domingo, dezembro 01, 2013

Recapitulando o Evangelho de Jesus Cap. IV Itens 9 a 17

                                                              Imagem colhida na Internet


                                 RECAPITULANDO O EVANGELHO DE JESUS
                                                       Cap. IV         Itens 9 a 17
          

          Vamos continuar no tema Reencarnação a partir de citações conhecidas, para atribuir a elas seu verdadeiro sentido. Como em “O Espírito sopra onde quer, ouvis sua voz, mas não sabeis nem de onde ele vem, nem para onde ele vai” a palavra Espírito pode ser tomada como o Espírito de Deus que confere vida a quem Ele quer, ou seja, dá a alma do homem. Da mesma forma,”vós não sabeis de  onde ele vem nem para onde vai” significa que não se conhece o que a alma ou espírito foi nem o que será. Ora, se o Espírito (ou alma) fosse criado ao mesmo tempo que o corpo, saberíamos de onde veio, já que estaríamos a par  de seu começo. De onde podemos deduzir que essa passagem é a consagração do princípio da pré-existência da alma e, portanto, da pluralidade das existências.”
          Conhecemos a passagem,”desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos Céus é tomado pela violência, e são os violentos que o obtêm, porque até João, todos os profetas, assim como a lei, profetizaram; e se quereis compreender o que vos disse, é ele mesmo o Elias que deve vir. Ouça aquele que tem ouvidos para ouvir.”
          Ora, se o princípio da reencarnação expresso em São João podia ser entendido como puramente místico, essa passagem de São Mateus não deixa nenhuma dúvida de que estamos diante de uma verdade. Voltemos à citação “Desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos Céus é tomado por violência...”  e perguntemos: que significado pode ter uma afirmação desta se João Batista vivia ainda naquele momento? Jesus a explica  dizendo:“Se quereis compreender o que vos disse, é ele mesmo, o Elias que deve vir.”
           Uma outra referência à violência da lei mosaica  que ordenava o extermínio dos infiéis para ganhar a Terra Prometida - Paraíso dos Hebreus - podemos encontrar na afirmação: ”Até o presente o reino dos céus é tomado pela violência”.  Segundo a nova lei, porém, o céu se conquista pela prática da caridade e do amor ao próximo.
Depois, Ele acrescenta: “Ouça quem tem ouvidos para ouvir”.
          Tão repetidamente usadas por Jesus, essas palavras tinham um significado – o mundo não estava pronto para assimilar certas verdades.
           Esta passagem de Isaias é bastante explícita: “Aqueles do vosso povo que se tenham feito morrer, viverão de novo” Se o profeta quisesse falar de vida espiritual, se tencionasse dizer que aqueles que se fizeram morrer não estavam mortos em Espírito, ele teria falado ‘vivem ainda’ e não ‘viverão de novo’ .
             Palavras absurdas, no sentido espiritual, já que implicariam numa interrupção na vida da alma  e negação das penas eternas, assim como no sentido de ‘regeneração moral’, uma vez que estabelecem, em princípio, que todos aqueles que estão ‘mortos reviverão’.  
          Uma indagação persiste: Depois da morte, pode o homem reviver? Há três versões: 1) “Nessa guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que minha transformação chegue”. 2) ”Esperarei todos os dias de meu combate, até aquele em que me chegue alguma transformação”.( Tradução protestante de Osterwald); 3) “Quando o homem está morto, ele vive sempre; terminando os dias de minha existência terrestre, esperarei porque a ela voltarei de novo”. (Versão da Igreja  grega).
          Como vemos, o princípio da pluralidade das existências está claramente expresso nessas três versões. Isso nos leva à constatação de que sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era uma das crenças fundamentais  dos judeus, o que foi confirmado  por Jesus e pelos profetas de maneira formal. Isso significa que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo.  Isso, do ponto de vista religioso. Do ponto de vista filosófico, aí estão as provas que resultam da observação dos fatos. Na hora em que se examina um fato, remontando dos efeitos à causa, a reencarnação surge como necessidade absoluta, como uma condição inerente à humanidade, ou seja, como uma lei natural. Só ela pode responder ao homem de onde ele vem, para onde ele vai, por  que está na Terra, além de justificar todas as anomalias como todas as injustiças aparentes que a vida nos oferece.
          O princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências consegue explicar as máximas do Evangelho. Só ele fará com que  interpretações contraditórias sejam banidas e que seja restituído seu verdadeiro sentido.

                                                   ***********

            Espero ter conseguido meu intento: tornar mais assimilável esta leitura.

           Ponho-me à disposição para qualquer entendimento.
           
           Deixo-lhes um Youtube gostoso para encher de som nosso cantinho de encontro enquanto vocês meditam. Até mais.

9 comentários:

Anônimo disse...

Mana querida.
Hoje não me sinto capaz de tecer comentário sobre o tema abordado, entretanto, para não lhe causar frustração transcrevo parte do diálogo do meu neto Ricardo com sua mãe, minha filha Vânia, adaptado no meu conto "O SUPER RICO" inserido no livro "O PULO DO GATO", de minha autoria:
- O Espiritismo ensina que os espíritos são criados por Deus, simples e sem sabedoria, aos quais são permitidas inumeráveis vidas neste ou em outros planetas
dos bilhões de sistemas planetários que povoam a imensidão do universo.
- E por que viver tantas vezes?
- Para aprendizagem e para a grande busca do aperfeiçoamento até a angelitude. Deus não condena nenhum de seus filhos à perdição, ao contrário, querendo que não se perca um só deles, dá-lhes sempre novas oportunidades de corrigenda. É a lei reencarnacionista. Assim se manifesta a justiça e a bondade de Deus.
- Reencarnação tem lógica!... então, eu sou espírita.
- Quem falou a você de reencarnação? De onde tirou essa certeza de que é uma verdade?
- Ninguém falou, mas eu sei, está dentro de mim. Se houvesse uma só vida, quem nascesse pobre estaria no prejuízo.
- Gostei, Rico, do seu raciocínio!
- Fale mais, mamãe, estou gostando.
- Na hipótese de uma única vida, como entender a Suprema Justiça? Uns nascem com todas as possibilidades de uma vida normal, têm família organizada, situação financeira estável, meios de estudar, trabalhar, crescer, melhorar-se. Outros nascem em completa penúria, falta-lhe o básico, são párias da sociedade. Somente a reencarnação explica tais desníveis como meios de reparação de delitos cometidos no passado. Deus, por ser justo e bom, oferece-nos renova\das chances; nos, pecadores recalcitrantes, escolhemos as provas para as nossas almas endividadas.
Encerrada a conversação, Rico recolheu-se introspectivo como é comum quando as "ideias" lhe assediam as mentes.
Mana, é a minha colaboração.
Desculpe se não agradou.
O beijo do seu mano que está com um vulcão em erupção na cabeça.
Felinto Elízio




Old Mag disse...


Como não aceitar, mano? Seu tema é sobre reencarnação. Exatamente do que tenho falado há uns quatro capítulos. É um tema que dá margem a muitas reflexões e que nos leva a muitas das conclusões já alcançadas.

Tudo aquilo que vem de você tem mérito. Sua experiência como cronista/contista infanto-juvenil,seus inúmeros artigos sobre a doutrina espírita que se acham publicados em vários veículos de difusão e seu exercício como dirigente de sessões de incorporação, suas contribuições em vários
outros campos de trabalho, tudo lhe confere autoridade para falar de assuntos da rotina ligada à espiritualidade.
Obrigada, meu irmão. Que você possa estar sempre aqui comigo e com nossos leitores.

Anônimo disse...

Cara Magaly

Tenha um doce Natal e um Ano Novo com muita saúde, amor e alegrias.
Que Deus te proteja, sempre.
Beijos. Ana.
Não tive tempo de ler o seu texto. Depois volto para ler.

Old Mag disse...


Cara Ana,pensei que não estivesse por perto. Fiquei alegre quando vi sua mensagem. Obrigada pela sua atenção carinhosa. Espero que seu Natal tenha sido feliz e que esteja firme para receber o Ano Novo, não que possamos esperar grande coisa. As veias abertas como andam não deixam de sangrar de uma hora para outra, mas temos que estar firmes na intenção de pedir a Deus que nos livre do Mal. Que assim seja.

Anônimo disse...

Que Deus nos livre do Mal, Magaly.
E nos dê forças para suportar as perdas inevitáveis. Que assim seja.
Gostei de ler o seu texto e o comentário. Eu também fiquei alegre quando vi sua mensagem.
Beijo carinhoso.
Ana.

Anônimo disse...

Queria deixar para você um link
"pronto" para você ouvir Yo-Yo Ma
Bach Cello suíte número 1 Prelude.
Mas o sistema de comentário não permite. É preciso copiar e colar no Youtube.
Aqui está: http://www.youtube.com/watch?v=q2ZHjSA8mkY&feature=share

Anônimo disse...

A anônima sou eu, Ana :)

Old Mag disse...

Ana, acessei o link . É uma excelente peça musical, lindamente executada. Obrigada, muito mesmo. Abraço
Maga

Anônimo disse...

Que bom que você gostou!
Ana.