sábado, dezembro 31, 2005

Paisagem Rural, de Anita Malfatti Óleo sobre tela.

Últimas horas do último dia do ano de 2005. O ano de 2006 está prestes a se instalar com toda a sua carga de esperanças para uns, descrença para outros, desesperança para muita gente.
É hora de reflexão, é hora de contrição, é hora de amadurecimento. Que tenhamos o equilíbrio necessário para as tomadas de posição que a vida exige e, para tal, nada como uma prece para nos orientar , nos conduzir ao estado de espírito adequado às circunstâncias.

Vou lançar mão de uma prece muito bonita, de André Luís, a qual vai nos guiar e ajudar-nos a crescer espiritualmente:

Senhor da Vida,
Abençoa-nos o propósito
De penetrar o caminho da Luz!...

Somos Teus filhos,
Ainda escravos de círculos restritos,
Mas a sede do Infinito
Dilacera-nos os véus do ser.

Herdeiros da imortalidade,
Buscamos-Te as fontes eternas,
Esperando, confiantes, em Tua misericórdia.

De nós mesmos, Senhor, nada podemos,
Sem Ti, somos frondes decepadas
Que o fogo da experiência
Tortura ou transforma...

Unidos, no entanto, ao Teu Amor,
Somos continuadores gloriosos
De Tua Criação Interminável.

Somos alguns milhares
Neste campo terrestre;
E, antes de tudo,
Louvamos-Te a grandeza
Que não nos oprime a pequenez...

Dilata-nos a percepção diante da vida,
Abre-nos os olhos
Enevoados pelo sono da ilusão,
Para que divisemos
Tua glória sem fim!...
Desperta-nos docemente o ouvido,
A fim de percebermos o cântico
De Tua sublime eternidade.
Abençoa as sementes de sabedoria
Que os teus mensageiros esparziram
No campo de nossas almas;
Fecunda-nos o solo interior,
Para que os divinos germens não pereçam.

Sabemos, Pai,
Que o suor do trabalho
E a lágrima da redenção
Constituem adubo generoso
À floração de nossas sementeiras;
Todavia,
Sem Tua bênção,
O suor enlanguesce
E a lágrima desespera...
Sem Tua mão compassiva,
Os vermes das paixões
E as tempestades de nossos vícios
Podem arruinar-nos a lavoura incipiente...

Acorda-nos, Senhor da Vida,
Para a luz das oportunidades presentes;
Para que os atritos da luta não as inutilizem,
Guia-nos os pés para o supremo bem;
Reveste-nos o coração
Com a Tua serenidade paternal,
Robustecendo-nos a resistência!
Poderoso Senhor,
Ampara-nos a fragilidade,
Corrige-nos os erros,
Esclarece-nos a ignorância,
Acolhe-nos em Teu amoroso regaço.

Cumpram-se, Pai Amado,
Os Teus desígnios soberanos,
Agora e sempre.
Assim seja.

ANDRÉ LUIZ (Do livro No Mundo Maior, cap. 1, FCX, edição FEB)


Depois desta expressiva prece, demo-nos as mãos e comecemos a nos preparar para mais um ano de aprendizagem que nos levará ao resgate de nossos desacertos. Que consigamos crescer para não deitarmos fora a preciosa oportunidade de uma reencarnação.

FELIZ 2006 para nós todos .

FELIZ ANO para toda a humanidade.

sexta-feira, dezembro 23, 2005



FELIZ NATAL!

O Natal está aí. Sentimo-nos mais uma vez mobilizados e naturalmente inclinados a esperar que a data comemorativa nos traga a tranqüilidade da paz, uma forma de alegria despojada, uma vida comunitária sem apreensões.
Será que é uma maneira de idealizarmos a vida em sociedade? Será que não atingiremos pelo menos um nível tolerável de convivência?
Se somos seres gregários, por que não conseguimos uma forma de vida compartilhada, produtiva, saudável?
Os anos se sucedem, os governos mudam e a sensação de insegurança aumenta a olhos vistos.
Vamos aproveitar a ocasião e vamos fazer uma vibração em favor de uma vida digna pra todos, em que a justiça se cumpra e em que todos tenham a mesma chance de crescimento.

Dei-me o direito de vir aqui hoje para este encontro de regozijo e esperança em dias melhores para a humanidade. Partilhemos todos, fazendo juntos uma prece fervorosa.

Senhor,
Dá-nos a capacidade de alcançarmos a Tua sabedoria e bondade e podermos gozar de Tua luz num mundo de justiça e de amor. Dá-nos força para exercitarmos as virtudes indispensáveis a uma vida material e espiritualmente sã. Dá-nos a luz que nos falta para encontrarmos o rumo certo e seguro que nos levará a Ti..
Que o dia do teu Natal nos alivie e console .

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Natal está às portas. Vamos preparar o espírito para louvar o deus-menino que nos veio salvar há mais de dois mil anos. É uma história de Amor, Renúncia e Doação que a humanidade não conseguiu elaborar devidamente e ainda não assumiu seu papel de contemplada pela bondade divina.

Muito se tem escrito sobre o assunto; páginas pungentes, histórias de milagres, louvações, textos poéticos de exaltação à figura do Cristo redentor, uma literatura rica de pesquisas, informações, de passagens bíblicas.

Os poetas enriquecem esta fonte prodigiosa e nos contaminam com seu lirismo e sua força de expressão.
Está aqui um exemplo de vigor poético nos versos inspirados de uma espírita alagoana, da cidade de Arapiraca, que nos brinda com seu expressivo e delicado poema:


ENTÃO É NATAL!
Lêda Mello


Então, é NATAL,
e eu quero falar de Esperança.
Quero falar de um Sonho Divino
que se fez Homem
para que os homens enxergassem a Luz.

Então, é Natal,
e eu quero falar de Amor.
Quero falar de um Homem
que veio para nós e por nós.
Verbo, Verdade e Vida,
a mais bela e perfeita mensagem de amor
que a humanidade já recebeu.

Então é Natal,
e eu quero falar de Paz.
"Ame o seu próximo como você se ama."
"Que vocês se amem como eu os amei."

E, então, FELIZ NATAL!

Arapiraca (AL), 05.12.2005


Contribuições do Além tanmbém nos chegam em preciosos trabalhos, como podemos constatar neste soneto de Maria Dolores, intitulado

NATAL NO TEMPO

A fúria de Ramsés e o ódio de Cambises,
Feras humanas, sem alguém qua as dome,
Conquistando poder, ouro e renome,
Aumentaram as lutas infelizes.

Passam reis, ditadores e juízes
Sem que hoje ninguém lhes lembre o nome,
Passam Dante, Leonardo e célebres atrizes,
Sem perceber a terra que os consome...

Só Jesus permanece ao nosso lado,
Mensageiro de Deus e herói amado,
Que nos tolera, instrui, ampara e guia...

Natal é a luz maior que nos alcança
Doando-nos a Fonte da Esperança,
Em cânticos de Paz e Alegria!...

(Recebiso pelo médium Francisco Cândido Xavier, no Culto do Evangelho do lar, em sua própria residência, na noite de 22/10/95, em Uberaba/Minas Gerais).

FELIZ NATAL!

sexta-feira, novembro 25, 2005

Child with dove / Pablo Picasso

CRIAÇÃO E DESTINO DOS ESPÍRITOS

Felinto Elízio Duarte Campelo


Ensina a doutrina kardecista que os espíritos foram e continuam sendo criados por Deus simples e ignorantes, mas destinados a progredirem até que alcancem o aperfeiçoamento através de sucessivas reencarnações neste e em outros mundos posto que, como disse Jesus, há muitas moradas na casa do Pai (João 14:2).

Outras concepções dentro do cristianismo entendem que o espírito é criado para cada ser nascente para uma única vida terrena, cujo destino será o céu ou o inferno, conforme se tenha conduzido nessa experiência, ou o limbo, lugar para onde vão as almas das criancinhas que morrerem sem batismo.

Deus, que é bondade e sabedoria infinitas, não deixaria seus filhos à mercê das vicissitudes humanas, sujeitos a uma condenação perpétua, irrecorrível, contrariando as palavras de Jesus: Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus 18:14).

Também fere a nossa razão a hipótese de que outros serão brindados com o descanso e a contemplação sem fim, quando Jesus preceituou: Meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho (João 5:17).

Igualmente absurda nos parece a idéia do limbo, espaço neutro, sem perspectivas para os espíritos sem culpa, que não foram batizados por desídia ou por falta de dinheiro dos pais.

Outrossim, o conceito de apenas uma encarnação não explica as mais diversas diferenças entre os homens. Uns nascem em berço de ouro, outros não têm onde pousar; uns nascem com fulgurante inteligência, outros com intelecto mediano e alguns broncos ou portadores de mongolismo; muitos aqui chegam com seus corpos perfeitos, sadios, aptos para uma vida normal, enquanto vemos nascerem cegos, surdos-mudos, coxos e estropiados; milhões aportam em grandes cidades que oferecem condições plenas de uma vida tranqüila, outros tantos sofrem em ambientes adversos carentes de água e alimento.

Podemos ver a justiça de Deus nesses aspectos díspares para quem não tem um passado que legitime as benesses ou os infortúnios?

Não, absolutamente não. Deus é amor e justiça suprema. Ademais, Jesus afirmou que a cada um será dado segundo o seu merecimento, de acordo com o texto de Mateus em 16:27: Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta.

Alcançar o aprimoramento espiritual no pequeno lapso de tempo de uma única vida é inconcebível. A natureza não tem pressa, não dá saltos.

A versão bíblica de que o mundo foi criado em sete dias é meramente simbólica. Há mais coerência em entender que cada dia representa uma fase da criação. A ciência prova que a formação do planeta se deu em diferentes eras e que cada uma dessas divisões geológicas durou milhões de anos.

Semelhantemente, a criação dos espíritos não se dá num piscar de olhos nem num simples estalar de dedos de Deus.

Ao impulso de Sua vontade, o surgimento do espírito inicia-se com a aglutinação do fluido universal, presente em todos os espaços, o qual passa por um processo lento, longo, até que se haja consolidado o princípio inteligente, ou seja, o espírito com livre-arbítrio e responsabilidade. No dizer de Leon Denis, a alma dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem.

Assim nasce o espírito, simples, ignorante, primitivo para que em um número indefinido de encarnações neste e em outros planetas desenvolva-se moral e intelectualmente até alcançar a angelitude.

Assemelha-se o espírito recém criado ao diamante bruto. Garimpado, sujeita-se à penosa ação de lapidação, por longo tempo de reencarnações, para eliminar suas jaças e, finalmente, após milênios sem conta, apresenta-se multifacetado e brilhante.

Na obra de Deus não há privilégios. Em sua infinita sabedoria e justiça Deus não criou anjos, eles não são uma produção especial, fora de série. Os anjos, os arcanjos e querubins já foram o que fomos ontem, o que somos hoje, e nós teremos amanhã a constituição angelical dos espíritos puros. É o nosso destino.

Bom tema para uma profunda reflexão. Vamos fazer isso?

quinta-feira, novembro 10, 2005


Flowers Oil painting
Classic flower

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CONSEQÜÊNCIAS DO ESPIRITISMO

Como vimos anteriormente, nem sempre as revelações de espíritos podem ser tomadas como exatas.
Isto posto, uma pergunta se impõe: para que serve o estudo do Espiritismo?
?Para provar materialmente a existência do mundo espiritual.?
Ora, como o mundo espiritual é formado pelas almas daqueles que viveram, da admissão deste fato resulta a prova da existência da alma e sua sobrevivência ao corpo.
Quando as almas se manifestam, elas nos falam de suas alegrias ou seus sofrimentos de acordo com o modo como viveram a vida terrena, o que nos dá prova das penas e recompensas futuras.
Através da descrição de seu estado e situação, as almas ou Espíritos conseguem retificar as idéias falsas que tinham da vida futura e, principalmente, da natureza e duração das penas.
Provada a existência da vida futura, surge a necessidade de trabalhar o mais possível na breve vida em curso, em proveito da futura, que é indefinida.
Imaginemos um rapaz saído da adolescência sabendo que não passará de vinte e poucos anos. Certamente não trabalhará para o futuro, irá cansar-se à-toa, sem proveito. Mas se ele tiver certeza de que alcançará a velhice, ele vai empenhar-se num trabalho que lhe exija maior esforço mas que lhe garanta o repouso futuro.
Assim acontece com aquele que tem a certeza da vida futura.
A dúvida sobre a continuidade da vida conduz o homem a dar importância demasiada aos bens materiais, o que não raro leva a sentimentos menos dignos como inveja, ciúme, cobiça, muitas vezes dando em questões, processos, guerras, muitos males gerados pelo egoísmo.
Em caso de extremo infortúnio, o homem descrente da vida futura pode lançar mão do suicídio para sanar seus males; ou de ver-se assediado demais e chegar à loucura.
Já o homem bem sucedido, mas também descrente, aposta tudo nos bens materiais, na vida mundana, nas satisfações pessoais, no brilho fácil, na importância dos títulos.
A certeza da vida futura e de suas conseqüências abre novos horizontes. Diante da infinidade e grandeza da vida espiritual, a vida terrena conta muito pouco.
Com a certeza do futuro, o homem espera e resigna-se, enquanto o descrente perde a paciência por não esperar nada do presente.
Uma análise dos que já viveram e evidenciaram que a felicidade futura depende do progresso moral conseguido e do bem praticado na Terra e que o conjunto de desgraças tem a ver com os vícios e más ações imprime nos que estão convictos dessa verdade uma tendência natural para fazer o bem e afastar o mal.
No momento em que a maioria dos homens estiver imbuída desses princípios e praticar o bem, este abaterá o mal no planeta. Não haverá mais discórdia, as instituições sociais serão reguladas tendo como escopo o bem de todos, enfim, entenderão que a lei da caridade tal como o Cristo ensinou é a fonte da felicidade.
?A demonstração da existência do mundo espiritual que nos cerca e de sua ação sobre o mundo corporal é a revelação de uma das forças da Natureza e, por conseqüência, a chave de grande número de fenômenos até agora incompreendidos tanto na ordem física quanto na moral.
Quando a Ciência levar essa nova força até hoje desconhecida retificará imenso número de erros provenientes de atribuir tudo a uma única causa: o materialismo. O conhecimento dessa nova causa nos fenômenos da Natureza será uma alavanca para o progresso, produzirá o efeito da descoberta de um agente inteiramente novo.?
O horizonte da Ciência será mais amplo com o auxílio da lei espírita. Só a demonstração da existência do mundo espiritual conduz forçosamente a uma revolução nas idéias e isto não pode deixar de produzir outra revolução na ordem das coisas.
?O Espiritismo ensina poucas verdades absolutamente novas, ou mesmo nenhuma, em virtude do axioma ? nada há de novo debaixo de Sol.
Só as verdades eternas são absolutas; as que o Espiritismo prega, sendo fundadas sobre leis naturais, existiram de todos os tempos, pelo que encontraremos, em todas as épocas, esses germens que, mediante estudo mais completo e mais atentas observações, conseguiram desenvolver. As verdades ensinadas pelo Espiritismo são antes conseqüências que descobertas.
O Espiritismo não descobriu nem inventou os Espíritos, como não descobriu o mundo espiritual, no qual se acreditou em todos os tempos; todavia ele o prova por fatos materiais e o apresenta em sua verdadeira luz, desembaraçando-o dos preconceitos e idéias supersticiosas, filhos da dúvida e da incredulidade."


Finalizamos aqui a seqüência de resumos dos capítulos de instrução do livro O que é o Espiritismo, de Allan Kardec.
Esperamos que o alvo desejado seja plenamente atingido - facilitar a compreensão do texto original e agilizar a leitura.

Estaremos de volta assim que for possível.

domingo, outubro 02, 2005

Pommes et Oranges, de Paul Cezanne
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Vamos ao nosso penúltimo resumo:

Charlatanismo / Identidade dos Espíritos / Contradições.

Como muitos fenômenos, as manifestações espíritas estão sujeitas à exploração de charlatães e prestidigitadores. No entanto, as pessoas que têm conhecimento de causa fazem facilmente a distinção entre a imitação e o fenômeno verdadeiro.
Com destreza e habilidade, há como imitar as manifestações de efeitos físicos e as de efeitos inteligentes vulgares (movimentos, pancadas, transportes, escrita direta, respostas banais etc). Não é a mesma coisa imitar as comunicações inteligentes de longo alcance que demandam intuição pouco comum, superioridade intelectiva, faculdade de improvisação universal.
Os que não têm idéia do que é o Espiritismo, sentem-se inclinados a suspeitar dos médiuns. Só a experiência e o estudo poderão fornecer os meios de se certificarem dos fatos.

A identidade do espírito é uma das dificuldades na prática do Espiritismo. Como no meio dos espíritos se encontram todos os caprichos humanos, há os espíritos ardilosos, que não têm escrúpulo em se apresentarem com outro nome, geralmente com nomes respeitáveis, com o propósito de inspirarem mais confiança.
Isto nos leva a entender que não é seguro crer na autenticidade de qualquer espírito que se manifeste em uma sessão. Esta dificuldade se agrava quando o espírito usa nomes de espíritos antigos, como os de apóstolos, por exemplo.
Se, porém, se trata de nomes de espíritos contemporâneos, cujo caráter e hábitos são conhecidos, aí fica menos difácil identificá-los. De qualquer maneira, para quem não tem um conhecimento melhor do Espiritismo, os meios para a identificação do espírito que chega a uma reunião pode induzir a erro..
Na realidade, um espírito revela sua identidade por grande número de circunstâncias, patenteadas nas comunicações, nas quais se refletem seus hábitos, caráter, linguagem e até locuções familiares; enfim, nos detalhes íntimos em que entra quando se dirige a pessoas queridas.
O espírito identifica-se como deseja e pode, de acordo com o gênero de faculdade de seu intérprete e não de acordo com seu evocador, recusando-se a submeter-se ao que se exige no caso.

Freqüentemente, notam-se contradições na linguagem dos espíritos, o que não nos deve causar estranheza, pois são a conseqüência da natureza dos espíritos, que só sabem as coisas na razão de seu adiantamento, podendo até saberem menos que certos homens.
Só os espíritos inferiores mudam de linguagem de acordo com as circunstâncias em que estão envolvidos.
Os superiores nunca se contradizem. No caso de questões duvidosas, há dois meios pelos quais se pode chegar a uma conclusão segura. Primeiro, submeter todas as comunicações ao exame severo da razão, do bom senso e da lógica. É uma recomendação que fazem todos os bons espíritos e que não o fazem os maus que querem ser cridos sob palavra. O segundo critério da verdade está na concordância do ensino.
Quando o mesmo princípio é revelado em várias línguas por diferentes espíritos e médiuns, estranhos uns aos outros e isentos de idênticas influências, pode-se concluir que ele está mais próximo da verdade do que aquele que provém de uma só fonte e é rejeitado pela maioria.

*** *** *** *** *** *** ***

Para encerrar o trabalho de hoje, vamos recitar juntos, e contritos, esta bonita prece::

SENHOR

Faze nascer novamente no coração de cada um de nós

a INOCÊNCIA
para sabermos ser transparentes e puros,

o CARINHO
para cativarmos todos quantos de nós se aproximem,

a CONFIANÇA
para consolidarmos os pactos em construção,

a GRATIDÃO
para valorizarmos a vida em sua plenitude,

o PERDÃO
para reconciliarmo-nos no amor,

a COMPREENSÃO
para sabermos perdoar setenta vezes sete vezes,

a SIMPATIA
para cativarmos só com o nosso olhar,

o ENCANTAMENTO
para apaixonarmo-nos pela busca de felicidade,

a SABEDORIA
para respeitarmos os pontos de vista do outro,

a VERDADE
Para encontrarmos os caminhos correto,.

a SOLIDARIEDADE
para aprendermos juntos a construir caminhos,

a
para acreditarmos também no outro,

a ESPERANÇA
para preservarmos na direção do transcendente,

a PAZ
para ajudarmos a construir sempre,

a CORAGEM
para sabermos retomar nossos sonhos,

a DETERMINAÇÃO
para promovermos a justiça,

a VONTADE DE AMAR
para sermos juntos felizes.


Que o SENHOR se sinta acolhido em nosso
coração e que tenhamos um dia abençoado.

QUE ASSIM SEJA

sábado, setembro 24, 2005

Oil_ painting_43_flower http://www.tamsquare.com

De volta, finalmente. Estava com saudade deste espaço aqui, de nossa aprendizagem, de nossa troca de idéias. Como viram, arranjei roupa nova para nosso cantinho, trouxe flores e pretendo alterar o formato para qualquer coisa mais leve, mais fácil de ser absorvida. Pretensão minha, mas vou fazer tudo para melhorar nossas horas de reflexão.
De saída, intenção de concluir os resumos que vinha fazendo e que estão em seus capítulos finais. Em seguida, o novo, a diversidade. E vocês terão a vez de interagir, sugerindo temas, fornecendo tiras de humor, usando e-mails para dicutir idéias postadas. Acho que vai ser bem saudável.
O próximo post já trará um dos últimos resumos com que finalizaremos esse tempo de estudo.
Minha presença aqui, hoje, é para anunciar a fase que entra e que espero não venha mais a ser interrompida.

Está aí, então, para vocês, a título de inauguração, este singelo e verdadeiro texto do saudoso Choco Xavier:

TUDO É AMOR

Francisco Cândido Xavier

Vida
é o Amor existencial.
Razão
é o Amor que pondera.
Estudo
é o Amor que analisa.
Ciência
é o Amor que investiga.
Filosofia
é o Amor que pensa.
Religião
é o Amor que busca Deus.
Verdade
é o Amor que se eterniza.
Ideal
é o Amor que se eleva.

é o Amor que se transcende.
Esperança
é o Amor que sonha.
Caridade
é o Amor que auxilia.
Fraternidade
é o Amor que se expande.
Sacrifício
é o Amor que se esforça.
Renúncia
é o Amor que se depura.
Simpatia
é o Amor que sorri.
Altruísmo
é o Amor que se engrandece.
Trabalho
é o Amor que constrói.
Indiferença
é o Amor que se esconde.
Desespero
é o Amor que se desgoverna.
Paixão
é o Amor que se desequilibra.
Ciúme
é o Amor que se desvaira.
Egoísmo
é o Amor que se animaliza.
Orgulho
é o Amor que enlouquece.
Sensualismo
é o Amor que se envenena.
Vaidade
é o Amor que se embriaga.
Finalmente,
Ódio,
que julgas ser a antítese do Amor,
não é senão o próprio Amor
que adoeceu gravemente...

terça-feira, abril 05, 2005

Infelizmente, não consegui cumprir o que havia prometido no prazo indicado (Vide post anterior). Mas já vislumbro a possibilidade de retomar este blog, não digo com a assiduidade de antes, pelo menos com um intervalo mais ou menos regular a cada post.
Hoje, trago o antepenúltimo resumo do livro que estávamos cobrindo: O que é o Espiritismo?

QUALIDADE DOS MÉDIUNS

A mediunidade é uma faculdade do organismo. Pode apresentar-se desenvolvida tanto em indivíduos mais dignos como nos menos dignos.
Os espíritos incorporam de boa vontade esse ou aquele médium, segundo o grau de simpatia que os aproxima.
A qualidade do médium não depende da maior ou menor facilidade com que ele obtém comunicações, mas por sua aptidão em recebê-las e pela habilidade em não se deixar ludibriar por espíritos levianos ou embusteiros.
Mesmo os médiuns menos moralizados podem receber boas comunicações de bons espíritos que lhes querem dar bons conselhos, o que eles aceitarão ou não melhorando ou agravando sua própria condição de vida.
A ação do missionário cuja tarefa é moralizar os indivíduos criminosos equipara-se à dos Espíritos bons em relação a médiuns imperfeitos.
O médium imperfeito, que não procura corrigir-se, corre o risco de tornar-se presa dos maus espíritos, que o podem levar à ruína ainda mesmo na vida terrena.
Por outro lado, os médiuns de maior mérito não estão livres de mistificação por parte de espíritos enganosos. Na realidade, é difícil uma pessoa, entre nós, suficientemente elevada que não tenha pontos fracos, acesso aberto aos maus espíritos. De qualquer maneira, havendo deslizes no médium bem intencionado, a experiência vai funcionar como aprendizagem para que ele passe a distinguir a verdade do erro mediante um atento exame prévio.
Todas essas mistificações podem ainda ser prova para a paciência e persistência na fé do espírita, seja ele médium ou não.
O que distingue um médium em si é a qualidade de que já falamos, ou seja, a faculdade, podendo ele ser mais ou menos desenvolvido.
O médium que pode ser qualificado de bom médium, o médium seguro, é aquele que consegue aplicar sua faculdade de modo a tornar-se apto a servir de intérprete aos bons espíritos evoluídos.
Quanto mais elevado moralmente, mais capaz o médium de conciliar a simpatia dos bons espíritos, o que lhe faculta ascendência sobre os maus espíritos. Isto se aplica não só aos médiuns, mas a todos indistintamente, pois ninguém está livre da influência dos espíritos.
Cabe aos médiuns lutarem contra o orgulho, o perigo de se imaginarem importantes e indispensáveis, já que isto pode levá-los à ruína moral.
O médium deve ser simples e modesto, feliz com a faculdade que possui sendo esta um meio de torná-lo útil.
Para resumir, a mediunidade é um dom concedido por Deus, do qual ninguém deve abusar.

Sua finalidade é pôr os encarnados em relação direta com os espíritos daqueles que já viveram, os quais contribuirão com ensinamentos e iniciações da vida futura, como também para auxiliar os espíritos que não encontraram ainda seu rumo no plano espiritual.
A mediunidade está para o invisível assim como a visão está para o mundo visível. Aquele que dela se utiliza para seu adiantamento e de seus irmãos estará cumprindo uma verdadeira missão e verá seu esforço recompensado. Os que a utilizam em coisas levianas, ou para satisfazer seus interesses materiais desviam-na de sua finalidade providencial e se verão prejudicados.