sábado, março 30, 2013

Páscoa

     
Flores para enfeitar a Páscoa



          Escolhi para o post de hoje um artigo da revista  Consolador de 31 de março de 1913 pela
maneira como o autor responde à pergunta constante feita em nosso meio: a Páscoa na visão espírita.
          Numa linguagem singela, ele se sai muito bem ao explicar o que realmente importa nessa comemoração e a maneira como devemos ver Jesus Cristo  que nos deu a lição mais eloquente de Amor sobre a face da Terra.
           

ANDRÉ LUIZ ALVES JR.
locutorandreluiz@hotmail.com
São José dos Pinhais, PR (Brasil)



Celebrando a Páscoa



Todos os anos, ao chegarmos a esta época, a sociedade cristã relembra o episódio de maior importância na história religiosa da humanidade: a paixão de Cristo, comumente representada por sua imagem martirizada em uma cruz.

Influenciados pelo capitalismo, aproveitamos a data do aniversário da ressurreição de Jesus para trocarmos chocolates das mais variadas formas e sabores, pagamos caro pelo típico bacalhau presente na ceia das famílias mais abastadas e cometemos, então, o pecado capital da gula.
Associamos a imagem do Cristo morto às conveniências do egoísmo de uma sociedade que se preocupa em lucrar em todas as oportunidades e esquecemos que Jesus nasceu e tem nascido todos os dias, em diferentes épocas e lugares, nos corações dos homens que descobrem o seu amor.
Comovemo-nos com as inúmeras peças teatrais que reproduzem a via sacra de Jesus, malhamos indignados a figura de Judas, o traidor, e não lembramos que o próprio Cristo, traído, nos ensinou o perdão.
A cada ano nos distanciamos um pouco mais dos ensinamentos do Mestre, talvez descrentes pelas consequências de nossas próprias atitudes e ignorando que o homem interior é capaz de se renovar sempre.
A luta nos enriquece de experiência, a dor aprimora nossas emoções e o sacrifício tempera-nos o caráter. Mas não basta apenas ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração.
É necessário promovermos a mudança sincera de nossas atitudes, amadurecer nossos sentimentos vis, através dos princípios que ele nos deixou.
E parafraseando Chico Xavier, Jesus não nos exigiu nada, não nos impôs grandes sacrifícios, só pediu para que nos amássemos uns aos outros.
Deixemos, então, a imagem daquele Cristo morto e crucificado para darmos lugar ao Cristo vivo em nossas vidas. O nosso Jesus está sim, de braços abertos, olhando por cada um de nós.
Feliz Páscoa!






           Espero que os amigos tenham apreciado o texto e que possamos todos nos congratular conscientemente na Páscoa que ora transcorre.