sexta-feira, novembro 28, 2008

ANJOS Tarsila do Amaral
ATOS DE FÉ E AMOR
Antes de entrarmos em qualquer assunto , vamos concentrar nosso pensamento no cenário de desolação em que se debatem os habitantes de Santa Catarina e elevar a Deus uma prece por essa população aterrorizada e sofrida. Unidos pelo mesmo pensamento, nossa vibração, pontuando o sofrimento de cada família catarinense em estado calamitoso, terá certamente como resposta a cessação das chuvas, de efeitos danosos, quando em excesso.
Oremos, então:

Senhor, imploramos a sua misericórdia para conter essa onda de malefícios em que se debatem nossos irmãos do Sul. Dê-lhes a coragem necessária para reagir; aguce-lhes a criatividade para que encontrem soluções engenhosas e práticas e possam sair do pesadelo em que se encontram. Que conservem a fé e não desesperem.
Que assim seja.
Para hoje, reservei uma passagem do livro Mandato de Amor, um tocante relato de um ato de respeito , fé e amor ao próximo sem precedentes. Vamos lá.
"Nosso querido amigo Chico há muito claudicava. Doía-lhe um pé. Dr. Rocha, médico vizinho e amigo, já lhe ministrara medicamentos, sem, contudo, minorar seu sofrimento. Tudo de pouca valia! As dores persistiam fazendo Chico manquitolar horrivelmente.
Os funcionários retornavam às suas casas servindo-se de uma charrete. (...) O veículo adentrava a cidade por uma rua onde se localizava, então, o meretrício.
Uma tarde, Chico e seus companheiros, ao passarem pelo "Biriba" - designação vulgar dada ao logradouro - foram abordados por uma das moças que habitavam o lugar. E, dirigindo-se ao Chico, ela disse:
- Venha até a minha casa. Preciso lhe falar.
Gracejos, motejos, risadas e comentários infelizes fizeram-se ouvir. Chico desceu do carro com dificuldade, acompanhando a moça até a sua residência.
Todas as meretrizes que lá viviam receberam-no com profundo respeito, oferecendo-lhe uma cadeira, na qual Chico assentou-se.
A moça que o abordara trouxe uma pequena bacia com água limpa. Humildemente, pediu-lhe permissão para descalçá-lo dos sapatos, colocando seu pé doente dentro da bacia. Segurando raminhos de flores do campo, a moça rezou e todas as outras a acompanharam, contritas. Ela molhava os raminhos e os batia, delicadamente, no pé de Chico, repetidamente, por várias vezes. Em seguida, enxugou-o, beijou-o e o calçou novamente.
Dois dias depois, chorando de emoção, Chico contou-nos o que presenciara na casa de encontros. Através de sua vidência, registrou que o líquido da bacia foi ficando escuro e lodoso, à medida que a mulher banhava-lhe o pé, fazendo com que a dor se esvaísse lentamente.
Para todos os presentes, a água manteve-se inalterada, límpida, nada mudara.
Chico nunca mais sentiu dor. A pobre meretriz, no ato humilde, no gesto simples, na bacia insignificante e nos raminhos de mato, mais que nós outros, colocara em sua oração algo sublime e operador de maravilhas: o Amor."

Excelente lição de amor, demonstração da força da fé, poder do amor ao próximo no limite da capacidade humana.
Palavras de Emmanuel:
“ANTES DE PROCURARMOS O REINO DE DEUS NO IMENSURÁVEL DOS CÉUS, UTILIZEMOS NOSSA CAPACIDADE PARA CONSTRUÍ-LO DENTRO DE NÓS MESMOS, ATRAVÉS DO CÉU QUE PUDERMOS OFERECER À ALMA DO PRÓXIMO”


ATENÇÃO:

Nossos irmãos de Santa Catarina confiam em nossas vibrações e preces. Unamo-nos em oração constante por eles , sobreviventes e desencarnados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Preocupado com problemas meus(problemas???), coisas insignificantes, nem pude me ligar à tragédia de Sta. Catarina.
Foi preciso que uma alma generosa viesse dar uma sacudida (UM PUXÃO DE ORELHAS, MELHOR DIZENDO) para fazer-me sair da letargia e acompanhasse a belíssima oração.
Um beijo para minha querida.
Felinto Elízio

Old Mag disse...

Mano, não se perturbe . Isto acontece com todos nós. O cotidiano, às vezes, toma toda a nossa atenção. O que vale é que agora sua voz se junta às outras pelo bem dos que estão submetidos a tanto sofrimento.
Viu como aproveitei a passagem da vida do Chico que você e Leda me tinham mandado? E as palavras sempre amorosas e sábias de Emmanuel?
Um beijo da Mana