sexta-feira, dezembro 29, 2006

Feliz Ano Novo!



Estamos quase a inaugurar um ano novo. Mais uma etapa vencida. Mais uma etapa que se abre diante de nós .

Vamos a ela com fé , esperança , uma certa dose de tolerância e uma vigorosa atitude de cidadãos conscientes que desejam zelar pelos seus direitos, cobrar empenho e honestidade dos que nos regem, tudo dentro do espírito cristão que nos orienta.

E entremos em 2007 revigorados pela idéia de que é chegada a vez de o planeta Terra entrar em um ciclo de evolução mais acelerado e voltado para o Bem.

Que as bênçãos de Deus se façam sobre toda a humanidade.

FELIZ 2007!!!

sábado, dezembro 09, 2006

Natal

www.educacao.pe.gov.br


O Natal está quase aí. Ausente do blog há mais de 2 meses, por motivos de força maior, apresso-me a vir até vocês para uma carinhosa confraternização natalina.
Que este Natal seja de bonanças, alegrias saudáveis, bem-estar material e espiritual.
Minha contribuição para esta atmosfera de paz e regozijo vem na transcrição de pensamentos reveladores de espíritos iluminados:

"Em cada resposta aos outros,
em cada gesto para com os semelhantes,
em cada manifestação de teus pontos de vista
e em cada demonstração de tua alma,
grafas, com tinta perene, a história de tua passagem."


"Quantos estamos presos a grilhões invisíveis?
Esse está preso ao campo que comprou por milhões.
Outro prendeu-se à fama, que lhe consome a vida.
Aquele lembra um louco em algemas de ouro.
Há quem faça do amor um cativeiro em trevas.
Se queres a paz em Deus, desapega-te e ama."


(Colhidos em www.universoespirita.org.br)


FelizNatal! Vibrações positivas para todos. Paz!

sexta-feira, setembro 01, 2006

UM ARTIGO E DOIS POEMAS

(Foto tirada em um parque da Bélgica)


Achei este texto esplêndido para nós todos.
Leiam com atenção e aproveitem os ensinamentos que ele encerra.

BANHO NO RIO

Saiba, prezado leitor, que é impossível você banhar-se duas vezes no mesmo rio. Não se trata de nenhum rio especial, dominado por piranhas, ou gelado demais, onde se mergulha uma vez e nunca mais. Pode ser qualquer curso d?água. Quem diz isso é Heráclito (540-480 a.C.), filósofo grego de Éfeso, que, em virtude de suas idéias complexas, era chamado ?o obscuro?. O insólito rio, onde é impossível tomar banho mais de uma vez, está longe de justificar o depreciativo apelido. É fácil entender sua afirmação. Em qualquer trecho onde nos banhemos, fluem sem fim as águas, a seguirem seu curso. É como se fossem rios a se sucederem, infinitamente. As águas de nosso banho não voltarão jamais. Heráclito usava essa imagem para demonstrar que tudo no Universo está em contínua agitação, um fluir incessante, renovando-se as situações, os dias, as horas?Esse movimento é orientado pelo logos, uma idéia diretora, uma razão primordial. Toda a virtude está no esforço por observar os princípios éticos que dele emanam. Mudam as palavras, perpetuam-se os princípios, quando exprimem a verdade. A Doutrina Espírita nos diz que há, realmente, um poder diretor para o Universo, um logos. Ele é sustentado por Deus, o Criador incriado, a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, como está na questão primeira de "O Livro dos Espíritos". O logos consubstancia-se nas leis divinas que regem nossa evolução, das quais nos fala Allan Kardec, particularmente quando aborda As Leis Morais, em "O Livro dos Espíritos". Ser perfectível, o Homem ainda está a caminho, submetido a mecanismos de evolução, como o rio em constante movimento, rumo ao oceano (leia-se perfeição). Sucedem-se os estímulos a cada momento, impondo-nos um caminhar incessante. Ainda que, aparentemente, se repitam as experiências, algo vai mudando em nós, no desenrolar dos anos, renovando-nos como se renovam as águas do rio. Há certa dificuldade para assimilar os princípios do logos. Como explica Heráclito, tendemos, em face de nossa imaturidade, a cair no egocentrismo, a nos situar como se fôssemos o próprio. Pretendemos, então, que tudo gire em torno de nossos interesses e paixões, qual rio represado em buraco profundo. Mas o fluxo incessante das águas o fará transbordar, impondo-lhe seguir adiante. Podemos, no desdobramento de nossas experiências evolutivas, escoar para abismos de vícios e desatinos. Mas também experimentaremos um extravasamento, algo como o tédio da própria estagnação ou o impulso irresistível de abandonar a voragem do eu e atender à divina vocação ? evoluir. A emanar de Deus, a Vida derrama-se, incessante, na intimidade de nosso ser, induzindo-nos a seguir adiante, cada vez mais longe, rumo à gloriosa destinação.

Richard Simonetti é escritor e palestrante espírita. Participa do movimento doutrinário desde o ano de 1957, quando integrou-se ao Centro Espírita Amor e Caridade. Incentivador pioneiro dos Clubes do Livro Espírita, é colaborador assíduo de vários jornais e revistas espíritas.
Outra contribuição nos chega bem oportunamente. Um poema psicografado por Leda Flaborea de quem já tenho postado vários textos tirados de sua coluna do Jornal Espírita
Hoje ela nos oferece:
BARCA DOS SONHOS

Barca dos sonhos
Navega tranqüila
De porto em porto
Levando a ilusão.

Ilusão passageira
De sonhos perdidos
De sonho sonhado
Sem se realizar.

No porto vazio
Sozinha espero
Espero sonhando
A barca aportar.

Chegar e trazer
O sonho de volta
Tranqüila, sonhando
O sonho chegar.

(Recebido por Leda Maria Flaborea,
em 13 de janeiro de 2006 SP SP).
Termino aqui com uma contribuição minha. Meu filho Estêvão, que já se encontra no outro lado da vida há quase 3 anos, faria aniversário no dia 4 de agosto passado. Eu estava envolvida com uma tarefa que me tomou todos os meus minutos de cada dia por uns 30 e poucos dias. Sempre faço um poeminha pra ele nas datas significativas , o que aconteceu também deta vez. Vou postá-lo aqui e assim dividir com vocês minhas emoções.

ESTÊVÃO 2006

Dia frio, molhado, lacrimoso.
Recolho lembranças, choro saudades.
Tento reunir retalhos da tua imagem,
recompor tua face de mandíbulas rijas,
nelas ancorado sempre aquele teu riso
espontâneo, pronto a soltar-se com alarde
ou a desfazer-se de mansinho,
preludiando algo lúdico e prazeroso.

Quanta falta me tens feito!
Três anos de desalentada ausência.
Meninos continuam meninos,
homens, mulheres (poucos os de boa vontade)
continuam por aí.
Sem ti.

Em familia, és lembrado
com a ternura de sempre e
a cada evocação recebemos contentes
os chuviscos de alegria que daí esparzes.

Feliz dia de teu aniversário, filho,
enquanto durar meu exílio aqui.

04 / 08 / 2006 Rio de Janeiro

terça-feira, agosto 08, 2006

Notícia auspiciosa

Marinha / Ernesto Fiori

Hoje trago uma notícia auspiciosa:

Entra no ar a tvcei.com, a primeira WebTV Espírita do mundo
A emissora mantém 24 horas de programação ininterrupta

Espíritas do mundo inteiro agora podem assistir a uma programação essencialmente doutrinária e interagir na primeira WebTV Espírita do planeta. Desde o dia 1 de agosto de 2006 está no ar a tvcei.com. A emissora ainda está em fase de teste, mas já é pioneira: inaugura a mais nova mídia na divulgação do Espiritismo. Para assistir, basta acessar o endereço www.tvcei.com

A WebTV é uma televisão interativa pela Internet. A principal vantagem é o conforto: o telespectador pode assistir à programação em sua casa, no trabalho, em horários alternativos. É necessário apenas ter acesso à Internet. Além de oferecer as opções de assistir a programas gravados e ao vivo, a WebTV permite ao telespectador optar por ver os programas em um aparelho de televisão (veja no site da tvcei.com como fazer a adaptação). Outra vantagem é a possibilidade de retransmissão da programação em um telão. Com isso, é possível fazer a exibição de programas nos Centros Espíritas ou em eventos. Com excelente qualidade de imagem.

A tvcei.com é uma iniciativa do Conselho Espírita Internacional ? instituição resultante da união, em âmbito mundial, das Associações Representativas dos Movimentos Espíritas Nacionais, de mais de 30 paises. Atualmente, a sede do CEI é em Brasília, Brasil.

A programação diária da tvcei.com está disponível no portal www.tvcei.com e é composta por palestras e por diversos programas espíritas feitos por instituições e pessoas físicas de todo o Brasil. Ao acessar o portal, abre-se um player (visor) que disponibiliza dois canais de transmissão:

Canal 1 (24 horas no ar ? Material Gravado)
Canal com programas de TV espíritas, palestras, filmes, vídeo-aulas, conteúdos exclusivos e vídeos históricos, inclusive em outros idiomas (espanhol, francês, inglês, italiano, etc.)

Canal 2 (Ao vivo)
Dedicado à transmissão de eventos e palestras ao vivo, tanto do Brasil como do exterior, com a possibilidade de usar uma sala interativa (Chat), para fazer perguntas ou enviar mensagens aos conferencistas, que podem responder em tempo real.
Além dos canais, a tvcei.com conta com uma agenda de eventos: congressos, seminários e workshops que serão transmitidos a partir de diversos Estados ou países contando com a participação de diversos palestrantes entre eles: Divaldo Franco e Raul Teixeira. A emissora também, oferece uma seção de vídeos para download que têm a opção de ser vistos em tela cheia.

A programação da tvcei.com é inteiramente gratuita e dirigida a todas as pessoas interessadas em conhecer a Doutrina Espírita. O Conselho Espírita Internacional solicita a todos os companheiros espiritistas que divulguem a tvcei.com. Nesta fase de teste, a equipe espera receber as avaliações sobre a qualidade da imagem. Para isso, basta acessar o site www.tvcei.com ou escrever para o e-mail: tvcei@tvcei.com

Una-se a tvcei.com - Uma nova era na divulgação do Espiritismo!

Equipe Multimídia do CEI
Av. L2 Norte, Q. 603, conj. F
Brasília - DF - Brasil - 70830-030 +55 (61) 2101-6170



PARA REFLETIR:

Petição e Resposta

Extraído do livro: Rumo Certo / Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Entre o pedido terrestre e o Suprimento Divino, é imperioso funcione a alavanca da vontade humana, com decisão e firmeza, para que se efetive o auxílio solicitado.
Buscando as concessões do Céu, desistamos de lhes opor a barreira dos nossos caprichos próprios.
Suplicamos no mundo: Senhor, dá-nos a paz.
Se persistimos, no entanto, a remoer conflito e ressentimento, cozinhando mágoas e esquentando desarmonia, decerto que a tranqüilidade só encontrará caminho para morar conosco, quando tivermos esquecido as farpas da dissensão.
Imploramos: Senhor, dá-nos saúde.
Se continuarmos, porém, acalentando sintomas e solenizando quadros mentais enfermiços, é indispensável que o remédio só terá eficácia, em nosso auxílio, quando estivermos decididos a liquidar com as idéias de lamentação e doença.
Pedimos: Senhor, dá-nos prosperidade.
Mas se teimamos em dilapidar o tempo, reclamando contra o destino e hospedando chorosas rebeldias, é forçoso reconhecer que só adquiriremos progresso e reconforto, quando largarmos queixa e azedume, concentrando esforço em melhoria e trabalho.
Rogamos: Senhor, dá-nos compreensão.
Se prosseguirmos, entretanto, censurando e criticando os outros, a descortinar faltas alheias, sem cogitar das próprias deficiências, é óbvio que só atingiremos a luz e a segurança do entendimento, quando nos voltarmos sinceramente para dentro de nós mesmos, verificando que somos tão humanos e tão falíveis quanto aqueles irmãos dos quais nos julgávamos muito acima.
Confiemos em Deus e supliquemos o amparo de Deus, mas, se quisermos receber à Benção Divina, procuremos esvaziar o coração de tudo aquilo que discorde das nossas petições, a fim de oferecer à Benção Divina clima de aceitação, base e lugar.

Muita paz e reflexão

As bênçãos do Pai sobre todos nós.

sábado, julho 15, 2006

A VOZ DE DEUS EM MIM

Vocês vão apreciar tanto quento eu o trabalho que lhes ofereço hoje. É de uma amiga de fé, grande trabalhadora pelas causas espíritas, muito inspirada, uma pessoa de convicções.

A VOZ DE DEUS EM MIM

Leda Maria Flaborea

Na inquietude do nosso ser, ela aparece. Palavra solta, saída do nada... Às vezes frase, soprando feito vento sem rumo, sem direção. Voz que soa dentro de nós; gritos interiores que nos perturbam. Surge calma, surge revolta, mas sempre nos surpreende porque estamos desprevenidos. Sopro divino ou lembranças outras que extraímos de nossos guardados, passados ou presentes... Quem poderá dizer? E o que era apenas inquietude transforma-se também em pesar.

Diante do inesperado nossa alma sofre. Que seta é essa que surge em nossas mentes sem que lhe compreendamos o significado? Onde a ouvimos, onde a lemos? Que importância terá tido para que, de repente, surja assim, do nada?

Na verdade, que isso importa? Ela ali está e nos incomoda. É preciso desvendá-la para entendê-la. Às vezes, surge como ponto de partida de algo que há por vir, às vezes, como fim de aflição, que já experimentamos. Mas somente entenderemos isso, quando conseguirmos, num átimo, movimentar dentro de nós furacões e calmarias, alegrias e tristezas, revisando nossas idas e vindas em contínuas experiências de aprender com o próprio erro. São tantas lembranças... Somos tantos a revolver guardados... Lembranças infinitas, boas e más, perdidas no tempo.

Todavia, é necessário silenciar, por ora, todas as vozes que nos cercam e permitir, ao menos uma vez, que essa outra voz, voz de Deus na nossa consciência, nos guie nessa procura. Difícil exercício esse! Por que necessitamos desse barulho ensurdecedor que produzimos? É um turbilhão de palavras e sons que toma conta da nossa mente! E como é melancólico precisarmos da balbúrdia exterior para não ouvir nossos gritos interiores, para não ouvir os apelos de Deus a soar dentro de nós a nos chamar para a Vida. Vida que pulsa em nós e fora de nós, vida que se transforma nos transformando, que se sublima nos sublimando, que é nossa cúmplice ao nos proporcionar oportunidades de escolhas, em cada momento de nossas existências.

E assim, permanecemos nós, sempre e eternamente, diante de escolhas. Direito inalienável de todo ser humano, pois nada no Universo escolhe: simplesmente cumpre leis divinas, eternas, imutáveis. Somente ao homem é dado esse direito ? direito de escolher entre o bem e o mal, o certo e o errado ? mas, também, somente ao homem é dada à responsabilidade sobre suas escolhas. A cada um segundo as suas obras, não é disso que nos fala a lição evangélica? Onde, portanto, a estranheza, a dúvida? Onde a injustiça Divina?

De alguma forma, a palavra, antes solta e difusa, parece ensaiar um esboço, uma definição.

Mesmo nos incomodando, a seta parece fazer algum sentido, pois só prestamos atenção àquilo que nos perturba. Há quanto tempo terá estado próxima sem que detectássemos sua presença?... Sinal claro de que, em algum momento, no turbilhão mental, um espaço para a quietude aconteceu. Ensejo único nesse caos que geramos dentro e fora de nós. Momento mágico em que toda Força de Deus se fez presente em nós, e nos despertou para a necessidade de crescer, e por ainda não nos darmos conta desse chamamento, sentimo-nos aturdidos e perplexos.

Porém, é necessário buscar esse entendimento. É vital alargar esse espaço que aconteceu e que propiciou o surgimento dela, em algum momento, em nós, ainda que não saibamos quando, nem o por quê. A seu tempo e a sua hora todos compreenderemos. E é na procura desse espaço que, lentamente, vamos organizando nossos gritos. Que clamores são esses que, de repente, exigem de nós tamanho esforço, tanto desgaste! E o cansaço de pedir por paz nos vence, porque não basta pedir apenas. É chegado o momento de reavaliação de toda uma vida; é preciso rever valores e ideais; modificar atitudes, saneando pensamentos.

Buscando essa quietude interior, vamos revendo verdades que considerávamos eternas e com isso, jogamos fora lembranças guardadas sem razão e sem sentido, ocupando espaço precioso em nossos corações. Momentos difíceis e delicados de desligamento e de abandono daquilo que julgávamos eterno, porque nos sentíamos seguros assim. Ilusão?... Nem tanto! Apenas desconhecimento da realidade. Culpas?... Nenhuma! Somos todos aprendizes da Vida! O que não podemos, e talvez seja essa a única certeza que temos, é não tentar fazer tudo de uma só vez. O tempo é nosso aliado nesse lento trabalho de recuperação e de transformação. Estamos restaurando almas, curando chagas e, para isso, há que se ter cuidado e paciência.

Ao atingirmos essa vaga noção do que nos acontece, já teremos, certamente, percebido a maneira amorosa com que o Criador nos conclama à modificação. Sopro Divino a nos acalentar docemente com palavras que imaginamos vindas do nada e que, adormecidas em nossa consciência, nos despertam, convidando-nos ao imenso banquete do AMOR, através do PERDÃO a nós próprios e ao outro.

Publicado pelo Jornal Espírita (Órgão da Federação Espírita do Estado de São Paulo), em junho de 2006. página 6.


ALGUNS PENSAMENTOS

*... na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos,
desenvolvemos e sustentamos contra nós.*

Albino Teixeira

*Uma fonte humilde garante o oásis na terra seca e apenas uma lâmpada acesa vence a força das trevas.*

Emmanuel

*A felicidade não está nas circunstâncias por que passamos, mas em nós mesmos.
Não é algo que vemos, como um arco-íris,
ou sentimos, como o calor de uma fogueira.
A felicidade é algo que somos.*

John Sheerin


Encerrando, mais um presente de uma amiga que compartilho com vocês:

REMANSO

Lêda Mello

Por trás do pôr-do-sol,
onde a noite agasalha o dia
com cuidados de amante,
onde o luzir de todas as cores esmaece
repousando em lençol de estrelas,
há um lugar de encontros.

Lá, por trás do pôr-do-sol,
há um lugar onde os sonhos,
enfim, soltos das amarras
do tempo e do espaço
e libertos das limitações humanas,
descansam de todas as buscas.

Lá, por trás do pôr-do-sol,
há um lugar de harmonia
onde os anseios da vida,
sem véus e sem máscaras,
atemporais e legítimos,
repousam de todas as lidas.

Lá, por trás do pôr-do-sol,
há um lugar de redenção.

Arapiraca (AL), 02.08.2005

quarta-feira, junho 28, 2006

ALÉM DA MORTE


Excelente o tema de hoje retirado do livro ALÉM DA MORTE, de Divaldo Franco, ditado pelo espírito de Otília Gonçalves.

Cumprida mais uma jornada na terra, seguem os espíritos para a pátria
espiritual, conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências
físicas.
Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios.
São homens, almas em aprendizagem despojadas da carne.
São os mesmos homens que eram antes da morte.
A desencarnação não lhes modifica hábitos, nem costumes.
Não lhes outorga títulos, nem conquistas.
Não lhes retira méritos, nem realizações.
Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu.
Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que atingem o grande
porto.
Raros são aqueles que despertam com a consciência livre, após a inevitável
travessia.
A grande maioria, vinculada de forma intensa às sensações da matéria,
demora-se, infeliz, ignorando a nova realidade.
Muitos agem como turistas confusos em visita à grande cidade, buscando
incessantemente endereços que não conseguem localizar.
Sentem a alma visitada por aflições e remorsos, receios e ansiedades.
Se refletissem um pouco perceberiam que a vida prossegue sem grandes
modificações.
Os escravos do prazer prosseguem inquietos.
Os servos do ódio demoram-se em aflição.
Os companheiros da ilusão permanecem enganados.
Os aficionados da mentira dementam-se sob imagens desordenadas.
Os amigos da ignorância continuam perturbados.
Além disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio
dispensado pelos espíritos superiores.
Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao mal não são
esquecidos ou abandonados pelo auxílio divino.
Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos,
refletindo a paternal providência divina.
Morrer, longe de ser o descansar nas mansões celestes ou o expurgar sem
remissão nas zonas infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver.
A morte a todos aguarda.
Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável.
Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão
capazes de transpor a barreira do túmulo e caminhar em liberdade.
A reencarnação é uma bendita oportunidade de evolução.
A matéria em que nos encontramos imersos, por ora, é abençoado campo de luta
e de aprimoramento pessoal.
Cada dia de que dispomos na carne é nova chance de recomeço.
Tal benefício deve ser aproveitado para aquisição dos verdadeiros valores
que resistem à própria morte.
Na contabilidade divina, a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente
de atos indignos.
Todo amor dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau
de ascensão.
Quando o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência, continuaremos
vivendo, em outro plano e em condições diversas.
Estaremos, no entanto, imbuídos dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades
que nos movimentavam antes do transe da morte.
A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos
preparado para ela.
Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de desdita, do amanhã.
Pense nisso.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Além da morte
(intróito, capítulos 1 e 16).


Um poema ligeiro para encerrar o post de hoje:

EXORTAÇÃO

Não se foge ao dever
Não se foge ao amor
Não se foge à decência
Não se foge ao rigor

das penas, das marcas,
das mossas, da dor...


Vamos louvar o dever
Vamos entender a dor
Vamos agir com clemência
Vamos cultuar o amor

à verdade, à razão,
à justiça, ao perdão


Não se foge à beleza da ascensão

1997 / Rio de Janeiro

Fiquemos com Deus. Até mais.

quinta-feira, junho 15, 2006

DESPERTAR ESPIRITUAL
Joanna de Ângelis


Cada indivíduo é a soma das experiências multifárias no seu processo de evolução.

Etapa a etapa, adquire recursos que o preparam para cometimentos mais amplos e realizações mais expressivas.

Por isso mesmo, não existem dois processos de desencarnação iguais já que as existências humanas são diferentes.

Assim como a roupagem física é modelada pelos conteúdos morais do ser espiritual, e vai imantada molécula a molécula ao Espírito reencarnado, o seu desprendimento também ocorre através da ruptura dos laços que o atam a essas estruturas celulares uma a uma.

Conforme os hábitos mentais cultivados, o processus mortis obedece às fixações mantidas em maior ou menor grau de intensidade.

Quando ocorre a parada cardíaca e, por extensão, a morte do tronco cerebral, tecnicamente o corpo se encontra sem vida, passando ao estado de cadaverização.

Não obstante, a desencarnação real, ou seja, a liberação dos vínculos obedece a fatores de natureza moral, relativos ao modo como cada qual se houve durante a jornada ora concluída.

Os sensualistas, todos quantos da vida somente coletaram benefícios e gozos, ou se permitiram apegos injustificáveis, ou mantiveram sentimentos perturbadores encontrarão grande dificuldade para se desimantarem dos despojos materiais.

Lutam com desesperação para revitalizar o corpo inanimado, movimentá-lo, comunicar-se por seu intermédio, experimentando inenarrável angústia ante a impossibilidade de consegui-lo.

Porque, desacostumados à reflexão e ao equilíbrio, enfurecem-se e, transtornados, mais aumentam a própria alucinação, que prolongam por largo período de sofrimento.

Pelo contrário, quem se acostumou à renúncia e à generosidade, à meditação e aos exercícios espirituais, facilmente se desencharca dos fluidos mais grosseiros, liberando-se com rapidez e adquirindo lucidez a respeito da ocorrência fatal e inevitável.

Nas mortes violentas, porque inesperadas, o choque, não raro, oblitera o raciocínio, exigindo cuidados especiais dos Missionários do bem, que não cessam de socorrer todos aqueles que se encontram em estado de sofrimento e de penúria.

Inversamente, nas enfermidades prolongadas, carpidas com humildade e coragem, nas quais as energias se vão consumindo, o desprendimento faz-se sucedido pela alegria do imediato recobrar da consciência e, com lucidez, o espírito reencontra os seres queridos que o vêm receber e saudar na aduana da Vida, em triunfo.

A contribuição dos afetos que permanecem no corpo pode tornar-se relevante ou não, assim como de alto significado.

Enquanto o desespero dos familiares, as blasfêmias e imprecações se transformam em petardos mentais que aturdem o desencarnado, os pensamentos de amor, de gratidão chegam-lhe como reconforto e ânimo, facilitando-lhe a compreensão do ocorrido e a alegria de se sentir amado, predispondo-o ao crescimento interior para prosseguir vinculado, auxiliando-se mutuamente.

Ao rememorar-lhe os momentos felizes e envolvê-lo nos tecidos suaves da saudade feita de ternura, alcançam-lhe os painéis agradáveis de lembranças enriquecedoras.

À medida que o corpo se transforma, esse Espírito tranqüilo o bendiz, facilmente adaptando-se ao Grande Lar.

Como medida terapêutica preventiva e eficaz para um despertar saudável além da morte, convém que se reservem momentos diários para pensar-se nela e na libertação dos resíduos orgânicos, ao tempo em que os hábitos mentais e morais construam uma existência digna, porquanto ser encerrada biologicamente essa etapa, ela irradiará as suas vibrações que atarão o Espírito aos seus despojos ou se transformarão em asas, que o alçarão aos altiplanos felizes onde habitará a partir de então.

Psicografia de Divaldo P. Franco - Fonte de Luz


Achei este tema importante e esclarecedor. Gostaria que fosse lido com atenção e intenção de apreender as verdades nele contidas. Qualquer difculdade em qualquer passagem pode se transformar em matéria pendente para explicações. Não que me ponha na posição de elucidadora de textos, mas proponho-me a fazermos juntos as considerações em torno da dúvida até chegarmos a uma concordância. Não sou perita em assuntos espirituais. Este blog é um ponto de encontro para estudo. Além disso, sempre há nos rondando, um companheiro mais esclarecido nos assuntos aqui abordados ou alguma autoridade mesmo na doutrina que nos auxilie a interpretar seus preceitos .

A ordem é ler e estudar para crescer com mais facilidade.


Para encerrar o encontro de hoje, vamos à poesia? É sempre um alento, uma fonte de repouso espiritual.
E se assim é, quem sabe uma concessão para um Instante de Saudade?

A MEU IDO AMOR

Eu sabia da grandeza
que sua alma guardava.
Ah!... não percebia tudo
que sua alma calava.

Doces anos fecundaram
o lar que desabrochou .
em risos e gorgolejos
e em faina se tornou.

Houve riscos e tristezas,
risos, prazeres, saudades,
tempo suficiente e calma

de articular as certezas.
de desvelar as verdades
que ele calava na alma

12 de maio de 2006
Rio de Janeiro

sexta-feira, maio 26, 2006

MARGARIDAS / Tarsila do Amaral

Lamento ter tido que fazer um hiato tão extenso nesta minha costumeira prosa em que apresento trechos esclarecedores de espíritos elevados ou de irmãos encarnados que se dedicam a orientar o próximo, conto casos, oferto poemas, tento transmitir as verdades que consigo entrever, enfim, procuro a companhia dos leitores que nem sempre se pronunciam, mas sinto que existem, para uma conversa despojada, uma prece fervorosa, um encontro favorável a ambas as partes.

Essa dilatada pausa teve um motivo: a doença, seguida de desencarne, de meu esposo Teófilo Biggio de Magalhães, no dia 9 de abril, há pouco mais de 1 mês e meio, aos 81 anos, depois de decorridos 55 anos de vida em comum.

Embora como espírita eu tenha a obrigação de entender as razões das dores terrenas, confesso que seu regresso à vida espiritual me afetou com muito rigor e tenho lutado por readquirir a serenidade que ele soube sempre me passar.

Volto agora confiante na força que virá de vocês, meus companheiros de fé e de propósitos, assim o espero.

Para hoje, temos um texto elucidativo de Emmanuel, um caso bonito na escalada da vida de Chico Xavier e uma oportuna ponderação pelo espírito de Bezerra de Menezes.


SOMBRA E LUZ
Emmanuel / médium Chico Xavier
Do livro CURA

Nenhum espírito da comunidade terrestre possui tanta luz que não admita em si certa nesga de sombra, nem existe criatura com tanta sombra que não guarde consigo certa faixa de luz.
Aprende a fixar o próximo com a claridade que há em ti.
Não creias, porém, que semelhante trabalho se filie ao menor esforço, porque, pelo peso das trevas que ainda imperam no mundo, a sombra que ainda nos envolve, na Terra, a cada instante, insinuar-se-nos-á no próprio entendimento, perturbando-nos as interpretações.
Se te demoras na obscuridade, não enxergarás senão os defeitos e as cicatrizes, as feridas e as nódoas que caracterizam a fisionomia do irmão infortunado, constrangendo-te ao medo e à usura, à incompreensão e à aspereza. E sabemos que quantos se detêm no cipoal ou no charco não encontram outros elementos, além da lama ou do espinho, para oferecer.
Alça a lâmpada acesa do conhecimento superior e avança para a frente, e, então, a ignorância e a delinqüência surgir-nos-ão aos olhos como enfermidades da alma, que é preciso extirpar, a benefício da felicidade comum.
*Não saiba a vossa mão esquerda o que deu a direita* ensina-nos o Evangelho e ousamos acrescentar: *não saiba a nossa sombra o que fez a nossa luz* porque dessa forma, avançando, acima das tentações da vaidade e do desânimo, a chispa humilde de nossa fé no Bem Infinito poderá transformar-se em chama viva e redentora para o caminho de todos os que nos cercam.


O REMÉDIO
do livro LINDOS CASOS DO CHICO, de Ramiro Gama

Chico, nessa noite, estava muito fatigado, quando, à hora da prece costumeira, aparece-lhe Dona Maria João de Deus.

*Minha mãe*, roga ao espírito carinhoso, *como fazer para alcançar a vitória no cumprimento de meus deveres?*

*Meu filho, só conheço um remédio: servir.*

*Mas, e as dificuldades de entendimento com os outros? Como espalhar as bênçãos do Espiritismo com quem não as deseja, se, às vezes, oferecendo o melhor que possuímos, apenas recolhemos pedradas?*

*Servir é a solução.*

*Entretanto, há pessoas que nos odeiam gratuitamente. Malsinam-nos as melhores intenções, detestam-nos sem motivo e dificultam-nos o mínimo trabalho. Que me diz a senhora? Julga que existe algum recurso para fazer a paz entre elas e nós?*

*Sim, há um recurso: servir sempre.*

*Então, a senhora considera que, para todos os males da vida, esse é o remédio?*

*Sim, meu filho, remédio essencial. Sem que aprendamos a servir, ainda mesmo quando tenhamos boas intenções, tudo em nós será simples palavras que o mundo consome.*

E, depois de semelhante receita, o Espírito de Dona Maria retirou-se como quem não tinha outro remédio a ensinar.


PEDRAS DA VIDA

Há situações que constituem a nossa prova aflitiva e áspera, mas redentora e santificante.
Perdoemos as pedras da vida pelo ouro de experiência e de luz que nos oferecem.
E, sobretudo, armemo-nos de coragem para o trabalho, porque é na dor do presente que corrigimos as lutas de ontem, acendendo abençoada luz para o nosso grande porvir.

Bezerra de Menezes /Médium: Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, janeiro 19, 2006

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DICAS OPORTUNAS

Informações úteis para quem deseja freqüentar sessão mediúnica:

(GRUPO ESPÍRITA AMOR E HUMILDADE AOS IRMÃOS)

Nos dias de sessão:

PREPARAÇÃO DO CORPO FÍSICO

- Alimentar-se moderadamente, substituindo, se possível, a carne por peixe. De preferência, as refeições devem ser feitas à base de frutas, verdura e legumes, em razão de tornar mais fácil a digestão, o que evitará a emanação de fluidos pesados e ajudará na absorção dos fluidos positivos;
- não ingerir, em hipótese alguma, bebidas alcoólicas, evitando, outrossim, o uso de depressivos e excitantes;
- diminuir, ou, se possível, sustar o uso do fumo;
- reduzir, se possível, o esforço físico, procurando repousar um pouco.

PREPARAÇÃO ESPIRITUAL

- Ler páginas edificantes, principalmente da Doutrina Espírita;
- orar a Jesus pedindo a ajuda e assistência da espiritualidade superior e do seu guia (conhecido como anjo da guarda ou guardião);
- tanto quanto possível, manter a mente saneada, não abrigando pensamentos de revolta, ódio, mágoas e rancor, ou quaisquer outros pensamentos impuros e negativos;
- ir ao Centro Espírita com tranqüilidade, despreocupado dos problemas de ordem material e das ocorrências do dia-a-dia.

ORIENTAÇÃO DOUTRINÁRIA

- *O Espiritismo é doutrina de amor, baseada no Evangelho e na ciência*. Em seu seio não são acolhidos o sobrenatural, a quiromancia, a cartomancia, a magia e outros comportamentos exóticos. Isento de rituais extravagantes, de velas, de incensos, de dogmas opressivos, de exigências pecuniárias, o Espiritismo revive e cultiva o Cristianismo em sua pureza primitiva e adota o ensinamento de Jesus * Dai de graça o que de graça recebeste.*

- *O fim especial do Espiritismo é a melhoria dos homens. Nele ninguém busque senão o que possa trazer progresso moral e intelectual*. Quem da doutrina se acerque não procure soluções para interesses materiais, tais como:
romper ou reatar namoros, noivados ou casamentos;
conseguir empregos ou promoções no trabalho;
acertar em loterias e outros jogos de azar;
usufruir vantagens ou privilégios com os Espíritos;

- *A necessidade de ajudar nos obriga a trabalhar sempre*. Todos os trabalhos desenvolvidos pelos Espíritos e exercidos pelos seguidores da Doutrina Espírita, visam a amparar, orientar e servir os sofredores e necessitados, no entanto, não eximem ninguém do esforço próprio para a solução dos seus problemas e conquista de seu crescimento espiritual. Temos que caminhar com os nossos pés.


Para complementar, um belo poema pelo espírito de Maria Dolores:

Agradeço Senhor !

Agradeço Senhor,
Quando me dizes *não*,
Às súplicas indébitas que faço
Através da oração.

Muitas daquelas dádivas que peço,
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso, talvez fossem espinhos,
Na senda que me deste a percorrer.

De outras vezes, imploro-Te favores,
Entre lamentações, choro, barulho,
Mero capricho simples algazarra,
Que me escapam do orgulho...

Existem privilégios que desejo,
Reclamando-Te o *sim*,
Que se me florescessem na existência
Seriam desvantagens contra mim.

Em muitas circunstâncias, rogo afeto,
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás solidão por guia,
Que me inspire a buscar-Te.

Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.

Não me escute as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir meu dever.

Agradeço meu Deus,
Quando me dizes *não* com Teu amor.
E sempre que Te rogue o que não deva,
Não me atendas, Senhor !...



Paz, muita paz para todos nós.