida inteira
No amor, na consolação...
Sentirás, então, contigo,
Sobre a crença que te abrasa
O Evangelho vivo em casa
E o Mestre no coração.

João de Deus / Médium Chico Xavier.
Extraído do livro "Nosso Livro"

Paramos aqui por hoje. Que Deus nos ajude a seguir Seus mandamentos e a cumprir nossos deveres cristãos. Até o próximo post.






Do culto cristão no lar

terça-feira, dezembro 03, 2002

Oops!
Desculpem, um engano fatal : Falhei na hora de pôr na palavra aqui (3ª palavra da penúltima linha do 1º parágrafo) o link para o site do Cláudio. Escrevo-o agora : http://www.circulando.com

Voltei cedo, apanhei vocês de surpresa, mas é exatamente para fazer uma surpresa a meus amigos leitores. Trata-se apresentar-lhes um amigo blogueiro, Cláudio, que se dedica a causas humanísticas, estando continuamente atento a questões como o combate à disseminação da AIDS, ao aumento crescente da prostituição infanto-juvenil, ao uso cada vez maior de drogas (mormente entre jovens) e a tantas outras formas de degradação, com o firme propósito de lutar pela dignidade de vida desses excluídos. Cláudio merece ajuda e estímulo em seu trabalho social e humanitário.Vejam aqui, por si mesmos, e me digam se tenho ou não razão de esperar esse incentivo da parte de vocês.

Para terminar, um apelo em forma de verso, humildemente oferecido pela irmã que ora se dirige a seus visitantes :


LOUVAÇÃO


Bendita seja a mão que afaga
Bendito aquele que sabe ouvir
Bendita a criatura que ampara
E impede um irmão de sucumbir


Louvado o que acolhe o desviado
E que lhe indica um norte a seguir
Louvado o que serve interessado
Em construir um melhor porvir


Seja esta nossa luta diária
Provemos que a fraqueza é virtual
Que na persistência está a chave
Do processo da ascensão moral


Louvemos o que reverte o malsão
Louvemos o que cai, ergue-se e crê
Que o amor do Cristo só o bem provê
Benditos os bons de coração


Paro aqui. Espero que o amor nos guie sempre. Até outro dia.




domingo, dezembro 01, 2002

A contribuição chegou na hora exata. Quando me preparava para escrever o texto de hoje, eis que chega este belo poema de minha amiga Leda Yara que, sem hesitar, transcrevo aqui para vocês:

SIM, EU POSSO!

Lêda Mello

Sim, eu posso:
quando tomo consciência
de que sou única e insubstituível;
de que meu passado, presente e futuro
são o resultado das minhas escolhas;
de que o acaso não existe
e que cada acontecimento
é mensageiro de uma resposta.

Eu posso:
quando me questiono
e tenho a coragem de me assumir
com minhas virtudes e defeitos,
para me tornar melhor;
quando priorizo o amor
e percebo que eu sou a minha primeira experiência
- " Ama o teu próximo como a ti mesmo" -;

Eu posso:
quando estou atenta às minhas culpas e medos
e deles retiro os benefícios equivalentes,
para então libertá-los e libertar-me;
quando me dou conta de que a vida
não é um vale de lágrimas ,
mas uma maravilhosa experiência
de progresso para o meu espírito.

Eu posso:
quando, apesar de tudo,
me decido pelo Amor, pela Paz e pela Felicidade
que me foram destinados
e que nascem a partir de mim mesma.
Percebo, então,
que Ele e eu somos invencíveis
e que a minha vida, então transformada,
já me mostra que
sim, eu posso!

Beleza, não é verdade? Depois desta verdade exposta tão aberta e espontaneamente, só pode ter lugar aqui a palavra abalizada de um espírito de luz a ratificar o valor e a invencibilidade do Amor na vida do ser humano.

OURO E AMOR

Há expressivos depósitos de ouro nos bancos de todos os povos; e as nações continuam a gemer sob o guante da guerra. Há toneladas de ouro no corpo da Terra e, em sua crosta, há quem chore de moléstia e de fome. Há imensa quantidade de ouro no seio do oceano; e a dor abarca todos os continentes. Há ouro nas casas nobres; e os pequenos castelos da ilusória felicidade humana padecem o assalto de extremas desilusões. Há ouro nos templos de pedra; e os crentes da fé religiosa jazem famintos de paz e consolação. Há ouro na indumentária de sacerdotes e magistrados, de homens poderosos e mulheres felizes; mas os museus
gelados aguardam essas peças preciosas que se movimentam no rumo do silêncio e da morte.
Acima do ouro, porém, reina o amor no coração humano; amor que sorri para os infortunados e lhes renova o bom ânimo; que visa ao bem geral.
Não esperes, pois, pelo ouro para fazer o bem. Desenterra o talento do amor que jaz em teu peito e tua existência brilhará, qual sol de esperança.
Emmanuel / Médium Chico Xavier , do livro Relicário da Dor (extrato do tema) - Editora FEB


Um tranqüilo fim de domingo para vocês. Até o próximo post.



























Um tranqüilo fim de domingo para todos vocês.

domingo, novembro 24, 2002

Que tal vocês ouvirem a sugestão que vou apresentar? Não se trata de nenhuma idéia original, aliás é até muito divulgada nos meios espíritas. Trata-se do Culto do Evangelho no Lar. E o que significa, apesar de o próprio título apontar para uma reunião familiar na qual se repassa o Evangelho, se ora e se invoca a Deus pelos que sofrem, pelos que estão em luta contra os vícios, pelos que ainda não são sensíveis aos chamados dos espíritos de luz ? Esta é uma prática muito saudável e tem a vantagem de agregar os membros da família na mesma crença e fidelidade aos seus princípios. Tem mais: Quando um grupo familiar ora em casa, em torno do Evangelho, a rua toda recebe o benefício da prece pronunciada e, quanto mais vozes, maior a carga de energia liberada a salvaguardar o equilíbrio
da comunidade, distendendo a luz divina para o mundo inteiro.
Nem sempre se tem no núcleo familiar um grupo de pessoas em perfeita sintonia, em matéria de religião. Não há por que desistir ou esmorecer. É esperar que amadureçam emocionalmente com o tempo. Às vezes, a pessoa é só. A solução é o Culto Individual do Evangelho sempre direcionado ao bem comum e ao aprimoramento do espírito.
São pequenas as exigências para se organizar uma reunião do Culto do Evangelho no Lar :

1 - Uma pessoa da família deve coordenar os trabalhos.
2 - O local deve ser silencioso; os participantes podem sentar-se à vontade.
3 - Começa-se com a leitura de um pequeno trecho instrutivo para que haja ambiente propício a uma natural harmonização de
pensamentos entre os participantes.
4 - Tece-se um comentário sobre a passagem lida e um dos presentes improvisa uma prece curta, ou recita o Pai-Nosso,
mentalmente acompanhado pelos demais participantes
5 - Segue-se a leitura de uma mensagem de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
6 - Novos comentários sobre a mensagem lida, com a espontânea participação dos presentes, ligando-a aos problemas do dia-a-dia,
para conscientização dos valores morais cristãos.
7 - Segue-se troca de opiniões sem conotação polêmica.
8 - Encerra-se a reunião com um participante orando pelo lar, pelos familiares encarnados ou desencarnados, pelos amigos,
pelos vizinhos, pelos desafetos, pelos que sofrem, pelos que se afastam de Deus.

É recomendável realizar as reuniões em hora e dia certos, pelo menos uma vez por semana. A participação deve ser espontânea e o ambiente fraternal. Ao se comentar qualquer ensinamento lido, não aplicá-lo a pessoas, participantes ou não. Não permitir o intercâmbio mediúnico. Não interromper a reunião.

Para terminar, vou transcrever um trecho de "Nosso Livro", de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.


JESUS NO LAR

O culto do Evangelho no lar aperfeiçoa o homem.
O homem aperfeiçoado ilumina a família.
A família iluminada melhora a comunidade.
A comunidade melhorada eleva a nação.
O homem evangelizado adquire compreensão e amor.
A família iluminada conquista entendimento e harmonia.
A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.
A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.
Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.
O fenômeno deslumbra, o raciocínio indaga.
Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.
Imprescindível conhecer o próprio destino.
Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.
É necessário clarear o caminho.
Do Evangelho no Lar depende o aprimoramento do homem.
Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.

Estão aí minhas sugestões de hoje, com base em publicações da Difusora Espírita de Lições de Vida (Av. Siqueira Campos, 629 Prado - Maceió / Al)
Votos de paz a todos e até breve.







quarta-feira, novembro 20, 2002

Alô, alô, amigos! Vejam que contribuição linda eu lhes trago hoje, vinda de uma amiga de fé e companheira de Internet. Ela nem sabe ainda que vai iluminar esta página hoje, é uma surpresa que quero fazer-lhe. Apreciem, então, o inspirado poema que ela construiu em torno do estado de espírito que deve prevalecer em uma pessoa que se recolhe para entrar em prece.

P R E C E
Lêda Mello


Que eu tenha a capacidade de estar só.
Ausente de todas as coisas que me impedem
de ver a luz que emana da divindade do meu ser.

Que eu possa entender
a mensagem silenciosa de fé e de esperança
que a natureza nos envia,
a cada dia,
através do simples existir de todas as criaturas.

Que eu saiba me despojar
de todo o peso do meu orgulho
e da minha vaidade,
assim como a flor que desabrocha
em toda sua beleza e perfume,
feliz, apenas, por ser uma flor.

Que eu me esqueça,
deixando a minha mente limpa,
vazia dos meus temores,
ansiedades e preocupações,
livre de todas as amarras.

Que eu possa estar só,
e, assim, penetrar na prece
de alma lavada,
espírito livre e coração de criança,
pronta para falar com Aquele
a Quem pertenço.


Lindo, não é mesmo? Ela é a Lêda Yara e é uma amiga pra valer.

Aproveitando o mote, posso acrescentar que a prece, sobre ser ato necessário e freqüente, é um ato que exige uma espécie de desligamento dos pensamentos terrenos, de recolhimento, de contrição, de entrega. Quem ora não deve limitar-se a pedir soluções para problemas pessoais ou de pessoas afins. Orar é mais que pedir ajuda para resolver impasses. Orar é despojar-se, é mostrar-se consciente das próprias fraquezas, é pedir ajuda a Deus no sentido de dominar o próprio orgulho, vaidade, ambição que desvirtuam ou interditam o caminho da aprendizagem, fazendo por vezes, o espírito desperdiçar o exercício de uma encarnação.
Deve-se orar para pedir forças para enfrentar uma situação difícil ou dolorosa, deve-se orar para pedir capacidade de prestar ajuda a um irmão que se acha em sofrimento, deve-se orar para que a sociedade acorde e entenda que o comportamento humano está em crise porque os mandamentos da lei de Deus não estão sendo observados como deveriam.
Enfim, a prece, como ensina Allan Kardec, é uma invocação pela qual colocamos o pensamento em relação com aqueles a quem é dirigida. Através dela, podemos pedir, agradecer, louvar. Pedir por nós mesmos e por nossos irmãos, sejam encarnados ou desencarnados; agradecer as bênçãos obtidas; louvar a grandeza e a justiça de Deus.


Adeusinho por hoje. Estarei de volta assim que puder.
Que nossas preces ajudem a melhorar nosso campo de provas que é a Terra.



domingo, novembro 17, 2002

Estou de volta querendo soltar pra vocês a parábola prometida. Quero ter certeza de que todos têm do vocábulo PARÁBOLA a idéia exata do seu significado.Tomo esta cautela para que ninguém estranhe que eu fale de parábola sem exibir uma das parábolas usadas por Cristo quando de sua passagem na Terra. Na realidade, parábola "é uma narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior." (dicionário do Aurélio); ou "narração alegórica que contém algum preceito moral: As parábolas de Cristo encerram ensinamentos admiráveis." (Dicionário Mirador Internacional); ou ainda, "espécie de alegoria que envolve algum preceito de moral [Diz-se especialmente das alegorias empregadas nos Evangelhos]" -(Dicionário de Caldas Aulete).
Feito este preâmbulo, vamos à parábola.


DESAFIO

Ouvi uma antiga parábola - deve ser muito antiga, porque naquela época Deus costumava morar na Terra...

Um dia um velho fazendeiro veio a Deus e disse:
"Olha, você pode ser Deus e ter criado o mundo, mas preciso lhe dizer uma coisa: você não é fazendeiro, e não sabe nem o abc da agricultura. Você tem muito o que aprender."

Deus disse:
"O que você sugere?"

O fazendeiro respondeu:
"Dê-me um ano e permita que as coisas sejam de acordo comigo, e veja o que acontece. Não haverá mais pobreza!"

Deus concordou, e um ano foi dado ao fazendeiro. Naturalmente ele pediu o melhor, pensava somente no melhor - nada de trovões, nada de ventos fortes, nenhum perigo para a safra.Tudo confortável e aconchegante, e ele estava muito feliz. O milho estava crescendo tanto!

Quando queria sol, havia sol, quando queria chuva, havia chuva, o quanto quisesse. Nesse ano, tudo estava certo, matematicamente certo. O trigo crescendo tanto...

O fazendeiro ia a Deus e dizia:
"Olhe! Dessa vez a safra será tão grande, que por dez anos, mesmo que as pessoas não trabalhem, haverá comida suficiente!"

Mas quando fizeram a colheita, não havia grãos. O fazendeiro ficou surpreso. Ele perguntou a Deus:
"O que aconteceu, o que saiu errado?"

Deus disse:
"Por não existir nenhum desafio, nenhum conflito, nenhuma fricção, já que você evitou tudo de ruim, o trigo permaneceu impotente. Uma pequena fricção é uma necessidade. As tempestades são necessárias, os trovões e os raios são necessários. Eles agitam a alma dentro do trigo!"

Esta parábola tem um valor imenso.
Se você for apenas feliz, e feliz, a felicidade perderá todo o sentido. Será como se alguém estivesse escrevendo com giz branco em uma parede branca - ele pode continuar a escrever, mas ninguém será capaz de ler. A noite é tão necessária quanto o dia. E os dias de tristeza são tão essenciais quanto os dias de felicidade. Isto eu chamo de compreensão. E lentamente, quanto mais você percebe o ritmo da dualidade, o ritmo da polaridade, você para de pedir, para de escolher. E você descobriu o segredo.

Viva com este segredo, e de repente ficará surpreso: Como as bênçãos da vida são imensas! O quanto é derramado sobre você a cada momento! Mas você tem vivido em suas expectativas, em seus pequenos, insignificantes desejos triviais, e porque as coisas não se ajustavam a seus desejos, você ficava infeliz.

Quando você segue a natureza das coisas, não existe nenhuma sombra. Então, mesmo a tristeza é luminosa. Não é que a tristeza não virá; ela virá, mas não será sua inimiga. Você a acolherá, porque verá sua necessidade. Você será capaz de ver sua graça, será capaz de ver porque ela está ali e porque é necessária. E sem ela você será menos, não mais.

Do site : http://www.caravansarai.com.br/ConDesafio.htm


Então? Interessante? Um jeito de derivar um pouco das considerações teóricas a respeito de assuntos polêmicos sem que nos afastemos muito de nossa intenção de orientar, educar, informar.


Até mais, que a paz reine entre os homens!








sábado, novembro 16, 2002

Rapidinha a visita de hoje. Estou com pouco tempo, mas não quero fazer intervalos grandes em nossos contatos. Queria só saber se vocês curtiram a história de Maria de Nazaré. Imprimindo os módulos de baixo para cima, vocês terão o trabalho completo para relerem ou lerem para um filho, um grupo de crianças, de adolescentes ou de adultos. Todos, provavelmente, vão gostar de conhecer ou repassar história tão dignificante.
Vou deixar hoje com vocês alguns conselhos de um espírito iluminado que nos alerta sobre procedimentos que devemos seguir em determinadas situações de nossa rotina diária. Vejamos o que nos sugere o espírito de André Luiz, pelo médium Chico Xavier, quando fala da caridade do dever.
" De quando em quando, troquemos os grandes conceitos de caridade pelos atos miúdos que lhe confirmem a existência. Não apenas os fatos de elevado alcance e os gestos heróicos dignos da imprensa. Beneficência no cotidiano :
- Não empurrar os outros na condução coletiva.
- Reprimir o impulso de irritação e falar normalmente com as pessoas que nada têm a ver com nossos problemas.
- Aturar sem tiques de impaciência a conversa do amigo que ainda não aprendeu a sintetizar.
- Ouvir, qual se fosse a primeira vez, um caso recontado pelo vizinho em lapso de memória.
- Poupar o trabalho de auxiliares e cooperadores, organizando anotações prévias de tarefas.
- Respeitar o direito do próximo sem exigir de ninguém virtudes que não possuímos.
Todos pregamos reformas salvadoras. Sejamos prudentes para não nos fixarmos inutilmente nos dísticos de fachada. Edificação social, no fundo, é caridade e caridade vem de dentro.

Do livro "Apostilas da Vida" - Editora IDE


É só por hoje. Prometo uma linda parábola para o póximo post, presente de uma amiga querida. Até mais, com muita alegria.

quarta-feira, novembro 13, 2002

Último módulo do texto Maria de Nazaré


Em Éfeso, as idéias cristãs ganham terreno e a casa de João transforma-se num pouso e refúgio aos desamparados, onde o Evangelho é ensinado e a memória do Messias, cultuada. Maravilhosas assembléias ali se realizam, muitas vezes até altas horas da noite.
João prega na cidade e Maria atende em casa aos que a procuram, distribuindo consolação e paz .Sua choupana logo fica conhecida como a casa da Santíssima. É que, em certa ocasião, um leproso, aliviado em suas dores, beija-lhe as mãos dizendo: - Senhora, és a mãe de nosso Mestre e a nossa Mãe Santíssima.
Emmanuel nos diz em“Paulo e Estêvão”, também psicografado por Chico Xavier, que o apóstolo Paulo, ao visitar Éfeso,vai até a casa da mãe de Jesus. Interessando-se pelas narrativas de Maria a respeito da noite do nascimento de Jesus, Paulo promete voltar a fim de recolher elementos para escrever o Evangelho. Maria adere alegremente à idéia, pondo-se à disposição do apóstolo.
Numa outra viagem, Paulo passa por Éfeso. Agora, é a própria Maria, já avançada em idade, que vai, com João, a seu encontro. Mais tarde, o apóstolo é preso e passa dois anos em Cesaréia. Fala a Lucas sobre seu projeto de escrever o Evangelho de Jesus baseado nas informações de Maria e o incumbe desse trabalho. Lucas se dedica à tarefa, legando-nos o precioso relato da vida de Jesus.
Certo dia, relata-nos o irmão X, Maria encontra-se sozinha em casa, quando um pedinte lhe chega à porta, exclamando : - Minha Mãe, venho fazer-te companhia e receber tua bênção.
Generosa como sempre, Maria convida-o a entrar. O mendigo começa a falar, confortando-a carinhosamente. Quem seria aquele que nada pedia, mas oferecia conforto? Onde teria ouvido aquela voz? Estendendo-lhe as mãos, o mendigo fala : - Minha mãe, vem aos meus braços!
Maria vê-lhe as chagas. Olha seus pés. Atira-se em seus braços .Quer ajoelhar-se. É Ele quem se ajoelha, osculando-lhe as mãos a dizer : Sim, minha mãe, sou eu... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos!
No dia seguinte, João assiste Maria em seus últimos instantes. Já não fala. Expressiva serenidade cobre-lhe o rosto e, nesse estado, permanece por longas horas.
Finalmente, liberta-se do vaso físico. Seu filho já não está ali. Saudada por majestosa caravana espiritual, é conduzida ao reino de Jesus. Antes, porém, de chegar a seu destino, quer rever a Galiléia, os pontos palmilhados por seu filho, os lugares . tingidos pelo sangue de seu sofrimento. Em seguida, quer passar pelos cárceres sombrios de Roma, repletos de discípulos do Mestre que aguardam a morte. Acercando-se de uma jovem encarcerada, murmura-lhe ao ouvido: - Canta, minha filha! Tenhamos bom ânimo! Convertamos nossas dores da Terra em alegrias para o Céu.
Só então, vai ao encontro do Filho amado.
Volta Maria à Pátria do Espírito? Onde habitará? O que fará nas altiplanuras criatura tão sublime?
Através da obra mediúnica “Memórias de um Suicida”, Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne Pereira, nos dá notícia da notável e completa assistência aos suicidas em profundo sofrimento no Além, serviço este prestado pela Legião dos Servos de Maria, chefiado por esse ser angélico que teve a honrosa missão de ser a mãe do Redentor.
Nessa obra, há referências ao Departamento Hospitalar, onde os suicidas recompõem o perispírito; e à Cidade Universitária, que abriga os pacientes com alta naquele Departamento e que se encontrem aptas a fim de se prepararem para a reabilitação indispensável .
Segundo o Irmão Sóstenes, diretor da Cidade Universitária, esta é criação da própria Mãe de Jesus, sob seu beneplácito. Em outra parte da obra, Irmão Sóstenes apresenta a seus aprendizes um novo Instrutor, Aníbal, preparado para tal tarefa, através de séculos de abnegação e de amor, dizendo que, um dia, ordem direta há descido das altas esferas de
luz : - Vai, Anibal, e dá dos teus labores à Legião de minha Mãe.
Luiz Sérgio, em “Driblando a Dor”, também se refere aos Lanceiros de Maria que cuidam com desvelo e carinho de espíritos suicidas; e em “Chama Eterna”, alude à Faculdade de Maria, onde belos e importantes ensinamentos são eficientemente ministrados - duas obras psicografadas por Irene Pacheco Machado.
Eis aí um pálido retrato de Maria. Para dar-lhe um pouco de cor e brilho, há o recurso da bela poesia de Maria Dolores - ”Retrato de Mãe”, inserida no livro “Momentos de Ouro”, psicografado por Chico Xavier. Nela, a autora descreve a assistência maternal prestada a Judas, encontrado cego e solitário em região umbralina, muito tempo depois da crucificação de Jesus. Ao dialogar com o suicida, que se mostra preso a terrível remorso, a Benfeitora Maria convence-o a reencarnar-se, argumentando com profundo amor :

“Amo-te, filho meu, e quero
Ver-te de novo a vida
Maravilhosamente revestida
De paz e luz, de fé e elevação...
Virás comigo à Terra,
Perderás pouco a pouco o ânimo violento,
Terás o coração
Nas águas de bendito esquecimento
Numa nova existência de esperança.
Levar-te-ei comigo
A remansoso abrigo,
Dar-te-ei outra mãe! Pensa e descansa!...
E Judas, nesse instante,
Como quem olvidasse a própria dor gigante
Ou como quem se desgarra de pesadelo atroz,
Perguntou : - Quem sois vós
Que me falais assim, sabendo-me traidor?
Sois divina mulher, irradiando amor
Ou anjo celestial de quem pressinto a luz!...
No entanto, ela ao fitá-lo, frente a frente,
Respondeu simplesmente :
- Meu filho, eu sou Maria, sou a mãe de Jesus.”

Aí está o retrato real de Maria, Mãe de Amor, Mãe de Misericórdia, Maria - a Rosa Mística de Nazaré. Que ela ampare todos à Sua volta, encarnados e desencarnados , velando por todas as mães do mundo – mães felizes, mães despreocupadas, mães sacrificadas, mães tristes, mães saudosas – para que estejam sempre presentes na vida de seus filhos, subindo com eles ao Gólgota se assim for necessário, mas mantendo sempre acesa no coração, a chama da fé em Deus – e pela mãezinhas invigilantes e desavisadas que não percebem a sublime missão para a qual estão convocadas afim de que, em tempo, reflitam e passem a guiar seus filhos, almas em recomeço, pelas sendas benditas do amor e da redenção.


Chegamos ao fim do texto. Espero ter correspondido à expectativa de vocês.
Muita paz para todos e até o próximo post.

sábado, novembro 09, 2002

Continuação do texto Maria de Nazaré

O ódio dos fariseus recrudesce enquanto Jesus continua a operar seus prodígios; muitos não o entendem; seus próprios irmãos ficam perturbados com os acontecimentos. Maria inquieta-se pelo destino do filho, embora seu coração, muitas vezes, se encha de alegria e esperança.
Maria vai a Carfanaum, com os outros filhos, em busca de Jesus. A multidão o rodeia e Jesus, sabendo que seus familiares o procuram ,argumenta : “Quem é a minha mãe? Quem são os meus irmãos?
Estaria Jesus repudiando os seus?
Maria, no entanto, entende a lição do filho que eatá ali a proclamar a família universal e, humildemente, volta a Nazaré. Continua em sua pequena casa, entregue às orações, esperando um sinal que lhe indicaria o momento de juntar-se novamente ao filho.
Jesus segue para Jerusalém. A notícia de sua chegada espalha-se rapidamente. E uma multidão posta-se à entrada da cidade, enfeitando as estradas com ramos de oliveira, gritando à sua passagem : “Hosanas ao Filho de Davi, ao que vem em nome do Senhor”.
Permanece no templo grande parte do dia e, por todos os meios, os fariseus e os doutores da lei tentam confundi-lo.
Em Jerusalém, Jesus opera muitas curas e ministra grandes ensinamentos combatendo sempre orgulho, a cobiça, a falta de senso de justiça, de misericórdia, de fidelidade e exaltando a caridade e a humildade.
Mais do que nunca, para os fariseus e os príncipes dos sacerdotes, torna-se necessário eliminar Jesus. No palácio do sumo sacerdote Caifás, trama-se a melhor maneira de prendê-lo. Temem atacá-lo durante as pregações, preocupados com a reação do povo. Aproveitando a traição de Judas, prendem Jesus no Jardim do Getsamani.
É sabido que no dia em que Jesus chega às portas de Jerusalém, João, o filho de Zebedeu, o discípulo amado do mestre, mais tarde conhecido como João Evangelista, chega à casa de Maria e, com ele, ela parte ao encontro do filho. Hospeda-se na casa de Joana de Cusa, onde já se encontravam outras mulheres, vindas da Galiléia, acompanhando Jesus. Há quem defenda a tese de que Maria teria acompanhado o filho em todas as suas viagens e pregações, junto com outras piedosas mulheres.
Começam os momentos cruciais da vida de Maria tão tocantemente descritos pelo irmão X, nos livros Boa Nova e Lázaro Redivivo, ambos recebidos psicograficamente por Chico Xavier.
João vem ter com Maria anunciando-lhe a detenção do Mestre. O coração materno enche-se de consternação e a Deus confia suas preocupações e suas súplicas.
João volta poucas horas depois para dizer-lhe agora do encarceramento do Messias. Maria torna às orações. Em prantos, implora o favor do Pai Celestial. Sai, tenta penetrar no cárcere. Não consegue. Vela suplicando entre a angústia e a confiança. Volta João comunicando que Jesus está sendo acusado pelos sacerdotes e Pilatos o enviará a Herodes Antipas.
Maria não pode conter-se. Segue de perto seu filho, multiplica suas rogativas aos céus. Amparada por Maria de Madalena, consegue chegar às vizinhznças do palácio.
Infinita amargura a aguarda. Seu filho amado está envolto num manto vermelho, tendo às mãos, à guisa de cetro, um caniço imundo e, pousada na cabeça, uma coroa de espinhos!...
Que aproximar-se dele. Ele a olha serenamente, induzindo-a à prece. Maria ora, Maria
confia. Não é Ele o escolhido para a Salvação?
Jesus volta à presença de Pilatos para a decisão de seu destino. E Pilatos prefere entregar ao povo o poder de escolha : Jesus, o benfeitor ou Barrabás, o bandido.
O coração materno enche-se de novas esperanças. A multidão, porém, pede a crucificação de Jesus.
O Mestre caminha para o Calvário. Maria vê seu filho vergado ao peso da cruz. Ela o segue. Ouve as batidas do martelo sobre os cravos, rasgando-lhes as carnes. Vê seu filho erguido no alto da cruz. Posta-se com João aos pés do madeiro.
Alma dilacerada, Maria ouve a voz de Jesus, recomendando- a aos cuidados de João que, amorosamente a enlaça : ---“Mãe, eis aí o teu filho”. ---“Filho, eis aí a tua mãe”.
Inerte, pende a cabeça do Mestre. Misteriosa força sustém Maria. Sim, Jesus é seu filho, todavia, antes de tudo, é o Mensageiro de Deus.
Contemplando-o, repetiu suas inesquecíveis afirmações feitas a Gabriel : ---Eis aqui a serva do Senhor. Cumpra-se em mim, segundo a tua palavra.
Por muito tempo permanece ali com João, em preces silenciosas. Jesus é retirado da cruz.
Jesus ressurge do túmulo ante Maria Madalena, a renovada; mostra-se a dois discípulos na estrada de Emaús que só o reconhecem ao partir do pão; aparece a portas fechadas, junto aos discípulos, plenamente materializado. Pedro registra-lhe a presença junto ao lago do Tiberíades. Materializa-se diante de quinhentas pessoas na Galiléia. Busca Paulo na estrada de Damasco. Visita Ananias a dizer-lhe que socorra Paulo.
Maria recolhe-se em Batanéia, na casa de parentes, por pouco tempo. João vem buscá-la , leva-a para Éfeso e a instala em pequena casa, fora da cidade, com vista para o mar. Será por ela o filho desvelado; receberá dela o carinho e o calor maternal.

quinta-feira, novembro 07, 2002

Continuação do texto anterior - Maria de Nazaré

Maria dirige-se ao filho com uma doce repreensão : ---Por que nos deixaste aflitos à tua procura?
--- Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me com as coisas de meu Pai?
Jesus exibe aí de modo inequívoco o sentido e caráter de sua missão.
Após a famosa apresentação de Jesus ao Templo, Maria recebe a visita de sua prima Isabel com o filho João, conhecido mais tarde como João Batista, em sua casinha pobre de Nazaré.
Humberto de Campos, nosso querido irmão X, no livro Boa Nova, recebido pela psicografia de Chico Xavier, conta-nos o expressivo diálogo entre as duas primas, que se revelam perfeitamente preparadas para a sublime tarefa a cada uma destinada. Isabel confessa- se impressionada com o temperamento de João, dado às mais fundas meditações, apesar da pouca idade. E Maria também
fala do filho, do seu caráter, de seu coração generoso, de sua comunhão com Deus, dizendo que, a seu ver, aquelas duas crianças
trariam para a Humanidade a luz divina de um novo caminho.
Que de apreensões, de receios, de temores, de angústias não torturavam aqueles dois corações maternos, apesar da crença que os sustentava!
E, continua o irmão X, Maria conta à prima a atuação de Jesus no Templo de Jerusalém, as advertências de Eleazar, a quem manifesta seus receios, dele recebendo a promessa de interessar-se pela sorte do rapaz.Todavia, seus receios se multiplicam, pois, regressando a Nazaré, Jesus, embora conhecendo as belas promessas dos sacerdotes, prefere trabalhar na oficina de José, onde, todos os dias, alegremente, empunha o martelo e a enxó.
Os Evangelhos só voltam a falar de Jesus quando ele já tinha atingido a idade de 30 anos. A esta altura, João Batista anda a percorrer todo o vale do Jordão com uma mensagem preparatória : convoca o povo a fazer a purificação através do batismo, pois é iminente a chegada do Messias.
O que teria feito Jesus dos 13 aos 30 anos de idade? Como viveu, trabalhou e estudou até a sua aparição na vida pública? Há quem diga que esteve entre os essênios, no Egito, na Índia, no Tibet, mas é mais provável que tenha permanecido com sua família na pequena cidade de Nazaré.
Segundo S. Asch, Jesus permaneceu em Nazaré, tendo, aos catorze anos, com a morte de José e como filho mais velho, ficado com os encargos de sustentar a família. Substituía o pai na oficina e no ofício e ajudava sua mãe a criar os irmãos para que se tornassem homens de bem.
Os filhos mais novos de Maria casaram cedo e viviam com suas esposas. Somente Jesus e Maria ficaram na pequena casa da colina.
Quinze anos transcorridos, Jesus, agora com 29 anos, leva vida simples. Cuida de suas obrigações, trabalha durante horas na oficina, observa as leis dos rabinos, pratica a caridade, acolhe todos com a melhor boa vontade.
O povo comum, os artífices e trabalhadores do campo, com os quais está sempre em contato, tributam-lhe o maior respeito, pois Jesus lhes ensina a Tora, mostrando-lhes como se deve viver para se ter a sensação da proximidade de Deus. Adora as crianças. Estranham-lhe, porém, o celibato já que o comum é o casamento aos 18 anos.
Assim, Jesus e Maria permanecem, dedicados um ao outro, ambos sempre atentos e amorosos.
A Nazaré chegam as notícias das pregações de João Batista --- um homem, egresso do deserto, vestido com um manto de pelo de camelo e com um cinto de couro amarrado à cintura, postado às margens do Jordão, chamando todos para o batismo. Uma multidão de homens e mulheres, oriundos dos mais diversos pontos da região, deslocam-se para lá. Entre eles, Jesus de Nazaré.
Depois do batismo, retira-se Jesus para o deserto, onde fica quarenta dias e quarenta noites.
De volta do deserto, começa sua missão salvadora. Deixa Nazaré, vai morar em Cafarnaum e sai a pregar por toda a Galiléia, acompanhado pelos seus discípulos.
Maria fica só. É preciso que seu filho cumpra sua missão. Encontram-se nas bodas de Caná, quando Jesus, a seu pedido, transforma água em vinho para a cerimônia, tirando o noivo de uma situação vexatória.
Maria acompanha de longe os passos de seu filho amado.
A fama de Jesus propala-se até a Síria. De todos os lugares - Decápolis, Jerusalém, Judéia, Transjordânia, acorre gente a procurá-lo. Enormes multidões o seguem : doentes, lunáticos, cegos, paralíticos.
Durante suas andanças pela estradas da Galiléia, Jesus ensina o amor, a caridade, a humildade. Reinterpreta as leis, resumindo-as no "Amai-vos uns aos outros", atraindo com isso a antipatia dos fariseus.

Mais outro módulo. Missão cumprida. Até amanhã com mais história de Maria e seu filho Jesus.

Que estejamos aprendendo e que possamos espalhar esses ensinamentos sempre.

quarta-feira, novembro 06, 2002

Continuação do texto anterior - Maria de Nazaré

Para lá se dirigiram os pastores encontrando Maria, José e a criança. Sentiram que aquele menino viera para mudar o mundo.
Saíram proclamando o acontecimento, contando o que haviam visto e ouvido. Nascera o Messias, o Salvador tão ansiosamente esperado pelos judeus daquela época.
No oitavo dia após o nascimento, Jesus foi circuncidado, conforme o costume entre os judeus. Chegara o dia em que, segundo a lei de Moisés, mãe e filho deveriam passar pela purificação, no Templo.
José os leva, pois, a Jerusalém. Lá, encontram o velho Simeão que aguardava a morte como uma doce consolação, pois havia recebido a revelação de que não morreria sem que antes houvesse contemplado o Cristo do Senhor.
Toma o menino em seus braços, exclamando, emocionado, que poderá, agora, morrer em paz. Aqui está o Salvador.
José e Maria ficam maravilhados com as palavras de Simeão. Maria, entretanto, inquieta-se ao ouvi-lo dizer que aquela criança estava destinada à queda e ao reerguimento de muitos em Israel, dizendo-lhe ainda que uma espada lhe atravessaria a alma.
Havia ali, também, uma profetisa, Ana, de 84 anos que se pôs a bendizer a Deus e a falar do menino e seu glorioso futuro.
Pouco tempo depois do nascimento de Jesus, apareceram em Jerusalém os três Reis Magos, vindos de terras do Oriente. Perguntavam onde encontrar Jesus, o rei dos Judeus. A notícia chegou a Herodes que temeu que o menino se tornasse um perigo para o seu trono. Mandou chamar os Magos e pediu-lhes que, assim que localizassem a criança, avisassem-no, pois tinha a intenção de adorá-la também.
Partiram os magos para Belém, distante apenas 9 km de Jerusalém, já que as profecias apontavam a cidade de Davi, como o berço do Salvador. Guiados pela estrela que lhes anunciara a Boa Nova, no Oriente, encontraram Jesus e, prostrados ao solo, renderam-lhes homenagem, deixando como presentes ouro, incenso e mirra, mercadorias preciosas da época. Depois, voltaram para seu país sem procurarem Herodes. Tinham sido avisados, por um sonho, das intenções do governador de Jerusalém. Este, percebendo que fora enganado pelos magos, determinou a matança de todas as crianças nascidas em Belém, nos últimos dois anos.
Avisado por sonhos, José decide fugir à perseguição que irá desencadear-se. Fogem os três para o Egito , onde permanecem até a morte de Herodes.
Um sonho o avisa de que pode deixar o Egito. Volta,enfim,Mai José com sua família para Nazaré.
Como teriam sido os primeiros anos de Jesus?
Pouco se sabe. Como toda mãe, Maria teria cuidado de seu filho com desvelo, amamentando-o, acompanhando seu crescimento, seu desenvolvimento, vendo-o encher-se de sabedoria. E a graça de Deus repousava nele, falam os Evangelhos.
O historiador Sholem Asch, entretanto, fala-nos em detalhes, desses primeiros tempos : da dedicação de Maria, de seus cuidados com o filho, com suas roupas sempe alvas, com sua alimentação, com a sua instrução religiosa; fala dos irmãos de Jesus; da imensa confiança de Maria em Deus. Conta-nos como Maria apresentou Jesus, aos seis anos de idade, à sinagoga, onde aprenderia a Tora; o primeiro dia de aula de Jesus, a impressão causada ao preceptor, a convivência com os colegas, a inveja que despertou em uns e a afeição em outros; o desagrado do rabino por ter Jesus ajudado um bastardo e ter defendido sua posição com palavras dos Profetas, o que culminou com sua expulsão da escola; o apoio de Maria ao filho, secundada por José, não exigindo dele uma retratação.
Jesus está com doze anos quando acompanha seus pais numa peregrinação a Jerusalém. É época da celebração da Páscoa com duração de oito dias. Integrados em uma caravana, rumam para Jerusalém. Durante a viagem e, depois,já na cidade, as crianças têm consentimento de andar livremente.
José e Maria voltam à caravana para a viagem de regresso e não vêem Jesus. Procuram pela caravana inteira e não o encontram. Aflitos, voltam a Jerusalém. Depois de três dias de busca, encontram Jesus no Templo, discutindo com os rabinos, que se mostram admirados com tanto conhecimento, tanta sabedoria.


Mais um módulo do texto em apresentação. Espero que, concluído, sirva de inspiração, de consolo, de ajuda. Mais um pouco e entregarei a vocês um abrangente trabalho sobre Maria.

Até mais . Muita paz e tranqüilidade.




domingo, novembro 03, 2002

Continuação do texto anterior - Maria de Nazaré

Assim, quando Gabriel apareceu a Maria, ela já era esposa legal de José, aguardando apenas a segunda cerimônia para unir-se a ele na condição de mulher.
A notícia da gravidez de Maria logo se espalhou. Sob o ponto de vista legal, a coabitação entre noivo e noiva não constituia crime. De fato, era uma das maneiras reconhecidas para concluir-se um contrato de casamento. Sua legalidade, entretanto, não amenizava a situação. Era uma violação do decoro e uma nódoa na família da noiva. O ato em si não era passível de penalidade se o noivo confessasse publicamente ser o autor e declarasse que escolheu tal método como meio de consumar o casamento. No entanto, se ele negasse, a noiva sofreria as penas da lei morte a pedradas. Decidiram interrogar o noivo.
José comparece à sinagoga e, tomando conhecimento das acusações, resolve proteger Maria. Homem digno e bom, assume a responsabilidade, livrando a noiva das garras da lei.
O casamento é considerado legal - o noivo desposou a noiva na maneira santificada pela Tora e pela lei de Moisés e Israel.
Amargurado, José resolve afastar-se de Nazaré. Deixaria Maria secretamente. Depois, requereria o divórcio, de acordo com as leis de Israel.
José adormece e, em sonho, vê Gabriel a dizer-lhe que não receie desposar Maria, pois o filho que ela traz no ventre foi concebido pelo Espírito Santo. Seria um menino, a quem deveria ser dado o nome de Jesus e ele iria salvar o povo de seus pecados.
José desperta com o coração batendo descompassado. E aceita a missão que lhe estava destinada. Acreditava na vinda de um Salvador mais poderoso que um rei.
Passa a viver na casa de Maria, junto à qual constrói sua oficina.
Alguns dias depois, Maria resolve ir à região montanhosa da Judéia, onde estava morando Isabel.
Vendo-a entrar e saudá-la, Isabel sente que sua criança se agita em seu ventre. Então, exclama em voz alta :--- Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu corpo. Quem sou eu e que fiz para merecer a felicidade de ser visitada pela mãe de meu Senhor? Mal soou em meus ouvidos a voz de tua saudação, senti agitar-se dentro de mim o filho que terei.
Maria se rejubila com o que ouve e profere seu cântico de agradecimento e louvor ao Onipotente. Permanece, então, hospedada na casa de Isabel por uns três meses, findos os quais, volta para sua casa, muitos quilômetros ao norte.
Sua gestação já ia adiantada e ela ainda cuidava de sua pequena horta, do pequenino rebanho, fiava na roca, fazia no tear o tecido para suas vestes, moía o trigo para fazer o pão, refinava o azeite para as lâmpadas, ia de manhã buscar água no poço, e preparava à noite o leito do marido.
Por essa época, o Imperador Augusto ordena o recenseamento de todas as populações submetidas a Roma. Cada cidadão deveria apresentar-se na província onde nascera. Por essa razão, José dirige-se a Belém, levando Maria consigo. Na cidade, repleta de viajantes, as hospedarias mostram-se lotadas. O casal não tem outra alternativa senão acomodar-se num estábulo, onde nasce a esperada criança. Maria envolve-a em faixas e acomoda-a entre as palhas da manjedoura.
Bem podemos imaginar os sofrimentos por que passou Maria, tão jovem e inexperiente das asperezas da vida, sentada ao lombo de um jumento, vencendo caminhos tortuosos, guiada pela mão amiga e segura de José. E, no fim, nem pouso para receber seu filho. Recebe-o em pleno campo, sem qualquer conforto, à luz das estrelas, tendo como testetemunhas seu fiel companheiro e alguns animais. Doce sorriso, entretanto, brinca em seus lábios e sua fronte nimba-se de luz. Seu filho está ali, o seu amor; sua vida entrelaçada à dele para todo o sempre.
Pastores da redondeza que costumavam pernoitar no campo para guardar seus rebanhos são despertados pela visão de entidade angélica que lhes disse haver nascido na cidade de Davi, Belém, o Messias, o Salvador que estaria envolto em faixas e deitado numa manjedoura. Vozes dos céus entoam : "Glória a Deus nas alturas. Paz na terra aos homens de boa vontade!"

Ficamos por aqui, hoje. Vão seguindo cada publicação ou deixem juntar os previsíveis sete módulos para terem facilidade de avaliar o texto em sua integridade.

Que Deus esteja conosco.


sábado, novembro 02, 2002

Deus! Espantei-me quando vi o útimo dia em que escrevi aqui. Perdoem-me.
Que trago pra vcs hoje? Um trabalho lindo escrito por minha irmã Marisa, o qual transcreverei a seguir. Antes, porém, quero avisar que, por ser um trabalho longo, será dividido em cinco ou seis porções, em posts seguidos, se possível, diários. Intitula-se :
Maria de Nazaré
"Vamos falar de Maria, Mãe de todas as Mães, Mãe da Humanidade, Maria, a Rosa Mística de Nazaré. E falar de Maria é falar de Amor, de Renúncia, de Abnegação, de Sacrifício.
Em uma pequena casa situada na parte retirada de Nazaré, na Galiléia, viviam a viúva Ana e sua filha caçula Maria, moça bela, mística, possuidora de inquebrantável fé.
Apesar de pobres, eram de linhagem nobre, pois descendiam da casa de Davi. Como todos os judeus, Ana e Maria liam os livros sagrados, observando os ritos fielmente.
Maria levava vida simples, ajudando a mãe nos afazeres domésticos, cuidando dos animais, da horta, do jardim, de cujas flores, extraia os óleos do incenso.. Apanhava água no poço da cidade. Preparava os óleos para as lâmpadas.
Como toda filha judia, Maria aprendera tudo isso na adolescência para, mais tarde, saber desincubir-se dos serviços da casa do marido.
Quando Zacarias, esposo de sua prima Isabel, foi nomeado para os ofícios sagrados do templo, Maria foi enviada a Jerusalém. Ali ficou por uns dias, sob os cuidados espirituais do casal, participando dos trabalhos nas oficinas do Templo. Isso era de capital importância na educação de uma moça judia.
Em Belém, na Judéia, vivia José, carpinteiro de profissão que também descendia da casa de Davi, se bem que de ramo empobrecido dessa família e, portanto, zeloso em preservar a pureza de sua linhagem. Nada se conservava com maior desvelo, numa família,judia, do que o registro de seus antepassados, que se transmitia de geração a geração, como o mais precioso dos bens.
José não podia aspirar a casar-se com membro de uma das ricas famílias da casa de Davi. Sabendo, porém, que, em Nazaré, viviam Ana e sua filha, da mesma linhagem que a sua, dirige-se àquela cidade a fim de desposar Maria.
Chegando a Nazaré, procura um tio paterno de Maria, com o qual era aparentado, e revela-lhe suas intenções.
À noite desse mesmo dia, José é levado à casa de Ana que acatou o pedido.
José é apresentado à congregação, que se achava reunida na sinagoga e é anunciado o seu desejo de desposar Maria e estabelecer-se na comunidade. Foi aceito como cidadão de Nazaré, embora algumas versões falem que ele ali já residia. Seria viúvo, já tendo filhos.
O contrato do casamento entre José e Maria foi lavrado conforme a tradição de Israel. Estava, assim, Maria, noiva de José. Logo estaria casada, como qualquer outra moça, de conformidade com as leis de Moisés. Pertencia-lhe agora, fora indicada para cumprir os deveres de uma esposa, deveres esses de todas as judias, quais o de dar um filho homem ao esposo e construir o seu lar em Israel.
Naquele tempo, o matrimônio entre judeus compreendia duas cerimônias. Na primeira, oficializava-se o compromisso perante testemunhas. Na segunda, um ano mais tarde, festejava-se a efetivação do contrato. Só a partir da segunda cerimônia é que os cõnjuges passavam a coabitar.
Maria está em casa, entregue às suas ocupações diárias. Sente, porém, que algo de estranho está para acontecer. Entra no seu quarto e percebe que não está sozinha. Vê o Espírito Gabriel, ouve-lhe a voz a saudá-la : --- Salve agraciada , o Senhor é contigo!.
Maria perturba-se muito e põe-se a pensar no significado daquela saudação. Mas Gabriel lhe diz que não tema e lhe explica que ela dará à luz um filho que deverá ser chamado de Jesus. Este seria um grande homem, conhecido como filho do Altíssimo e reinaria para sempre..
Fitando-o, Maria pergunta : ---Como será isto, pois não conheço varão? Ao que Gabriel responde : --- O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te protegerá. Portanto, o ente sagrado que sairá do teu ventre será chamado Filho de Deus. E anuncia-lhe ainda que sua prima Isabel, apesar da idade avançada, havia concebido, já estando no sexto mês de grdvidez.
A perturbação de Maria se dissipa e submissa, contrita, afirma suave e docemente : --- Aqui está a serva do Senhor , que se cumpra em mim, conforme a Tua palavra.

Continua no próximo post.

Que Jesus nos abençoe hoje e sempre.


terça-feira, outubro 22, 2002

Pena de Morte é um tema válido? Vamos experimentá-lo?
VIDA -> Primeiro de todos os direitos naturais do homem. Está no Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
Ninguém tem o direito de subtrair a vida de seu semelhante em nenhuma circunstância. Quem segue a Doutrina Espírita sabe que todos os esforços devem ser envidados em defesa da vida.
Infelizmente, não é o que podemos constatar nas diversas sociedades humanas. A vida tem sido agredida com terrível freqüência. Homicídios, suicídios, abortos provocados, prática da eutanásia, pena de morte, conflitos raciais, conflitos religiosos têm sido instrumentos de investidas contra a vida.
Ao longo da História, a pena de morte foi sempre aplicada para quase todo tipo de crime, nos diversos pontos da Terra. Geralmente precedida de tormentos e mutilações, sua execução era sempre pública e caracterizava-se pela barbaridade dos métodos utilizados :
crucificação, fogueira, empalamento, apedrejamento, garrote, decapitação, esmagamento, roda, imersão em água fria ou fervente, esquartejamento e outros.
No Brasil, por séculos, severas e desumanas penas criminais foram executadas, como a pena de morte, galés, arrancamento de mãos, degredo, enforcamento etc. Basta lembrar as execuções de Felipe dos Santos (século XVI) e, setenta e dois anos mais tarde, a de Tiradentes pelo crime de desejarem a liberdade do Brasil.
No século XIX, houve uma tendência a se humanizar as penas e abolir a pena de morte, a prisão perpétua e a pena que estendia à família e aos descendentes do condenado a condição de infames.
No entanto, está bem viva em nossa memória a mortandade de milhares de judeus, levados vivos às câmaras de gás, em pleno século XX, na Alemanha de Hittler; o Paredão, em Cuba, onde eram fuzilados os que não aceitavam o regime entrante; ainda hoje, na China, pelotões de fuzilamento exterminam vidas pelos mais diversos motivos. E vivemos o século XXI ! Há mais de 2000 anos das
mensagens salvadoras de Jesus :Amai-vos uns aos outros
Atualmente, entre nós, o alto índice de criminalidade, a violência nos centros urbanos, a conseqüente insegurança da sociedade tem levado muita gente a se mostrar favorável à volta da pena de morte. Projetos de lei chegaram a tramitar pelo Congresso Nacional.
Argumenta-se que a pena de morte é a única pena capaz de eliminar realmente os desajustados, os desviados, os autores de crimes hediondos. Pondera-se também que é mais econômico por não produzir despesas com encarceramento e que ainda que a execução pública é fator de intimidação.
"Tais argumentos, porém, não têm prevalecido nos países em que a pena de morte é adotada. Não se tem conseguido eliminar a violência, como é o caso dos Estados Unidos.
Em pesquisa realizada naquele país, constatou-se que, nas unidades federativas em que vige a pena de morte, a taxa de homicídios
é 48% a 101% maior do que naquelas que não a adotam.
A experiência penitenciária dos países civilizados demonstra suficientemente que a repressão através de penas drásticas, principalmente a de morte, não intimida o delinqüente.
Muitas vezes, saído de faixas sofridas da população, tem mais medo da vida do que da morte.
A pena de morte fecha violentamente a porta do mundo natural ao condenado, quando, na realidade, o criminoso precisa do enclausuramento carcerário para repensar sua vida, arrepender-se das faltas cometidas, redimir-se perante a sociedade, integrar-se."
Como pode um homicídio ser punido com a prática de um ilícito penal? Pena de morte é crime e um crime não justifica outro.
Como pode o guardião da lei - o Estado - infringir a lei de Deus que é clara em seu mandamento : Não Matarás?!
A pena de morte torna inviável qualquer ação que se possa desenvolver pela valorização do ser humano.
Outrossim, não somos só corpo físico. Somos corpo e alma; esta, imortal. Sacrificado o corpo, o espírito sobrevive e, revoltado, pode vir a influenciar os que lhe eram afins e concorrer para o aumento da criminalidade no mundo de onde foi eliminado. E ainda pode vir a aumentar o contingente de "criminosos do Além".
A pena de morte, portanto, não é meio redutor da criminalidade; ao contrário, pode concorrer para aumentar seus índices.
Urge uma reformulação dos métodos utilizados no tratamento dos criminosos. A educação é o grande instrumento na recuperação dos desviados. Seria interessante que, em vez da vida sedentária em carceragens, dentro do perímetro urbano, pudessem ser instituídos estabelecimentos penais com características de colônias agrícolas ou industriais, onde os presos exercessem um ofício remunerado com que ajudassem na manutenção da família.
Enfim, o esforço que se tem a fazer é o de eliminar o crime, não o criminoso. Educação preventiva ou reeducação são as palavras de ordem. As religiões poderão contribuir promovendo o desenvolvimento espiritual dos transgressores, quer tenham eles agido por ignorância, maldade ou insensibilidade.

Nota - Estes comentários sobre o tema em questão estão apoiados no ensaio "Pena de Morte :um crime não justifica outro" da autoria de Marisa Campello Moeda, membro do Núcleo de Estudos Espíritas André Luís, em Maceió - Alagoas.

Leiam com calma , reflitam e dêem seus palpites. Não esqueçam que este blog é interativo. Até outro post.


quinta-feira, outubro 17, 2002

Para derivar, que tal transformar o post de hoje numa horinha lúdica, lendo um conto que peguei no livro "O Pulo do Gato"
da autoria de Felinto Elysio Duarte Campelo?

O Caju e a Abelha

Numa praia afastada do perímetro urbano, o verde da viçosa vegetação contrastava com o branco de suas areias e o azul do mar calmo e morno.
Um córrego de água fresca e cristalina, serpenteando entre o arvoredo, completava a harmonia do ambiente, irrigava o solo fértil, contribuía para a fartura de frutas, o que, aliado à beleza da paisagem, fazia daquela enseada um oásis para os pescadores da região e um refúgio para os turistas mais afoitos ou ousados aventureiros de excursões mais longas.
Tangido pela brisa marítima, um cajueiro contorcia-se em cadenciados e graciosos meneios para, orgulhosamente, exibir sua primeira florada.
Beija-flores, borboletas, abelhas volteavam entre as plantas, executando um bailado de raro encanto e exuberante policromia numa exaltação à criação e ao Criador.
Uma das abelhas, ao extrair néctar das flores do jovem cajueiro, encontrou o seu primogênito fruto e cumprimentou-o gentil:
- Bom-dia, meu querido maturi! Fico feliz em vê-lo despertar para a vida. Já foste informado do futuro que te foi reservado?
- Sim, laboriosa operária da natureza. Tenho ouvido minha árvore-mãe, escutado os cajueiros mais velhos, conversado com os seres alados que nos visitam diariamente. Sei que meu pedúnculo crescerá; quando maduro, será suculento, rico em vitamina "C" e servirá de alimento a quem me colher. Minha castanha será lançada à terra, germinará e dela brotará um novo cajueiro. Sei, enfim,
que serei útil e esta certeza faz-me feliz.
- É bom saber-te consciente da tua missão no mundo e satisfeito com o teu destino. Parabéns!
- Sim, abelha, contudo uma coisa deixa-me entritecido e não encontro resposta para minhas indagações.
- Conta-me, filho, o que te aflige. Se me for possível, dar-te--ei o esclarecimento desejado.
- Paralelamente ao nascimento de novos frutos, vejo cachos e mais cachos de flores secarem sem que cumpram sua função de produzir. Morrem antes de fecundarem, tornam-se inúteis.
- Não é bem assim, meu cajuzinho preocupado. As flores que agora estão secas participaram da polinização de outras flores, ensejaram a explosão da vida em forma de novos frutos. Cairão, em seguida, ao solo, adubando-o, após passarem pelo processo de degradação. Completa-se o ciclo, confirma-se o enunciado científico: "Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
De pronto, o caju entendeu a lição e ficou a cismar monologando: a natureza é sábia, a obra de Deus é perfeita.
Assim, como o inexperiente caju, é grande parte da humanidade qua ainda estagia na infância espiritual, não entende o alcance das decisões divinas. Por isso mesmo, quais abnegadas abelhas, uma legião de Espíritos evoluídos, sob a égide de Jesus, reencarnam na Terra para nos trazer com o exemplo e a palavra ensinamentos calcados no Evangelho. Outros, igualmente dedicados,
lá do plano invisível, através da mediunidade iluminada de servidores fiéis, transmitem os esclarecimentos que nos conduzirão ao crescimento espiritual. Ouçamo-los.


Que tal? Deu para descontrair? De vez em quando, faremos um recreio assim como este, antes de retomarmos nossas divagações,
nossas considerações sobre pontos polêmicos. Vocês podem sugerir outras formas de pausas, como contar "causos", anedotas,
apresentar joguinhos etc, enviando por e-mail a contribuição que lhes aprouver.

Até o próximo contato. E que Deus esteja sempre em nosso pensamento.


sábado, outubro 12, 2002

Oops! uma falha neste post de 10/12/2002. Esqueci de registrar que meu texto tem base no 4º capítulo ("Assassinato Intra-uterino")do livro "Viver em Plenitude" de Richard Simonetti.

sexta-feira, outubro 11, 2002

Vamos falar de aborto?
A pergunta é:
A provocação do aborto, a qualquer altura da gestação, constitui crime?
A resposta é:
Existe ação criminosa sempre que se transgride a lei de Deus.

Não tenho a pretensão de teorizar, aqui, sobre o crime do aborto, mesmo porque esse tipo de especulação pode não levar a resultados práticos. Acho que discorrer sobre as conseqüências do aborto provocado redunda seguramente em orientação a quem não conseguiu sustar o impulso de atentar contra a vida do feto em gestação.
Uma reencarnação inicia-se no momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, dando lugar ao embrião. Nesse exato momento, um Espírito é ligado ao organismo desenvolvimento, com a devida assistência de técnicos espirituais.
Isto significa que já há, a esta altura, uma VIDA a desenvolver-se e um pretendente seguro a ela. Fecha-se, asim, a porta da reencarnação a um espírito prestes a iniciar uma jornada na Terra.
Para a mulher que apela para o aborto, as conseqüências de seu ato podem se manifestar de várias formas. Ela fica vulnerável, podendo vir a se tornar estéril, ou sujeita a infecções, abcessos, ou ainda, a angústias e depressões.
Poderão as feministas contra-argumentarem que a mulher é dona de seu próprio corpo e pode usá-lo de acordo com sua conveniência. Esquece, porém, que não é dona da Vida e que só Deus poderá controlá-la.

O Espiritismo tem uma posição consistente, neste particular. Vê o aborto como crime, mas não aponta a mulher que o pratica como irrecuperável. Dá-lhe oprtunidades, ainda no plano terreno, sugestões e recursos que podem vir a amenizar-lhe a culpa, tais como seu envolvimento em obras de apoio a crianças carentes, ou a adoção delas ou o trabaho voluntário em enfermarias, casas de distribuição gratuita de sopa , asilos, todos eles sempre em expectativa de mãos obreiras e doadoras.


Para terminar meu recado de hoje, vou deixar um pensamento bonito e sugestivo, de Emmanuel, que vem com o título de

Na Trilha das Horas

Pela palavra que digas, Jesus é admirado. Através de teus conhecimentos, Jesus pode ser visto. No fervor que demonstres, Jesus é louvado. Entretanto, só pelo serviço que prestes é que Jesus será entendido.

Vamos pensar juntos .Espero contribuição.
Até o próximo encontro.

quinta-feira, outubro 03, 2002

Gente, eu própria não imaginava que fazia quatro dias que estive aqui. Perdão pela demora, outros deveres me impediram de voltar mais cedo. E, para variar, lá venho eu com dúvidas a respeito de outro assunto, este voltado para um futuro não tão distante.
Tenho lido que esta é a era em que a Terra deixará a sua condição de planeta expiatório para galgar a condição de planeta de regeneração. Claro que não se pode interpretar isto ao pé da letra. Esse tipo de transformação demanda séculos para ocorrer integralmente. É uma transformação lenta, muito lenta e trabalhosa. Mesmo assim, sabendo que as mudanças não se precipitarão
da noite para o dia, pergunto-me: Como pode a Terra estar andando num sentido de qualificação para melhor, se a humanidade ainda se digladia em guerras em busca de poder, se a maioria dos homens ainda não acordou para as grandezas da vida, para o verdadeiro significado de sua existência?
Fica aqui o mote. Vamos estudar juntos, vamos descobrir caminhos que nos expliquem esses mistérios aparentemente insondáveis.
Espero que os comentários inseridos neste blog vão começar a preencher sua finalidade. Todos os depoimentos serão levados em conta, discutidos e publicados aqui com o devido carinho e respeito, compondo uma resposta convincente para os interessados no assunto.

Para deixá-los, um pensamento que nos ilumine e estimule:

"Suor é trabalho.
Lágrima é sofrimento.
Com o suor aprendemos.
Com a lágrima purificamos.
O trabalho esclarece.
O sofrimento redime."

"...Suando e sofrendo, guardemos a certeza de que construiremos as asas divinas que nos transportarão das sombras do mundo à glória da Vida Eterna.

Scheila / Médium Chico Xavier

Que a paz fique com todos.

terça-feira, setembro 24, 2002

Hoje, precisei fazer uma consulta sobre um tema que me tem inquietado nestes últimos tempos e não encontrei nada significativo
em livros de que disponho, nem em publicações esparsas. Preciso saber qual a real posição do espírita diante do uso instituído da
cremação do corpo após a morte.
Todos nós sabemos que o ser espiritual, ao abandonar seu envólucro material, volta à erraticidade, onde, depois de um período de desnorteamento natural, vem a perceber seu novo estado e partir para a execução de tarefas que o vão tornar apto a trabalhar sua evolução como espírito.
Até pouco tempo, o destino do corpo falido era o sepultamento. Recentemente, foi instituído o crematório. Do sepultamento resulta a decomposição da matéria que é absorvida pela terra em forma de húmus (?). A cremação, por sua vez, devolve à atmosfera os gases produzidos pela combustão dos tecidos mortos (?). Nos dois casos, o que resta do corpo se integra novamente à natureza (?).
Dessas elucubrações, chego à conclusão de que tanto um como outro destino dado ao corpo merece ser considerado válido.
Que acham da questão proposta? Alguém já leu algum estudo em torno do tema que venha a validar meu raciocínio?
Se houver alguém com alguma indicação, por favor, corresponda-se comigo. Há para isso, aqui, no blog, o sistema de comentários e o de e-mail. Vamos pesquisar em livros, em sites espíritas, de que a Internet está cheia, ou em consultas a estudiosos da Doutrina, a evangelizadores, a núcleos de estudos, dependendo da capacidade de recursos que cada um possa ter à mão.
Feito este apelo, quero oferecer alguma coisa branda, um pensamento bonito ou uma poesia suave, como derivativo e estímulo ao nosso programa de estudo.

"... Há situações que constituem a nossa prova aflitiva e áspera, mas redentora e santificante.
Perdoemos as pedras da vida pelo ouro de experiência e de luz que oferecem.
E, sobretudo, armemo-nos de coragem para o trabalho, porque é na dor do presente que corrigimos as lutas de ontem, acendendo abençoada luz para o nosso grande porvir!..."

(Bezerra de Menezes)



Estarei de volta logo,logo. Abraços.


sexta-feira, setembro 20, 2002

O QUE É A PRÁTICA ESPÍRITA

1 - "Dai de graça o que de graça recebestes --- princípio moral do Evangelho.

2 - Com simplicidade, a prática espírita é realizada dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

3 - O Espiritismo não utiliza rituais ou formas de culto exterior.

4 - O Espiritismo não impõe os seus princípios; aos interessados em conhecer a doutrina é dada a chance de submeterem os
ensinamentos recebidos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

5 - A comunicação dos espíritos com os homem dá-se por meio da mediunidade ---- faculdade que muitas pessoas trazem consigo
ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.

6 - Entende-se por prática mediúnica espírita aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral
cristâ.

7 - A Doutrina Espírita respeita todas as religiões, realça todo e qualquer esforço empregado para a prática do bem e prega a
confraternização, a paz e o entendimento entre todos os homens, independentemente de raça, cor, nacionalidade, crença
religiosa, nível cultural ou social.


" Nascer, morrer, renascer ainda, e progredir sempre, tal é a lei".

Vamos aos ensinamentos em forma de breves mensagens:

CURSO DE PAZ -------> Tantos cursos de formação cultural enriquecem o mundo! Sempre nobre o anseio de conquistar esse ou aquele título de competência. Entretanto, abençoada seja a criatura que aprende a viver satisfeita, buscando melhorar-se com paciência para que os outros vivam em paz.

POR AGORA -------->Trabalha com alegria, servindo sempre. Não deixes para amanhã o bem que podes fazer hoje. Age enquanto os recursos da vida se demoram em tuas mãos. Recorda: o minuto presente, por agora, é a única força de que dispôes.

EMMANUEL, de "Os Mensageiros" ( psicografado por Chico Xavier)


Para finalizar, uma contribuição caseira:

ALVITRE

Não sonhe,
viva

Não deseje,
vá buscar

O caminho é longo?
Encurte-o

O tempo é pouco?
Expanda-o

Os recursos são parcos?
Crie-os

Não esmoreça, não duvide, não desista!

A vontade é seu único motor

A persistência, sua única arma

A determinação, sua única força

A fé em Deus, toda a sua razão de ser

e de superar-se...

Magaly Campelo de Magalhães 1999 / Rio




sexta-feira, setembro 13, 2002

É conhecido o fato de que, reencarnado, o espírito não se lembra de sua existência anterior.Vejamos a consideração em torno
do assunto que Allan Kardec nos apresenta:
"Em princípio, o futuro deve ser ocultado ao homem; não é senão em casos raros e excepcionais que Deus permite a sua
revelação. Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade porque seria
dominado pelo pensamento que, se uma coisa deve chegar, não há com que dela se preocupar, ou bem procuraria entravá-la.
Deus não quis que assim fosse, a fim de que cada um concorresse para o cumprimento das coisas, mesmo daquelas às
quais gostaria de se opor. Deus permite a revelação do futuro quando esse conhecimento prévio deva facilitar o cumprimento de
coisa, em lugar de entravá-la, conduzindo a agir de outro modo ao que teria feito sem isso. (Do livro "O que é o Espiritismo").
A lembrança da existência corporal, no entanto, não surge imediatamente, depois damorte. Vem aos poucos, lentamente.
O espírito recorda as coisas de acordo com as conseqüências que delas resultaram para seu presente estado na erraticidade.

Esclarecido este ponto para muitos desconhecido, podemos buscar em Albino Teixeira um aconselhamento oportuno
em relação ao posicionamento que temos que adotar na vida comum :

No Tempo Justo

Você encontrará o que busca, fará o que lhe aprouver, viverá conforme imagina, escolherá os próprios amigos, lutará com os
recursos de que dispõe, decidirá sobre o caminho a percorrer, cultivará os pensamentos em que se compraz...
Mas, se a Lei Divina lhe faculta semear livremente, não o exime da responsabilidade de colher.
Observe, portanto, o tipo de semente que você lança no solo da vida porque, no tempo justo, ela produzirá segundo a sua
espécie.

Do livro "Brilhe vossa Luz", pelo médium Chico Xavier.


domingo, setembro 08, 2002

Ando pensando insistentemente numa forma de colaborar, embora tardiamente, em favor do exercício das leis de Deus, cujos alicerces residem na grandeza de suas lições e exemplos. Paro para pensar no que acabo de dizer e logo me faço a pergunta
mais que natural: você tem estatura para missionário? Missionário? Esta é pretensão de missionário? Não consigo me encaixar
em tal rótulo. E é aí que, da leitura de um trabalho produzido por uma mente arejada, logro encontrar a resposta à minha indagação.
"Todos podemos ser missionários do Cristo. Não há grandes exigências para o serviço. Você não precisa ser rico, nem poderoso,
nem intelectualizado, nem universitário, nem detentor de títulos de nobreza, nem desfrutar de destacada posição social, nem dos privilégios de uma função.
Há uma única condição: Disposição de servir.
Missionários do Cristo seremos quando, no setor de atividades a que nos vinculemos, cumpramos nossos deveres com retidão, fiéis à própria consciência, procurando sempre fazer o melhor.
Que, diante de qualquer pessoa que procure atenção, vejamos não simplesmente o cliente, o amigo, o necessitado, o subalterno, o superior, o familiar, o colega, mas, fundamentalmente, o irmão em humanidade, que podemos beneficiar com nossas iniciativas, a partir de uma pergunta que devemos fazer a nós mesmos: O que posso fazer em seu benefício?
Um dia, quando nossos olhos se cerrarem na Terra e despertarmos no além, estejamos certos de que nossa posição não será definida a partir do dinheiro que amoedamos, dos cargos que exercemos, dos poderes que mobilizamos, das influências que exercitamos.
Uma única pergunta nos fará a própria consciência; a definir nosso "status" espiritual:
- Qual a extensão dos benefícios que prestamos ao semelhante, exercitando a missão de servir?"

Assim, Richard Simonetti encerra o seu livro "Viver em Plenitude". Sem alardes verbais, de maneira singela e aberta, ele nos
orienta e nos ajuda a refletir sobre nosso papel ou missão aqui, na Terra.



Que a paz se faça em nossos corações!
Voltarei em poucos dias.






domingo, setembro 01, 2002

"Comece o dia à luz de uma oração. O amor de Deus nunca falha" - Palavras de André Luiz em psicografia de Francisco Cândido Xavier, reportadas por Richard Simonetti em seu livro "Viver em Plenitude".
Realmente, esta é a melhor maneira de começarmos cada dia que nos é dado viver, percebendo a responsabilidade que nos toca pelas ações que praticarmos, fazendo uso do livre arbítrio que nos foi concedido. Da prece tiraremos o estímulo necessário para enfrentar as dificuldades que surgirem em nosso caminho. Mas uma coisa é fundamental, como diz Simonetti: "Não busquemos simplesmente os favores do Céu. Não a oração de quem pede, mas a oração de quem oferece serviço. Quem pede encontra, eventualmente o Senhor. Somente o que serve situa-se ao lado d´Ele. Por isso, Francisco de Assis, que entendia de oração, dizia :

Senhor,
faze de mim um instrumento de tua paz!
onde houver ódio, que eu leve o amor;
onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
onde houver discórdia, que eu leve a união;
onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
onde houver erros, que eu leve a verdade;
onde houver desespero, que eu leve a esperança;
onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
onde houver trevas, que eu leve a luz!

Mestre,
Faze com que eu procure menos
ser consolado que consolar,
ser compreendido que compreender,
ser amado do que amar...

Pois
é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
é morrendo que se vive para a vida eterna!


Quanta inspiração, sabedoria e capacidade de doação! Tão bom que seguíssemos seus passos!



quinta-feira, agosto 29, 2002

Hoje, estou pensando em dar a palavra a entidades que nos possam ajudar a refletir sobre posturas a tomar na vida comum.Talvez porque hoje a irmã que lhes fala precise de apoio espiritual e de conselhos. Então, que todos nos beneficiemos
com as experientes e sábias palavras de irmãos que já habitam um plano mais elevado que o nosso.
Vejamos o que Joana de Angelis nos diz através da psicografia do médium Divaldo Franco. O tema:

Persistir na Idéia
Nenhuma idéia é por si mesma tão perfeita que não precise de aprimoramento, nem tão imperfeita que não possa ser mellhorada .
A moeda que adquire medicamentos também passa pelas mãos de malfeitores.
Muitas vezes, a idéia do bem chega ao homem em forma grosseira, mas depois de retoques valiosos, transforma-se em bênçãos.
Quem muda de idéia freqüentemente, quase nunca realiza alguma coisa de valor.
Para o sucesso de todo empreendimento, persistir na idéia é condição indispensável.
Sem a perseverança, que aprimora, as realizações malogram e deixam amarguras.
Todas as idéias têm algo de bom quando resultam em benefício de alguém.
Há vinte séculos, a idéia do Cristo sacode a Terra sem obter penetração integral no coração humano. Mas Ele persiste, persuasivo e gentil, com sua doutrina de amor.
Inspira-te n´Ele, insiste nas idéias superiores e plasma em ti a força do bem, que te dará vida e alegria.

Do livro MESSE DE AMOR (extrato do tema)


E o espírito de André Luiz , pelo médium Antônio Baduy Filho, nos diz:

SE

Se, em muitas ocasiões:
A tristeza o toma e você esquece a alegria; a calúnia o fere e você esquece o perdão; o desânimo o corrói e você se esquece da coragem; a irritação vem e você se esquece da calma; o desespero o arruína e você se esquece da esperança; o orgulho o fustiga e você se esquece da humildade; a vaidade o cega e você se esquece da modéstia; a indiferença o enregela e você se esquece da ternura; o egoísmo o isola e você se esquece da caridade; o ódio o convida para o mal e você se esquece do amor que o chama ao bem; se isso lhe ocorre em poucos minutos e você se esquece das horas, meses e anos de aprendizado religioso; é justo reconhecer que, embora tenha encontrado Jesus, você realmente não se dispôs a seguir-Lhe os passos.

Do livro DECISÃO (extrato do tema)



Que essas passagens tenham confortado vocês como o fizeram a mim . A reflexão e a prece são caminhos que nos aproximam do Criador.





sexta-feira, agosto 23, 2002

Que bom que pude voltar agora para comunicar que o serviço de e-mail está prontinho. É só vocês escreverem e assinarem. Com isso, não houve ainda tema sugerido por vocês. Nada que nos impeça de conversar. Acho atual e importante o tema Doação de Órgãos e posso dar minha opinião pessoal. Como seguidora da doutrina kardecista, acho que não podemos perder nenhuma oportunidade de servir nosso semelhante.Se a oportunidade se apresenta através da falência do corpo material, por que não doarmos órgãos sãos a quem precisa deles para continuar a viver? E aí, há dois aspectos de atendimento: a recuperação do corpo material em aflição e a oportunidade dada a um ser de completar sua jornada na Terra, onde poderá conquistar pontos para a sua evolução espiritual, desde que saiba usar seu livre arbítrio e se paute por uma conduta cristã.
É claro que cada um deve se conscientizar em tempo para assumir tal postura para que, num desencarne imprevisto, seu espírito não se choque com a visão da retirada dos órgãos doados. Desde que as atitudes sejam tomadas com base nos princípios cristãos de amor ao próximo e de caridade sem restrição, os sofrimentos serão atenuados e a lei de Deus, cumprida .
Falo espontaneamente o que penso que está de acordo com a doutrina, embora reconheça que tenho muito que aprender. Por isso, falo em troca de idéias. Poderia transcrever trechos de trabalhos que já li sobre o assunto. Farei isso, sim. Por enquanto, falemos nós.Qdo o assunto parecer esgotado, trarei textos de gente que pode falar com toda autoridade, está bem assim?

CONDIÇÕES
Se trabalhas, podes servir.
Se serves, adquires o necessário.
Se dispões do necessário, atinges a paz.
Se possuis a paz, segues com Deus

Emmanuuel, pelo médium Francisco Cândodo Xavier, do livro Condições


Um bom fim de semana para todos. Até mais.

segunda-feira, agosto 19, 2002

Amigos, falhas técnicas tomaram os poucos momentos livres de que disponho para dar curso às nossas considerações sobre temas de interesse do espírita. E ainda hoje não posso demorar-me como gostaria. Faremos uma troca: deixarei sugestoes para um próximo encontro e acrescentarei uns pensamentos muito bonitos que nos vão levar a um estado de meditação e prece.
São de Emmanuel, recebidos pelo médium recentemente desencarnado Francisco Cândido Xavier:

HOJE É O TEMPO

Ontem, foste o que eras. Amanhã serás o que fizeres de ti. Hoje, porém, és o que és. Aproveita agora para realizar o bem que deves e já podes fazer. ( Do livro Agora é o Tempo, edição IDEAL).

PASSADO

Não imobilizes a memória em caminhos percorridos. O passado pode e deve ser consultado a fim de clarear as diretrizes do presente. Um momento de indagação, porém, não significa inércia no tempo. Ninguém estabelece o próprio lar, por dentro de um museu. ( Do livro CONDIÇÕES), edição CÉU).

Que tal enfocarmos temas como: Doação de Órgãos, Reencarnação, Cremação do Corpo X Enterro Tradicional? Seria ótimo que a sugestão partisse dos visitantes do site. Isto vai ser possível quando o serviço "e-mail me" estiver funcionando plenamente, assim espero.
Deixo-os agora. Trabalharemos mais à vontade no próximo contato, se Deus quiser.

quarta-feira, agosto 14, 2002

Onde estamos?
Numa morada que não é a definitiva, num planeta de aprendizagem, onde vamos cumprir o tempo de uma ou mais de uma
existência com a finalidade de depurar o espírito e obter o direito de ascender a uma esfera regeneradora.
A Terra ainda é considerada um planeta de provas e expiações, uma escola onde o ser humano, dotado de livre arbítrio, deve trabalhar suas imperfeições em busca de progresso espiritual.
Há mundos mais atrasados do que o nosso, em que a vida é voltada quase exclusivamente para a matéria. Há outros mundos como o nosso, nos quais já há preocupação com o lado espiritual, embora ainda predominem as paixões materiais. E há mundos de regeneração que abrigam espíritos com maior grau de conhecimento, de sensibilidade, em seu trajeto para a angelitude, em mundos
felizes.
Sabendo que somos espíritos encarnados num planeta de provas, cumpre-nos traçar uma trajetória de progresso para nós mesmos e para o mundo que habitamos. A reencarnação promove essas formas de progresso gradual do espírito, conduzindo-o a estágios superiores.

Esta é a maneira que encontrei para abrir nossa conversa. Espero contribuição de nossos visitantes em forma de sugestão de temas,
ou de perguntas que dêem margem a apreciações ou ainda em forma de pesquisa coletiva.

segunda-feira, agosto 12, 2002

Este blog será um repositório de indagações sobre nossa condição de vida no planeta Terra.Teremos oportunidade de analisar aqui questões atinentes ao homem e seu destino em nosso globo, sob a ótica do Espiritismo. Nenhum comando será exercido, nenhum roteiro ou programa será traçado. Em conversa informal, trataremos de pontos polêmicos, tiraremos dúvidas uns dos outros, cada um participando com o conhecimento que tem, alimentado por leituras paralelas.Qualquer pessoa, mesmo professando credo diferente, pode participar. A época é de globalização, bem condizente com o espírito ecumênico que já é tendência em nossos dias.