sexta-feira, janeiro 12, 2007

DOENÇAS ESPIRITUAIS

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O DESAFIO DAS DOENÇAS ESPIRITUAIS

Dr Nubor Orlando Facure


A Medicina humana não admite a existência do Espírito, não reconhecendo, conseqüentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doenças, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como secreção do cérebro? e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios.

O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a demonização das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual.

A medicina moderna aprendeu a ajuizar sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer o lado de lá de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando os lunáticos (pela interferência das fases da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebidas ou mau uso de alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna).

Para doenças espirituais também percebemos causas externas e internas. Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde contém as possíveis causas da doença espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a classificação: doenças espirituais auto-induzidas (por desequilíbrio vibratório e auto-obsessão), doenças espirituais compartilhadas (por vampirismo e obsessão), mediunismo e doenças cármicas.


Doenças Espirituais auto-induzidas

Por desequilíbrio vibratório

O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico.Sua ligação é feita célula a célula, atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa pelas vibrações de cada um dos dois corpos (físico e espiritual ) cujo ajuste exige uma determinada sintonia vibratória. Como o perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne, podendo manifestar suas ações além dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos, a sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora, do fluxo de idéias que construímos. De maneira geral, o ser humano ainda perde muitos dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. Como o orai e vigiai ainda está distante da nossa rotina, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um desequilíbrio vibratório. Essa desarmonia desencadeia sensações de mal-estar, como a estafa desproporcional a, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um e a fadiga sistemática, a enxaqueca, a digestão que nunca se acomoda, o mau humor constante e inúmeras outras manifestações tidas como doenças psicossomáticas Ainda nos dedicamos pouco a uma reflexão sobre os prejuízos de nossas mesquinhas atitudes, principalmente em relação a um comportamento mental adequado.


Por auto-obsessão

O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós. Impressas no perispírito elas formam um campo de representação de nossas idéias. A custa dos elementos absorvidos do fluido cósmico universal. As idéias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos nelas. A matéria mental constrói em torno de nós uma atmosfera psíquica (psicosfera). onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário, estarão todos os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela indiferença ou proteção etc. Medos, angústias, mágoas não resolvidas, idéias fixas, desejo de vinganças, opiniões cristalizadas, objetos de sedução, poder ou títulos cobiçados, tudo se estrutura em idéias forma na psicosfera que alimentamos, tornando-nos prisioneiros dos nossos próprios fantasmas. A matéria mental produz a imagem ilusória que nos escraviza. Por caprichos nosso, somos, assim, obsedados pelos nossos próprios desejos.


As doenças espirituais compartilhadas

Por vampirismo

O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os seis bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos habita as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas. Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios como o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Para todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins. Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva desse organismo físico, construindo para si mesmo os germes que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnados lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de energia por parte do encarnado. Daí a expressão vampirismo por ser muito adequada para definir esta parceria.
Por obsessão

No decurso de cada encarnação, a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates ou para facilitar o cumprimento das promessas que desenhamos no plano espiritual. É assim que, pais e filhos reencontram-se como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade de uma sociedade. Marido e mulher que se desrespeitaram agora se reajustam como pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes, que a vida dificulta a aproximação. As dificuldades da vida de uma maneira ou de outra vão reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas a possibilidade de recuperar danos físicos ou morais que produzimos no passado.

No decorrer de nossas vidas, seremos sempre ganhadores ou perdedores na grande luta da sobrevivência humana.Nenhum de nós percorrerá essa jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo de nós. Nos rastros das mazelas humanas, todos nós, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também exigentes como nós, que como obsessores vão nos cobrar outros comportamentos, exigindo-nos a quitação de dívidas a que nos furtamos em outras épocas. Persistem como dominadores implacáveis, procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade. Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, é, de longe, o maior dos males da patologia humana.


Por mediunismo

São os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas.Com muita freqüência, a mediunidade se manifesta de forma tranqüila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta de diferente são comunicações espirituais. Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e inseguranças, principalmente, por não saber do que se trata. Em outras ocasiões, a mediunidade é atormentada por espíritos perturbadores e o médium se vê ás voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana, ocorrendo crises do tipo pânico, histeria ou outras manifestações que se expressam em dores, paralisias, anestesias, "inchaço" dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável etc. Uma grande maioria tem sintomas psicossomáticos e se sente influenciada ou acompanhada por entidades espirituais. São médiuns com aptidões ainda acanhadas, em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades, uma tenra semente que ainda precisa ser cultivada para se desabrochar.


Por doenças cármicas (compromissos adquiridos)

A doença cármica é, antes de mais nada, uma oportunidade de resgate e redenção espiritual.Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo esses desajustes nas células do nosso corpo espiritual. É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de lupus que nos compromete as artérias, do pênfigo que nos queima a pele, das más-formações de coração ou do cérebro, da esclerose múltipla que nos imobiliza no leito ou das demências que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.

Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença não devem ser vistas como castigos ou punições. O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidade de resgate, as quais, com freqüência, fomos nós mesmos que as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade de iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam o esclarecimento, se nos predispusermos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual através desta descoberta interior e individual.



Artigo extraído do Jornal Espírita - julho de 2004 - Editado pela Federação Espírita do Estado De São Paulo (Feesp), pág. 5

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Vamos estudar?


Inaugurando janeiro com um convite: Vamos estudar?


A Utilidade e Necessidade da Vibração

(Do Informativo ComCiência Ano 1 n° 5, Julho/Agosto de 2006, http://br.groups.yahoo.com/group/comcienciaespirita/)

Na literatura espírita, encontramos diversos exemplos que mostram a importância da vibração nas tarefas dirigidas pela espiritualidade. O termo vibração, embora muito utilizado atualmente, tem sido expresso de diferentes maneiras, tais como: forças mentais, raios mentais, energias psíquicas, raios vitais, raios ectoplásmicos, forças ou energias ectoplásmicas, magnetismo humano, forças magnéticas, raios, ondas.

Com relação à utilidade geral das vibrações, importantes esclarecimentos são dados no livro Missionários da Luz. Já, no primeiro capítulo, André Luiz1, relatando uma reunião mediúnica, diz que *As energias dos encarnados casavam-se aos fluidos vigorosos dos trabalhadores de nosso plano de ação, congregados em vasto número, formando precioso armazém de benefícios para os infelizes, extremamente apegados às sensações fisiológicas*.
Seguindo no capítulo 17, nos informam que *Com os raios de energia, de variada expressão emitidos pelo homem encarnado, podemos formar certos serviços de importância para todos aqueles que se encontrem presos ao padrão vibratório do homem comum*.

Percebemos que a vibração dos encarnados é importante e é utilizada pelos trabalhadores do plano espiritual para o tratamento de irmãos necessitados, principalmente aqueles que estejam num padrão vibratório semelhante ao nosso. Outro relato que reforça a importância da vibração nos foi dado pela espiritualidade dirigente da reunião de Ectoplasmia2, no Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira, em Belo Horizonte. Eis:

*Nós agradecemos a cada mente presente, a cada coração (...) que bateu mais forte; a cada um que fez a prece. Temos certeza de que muitos receberam preces direcionadas a seres distantes, encaminhadas àqueles que sofrem; preces direcionadas a diversos enfermos de todas as espécies (...) aguardando essas vibrações (...) para seu fortalecimento, para que possam prosseguir em sua jornada, conquistando seu equilíbrio, conquistando a sua lucidez, conquistando seu reerguimento e do seu perispírito, muitas vezes prejudicado, por atos impensados, por vícios insanos (...) recuperando a cada um, em suas dores mais profundas.*

Um uso importante da vibração é na adaptação de espíritos ao plano espiritual. Muitos irmãos, ao desencarnar, trazem um padrão vibratório muito baixo e não conseguem se adaptar facilmente ao novo ambiente. Seria comparável a uma pessoa que nunca escalou montanhas altas e, ao fazer isso pela primeira vez, tivesse enormes dificuldades com o ar rarefeito e a baixa pressão. As vibrações dos encarnados beneficiam esta adaptação, conforme poderemos observar no relato a seguir, do livro Os Mensageiros, no capítulo 48:

*Grande número de criaturas, porém, na passagem para cá, sentem-se possuídas de "doentia saudade do agrupamento", como acontece, noutro plano de evolução, aos animais, quando sentem a mortal 'saudade do rebanho'. Para fortalecer as possibilidades de adaptação dos desencarnados dessa ordem ao novo 'habitat' o serviço de socorro é mais eficiente, ao contacto das forças magnéticas dos irmãos que ainda se encontram envolvidos nos círculos carnais. (...) E, designando a grande assembléia de necessitados, continuou: - Os irmãos, nas condições a que me refiro, ouvem-nos a voz, consolam-se com o nosso auxílio, mas o calor humano está cheio dum magnetismo de teor mais significativo para eles. Com semelhante contacto, experimentam o despertar de forças novas*.

Em uma reunião de desobsessão na Fraternidade Espírita Irmãos Jacó e Mateus, em Belo Horizonte, segundo o relato de uma médium, ela foi levada, em desdobramento, para um outro andar da casa, no plano espiritual. Lá, havia muitas pessoas com as mentes cristalizadas, fixadas, na condição que possuíam enquanto encarnadas e não queriam despertar para a nova realidade. As vibrações de todos eram direcionadas para aquelas pessoas.

Ainda na reunião citada antes, a equipe espiritual disse à médium que cada tipo de vibração era utilizado em diferentes casos. A médium teve a impressão de que a espiritualidade filtrava as vibrações enviadas para o tratamento daqueles irmãos. No livro Nos Domínios da Mediunidade, encontramos informações que reforçam a idéia da existência de tipos diferentes de energias liberadas pelos encarnados e que servem, portanto, para variados fins. É mencionado no livro que *Todas as criaturas, porém, guardam-nas consigo, emitindo-as em freqüência que varia em cada uma, de conformidade com as tarefas que o Plano da Vida lhes assinala*

Luiz Gonzaga Pinheiro, no livro O Perispírito e Suas Modelações, relata no capítulo 43 a necessidade de que a espiritualidade filtre as energias provenientes dos encarnados, pois, muitas vezes, se encontram comprometidas devido ao *regime alimentar excessivamente carnívoro, ao uso de alcoólicos, temperos picantes e outros vícios mentais e materiais*.

A vibração possui variadas aplicações que não poderíamos detalhar em um único artigo. Concluímos esta matéria citando alguns outros usos a seguir: Materialização de espíritos, de quadros e de objetos acessórios no plano espiritual, em auxílio ao trabalho de desobsessão; Auxílio direto aos pacientes desencarnados e encarnados e, em alguns casos, inclusive aos tarefeiros da equipe espiritual; Reestruturação dos perispíritos das entidades comunicantes, que se apresentavam mutilados, feridos e até sem a forma humana.

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Vamos ler, refletir, comentar, pedir elucidação de alguns pontos se for o caso As fontes existem.
Sem precipitação de entender tudo de uma vez. Com paciência e atenção.

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Enecerremos o estudo de hoje com a mensagem:

Ante as dificuldades do caminho e as rudes provas da evolução, resguarda-te na prece ungida de confiança em Deus, que te impedirá resvalar no abismo da revolta.
Um pouco de silêncio íntimo e de concentração, a alma em atitude de súplica, aberta à inspiração, eis as condições necessárias para que chegue a apaziguadora resposta divina.
Cria o clima de prece como hábito, e estarás em perene comunhão com Deus, fortalecido para os desafios da marcha.

(De "Vida Feliz", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)__________________