sábado, novembro 29, 2003

A NINFA OCULTA NO BLOCO DE MÁRMORE

Sócrates é geralmente conhecido como um grande filósofo, mestre do divo Platão - mas poucos sabem que ele era também um exímio escultor.

Um dia recebeu Sócrates um pedido do Prefeito de Atenas para esculpir a estátua de uma ninfa a ser colocada num bosque ao pé de uma fonte.

O filósofo aceitou a encomenda. Sem tardança, mandou vir o bloco de mármore branco, de Paros, e pôs mãos à obra.

Depois de mentalizar intensamente a efígie da ninfa, empunhou o martelo e foi desbastando o bloco de mármore. Grandes lascas voaram para a direita e para a esquerda.

Depois deste trabalho rústico, o escultor pôs de parte o martelo e outros instrumentos pesados e começou a trabalhar com ferramentas mais delicadas, como o cinzel, e, por fim, serviu-se dum finíssimo esmeril para dar acabamento à estátua.

Finalmente, estava na oficina do escultor uma efígie de imaculada alvura, uma figura de jovem esbelta, como os antigos imaginavam as divindades dos bosques e das águas. Tão leve era o aspecto da ninfa que parecia flutuar livremente no ar; parecia antes uma entidade astral do que uma estátua material.

Por quê?

Porque ele não aceitava ter esculpido a ninfa; ela já estava oculta naquele bloco de mármore, desde o início, e muito antes de ser visível. Eu, dizia Sócrates, já via a ninfa no dia em que fui buscar o bloco de mármore; apenas retirei dele o que a ocultava aos
olhos dos que não a podiam ver antes disso; nada acrescentei, apenas retirei o que a encobria.

Sócrates dizia uma grande verdade. Ele era um grande intuitivo. Viu o que os outros não viam. No ser humano via ele muito mais do que o corpo material - via a alma imaterial. Mas, como nem todos podem ver o invisível, é necessário que alguém desbaste o bloco bruto e amorfo para que apareça a ninfa que nele está oculta.

Muitas vezes, é a dor desse escultor carinhosamente cruel. Parece odiar o bloco bruto, de tanto amor que lhe tem. E, se o bloco humano não se defende contra as marteladas do sofrimento, a ninfa divina da sua alma pode manifestar-se.

Mas, se o homem passa a vida em brancas nuvens, como diz o poeta, nada acontecerá.

" Quem pela vida passou em brancas nuvens
Em um plácido docel adormeceu
Quem pela vida passou e não sofreu
Não foi homem, é projeto de homem.
Que passou pela vida e não viveu! "

O mundo está repleto desses projetos de homens, assim como uma jazida de mármore está repleta de projetos de ninfa.

O projeto de homem só conhece o gozo - e nada sabe da felicidade. E passa a vida toda em brancas nuvens, trocando gozos por felicidade.

E, quando alguém procura mostrar-lhe o que é felicidade, o projeto de homem gozador diz que felicidade é utopia e misticismo de sonhadores que não conhecem a vida.

Para tirar de um bloco bruto uma efígie de beleza, deve o escultor, acima de tudo, ter a intuição daquilo que ainda não existe materialmente; deve poder ver para além dos véus da matéria; deve poder conceber antes de dar à luz a sua ninfa, mesmo por entre as dores de uma longa
gestação.

TODA A FELICIDADE PASSA PELO SOFRIMENTO PRÉVIO. TODA A ALVORADA É A LUZ QUE SEGUE ÀS TREVAS DA NOITE.

Huberto Rohden


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Ter sabedoria consiste em possuir uma ´leitura do mundo´ voltada para o senso íntimo - capacidade de receber informações sobre as mudanças no meio (externo e interno) e de a elas interagir, exprimindo atos e atitudes únicos e originais.

O saber implica a facilidade de elaborar idéias simples para explicar coisas aparentemente complexas, utilizando-se os recursos fecundos e inspirativos do universo interior.

(Francisco do Espírito Santo neto / pelo espírito de Hammed)


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Amanhã é o dia dedicado à luta contra Aids. Trabalhemos juntos, informando, aconselhando, indicando os caminhos da prevenção.


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terça-feira, novembro 25, 2003

Vocês se lembram do Betinho? Herbert de Souza, vítima de Aids por sua condição de hemofílico, combateu a rendição à morte prematura pelo terror à doença e fez de sua vida possível um exemplo de capacidade de luta e fé na vida.
Aqui, vocês encontrarão um artigo deste sociólogo que mostra sua coragem e persistência diante do inexorável: O Dia da Cura


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Motivos de Alegria

Não encontras motivos para ser alegre?

Em tudo há aspectos positivos, geradores de alegria. A enfermidade carrega consigo a esperança da saúde; os negócios mal sucedidos conduzem ao valor da experiência;
os insucessos amorosos trazem os treinos para o verdadeiro amor;os tropeços com o ganha-pão desenvolvem habilidades para lidar com o dinheiro; e, até mesmo a morte, que parece justificar toda tristeza, leva as mazelas materiais e inicia uma felicidade.

Por que, então, ser triste?

Mesmo que te sacudam truculentas necessidades, respira fundo e sê alegre. Afasta a poeira dos olhos e homenageia a vida triunfante que está em ti.

Quem não vê motivos para ser triste já está na alegria.


Exortação de Lourival Lopes.


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