sábado, fevereiro 15, 2003

Vou repassar pra vocês um artigo de O Semeador de 10 / 02 / 03, assinado por uma amiga muito querida - Leda Maria Flaborea.

Bem-aventurados os aflitos : A justiça das aflições

Quando Deus nos enviou Jesus, pretendia Ele, certamente, colocar em nossos corações e em nossas mentes o entendimento de Suas Leis através dos ensinos do Mestre.
Buscava Ele, através de Jesus, um guia seguro para nossa caminhada em direção ao Seu amor que é, afinal, o destino de todos os homens. Assim, conhecendo nossas necessidades e aflições, enviou Seu Filho amado para traçar, para nós, as diretrizes de nossa evolução, de forma a nos sentirmos consolados e amparados. E Jesus cumpriu à risca as orientações recebidas, pois cada palavra sua vinha e vem impregnada da força amorosa que convida todos a refletir e a meditar sobre as dificuldades e os pesares que envolvem nossa trajetória terrena.
É muito difícil para nós ainda meditarmos sobre os ensinamentos evengélicos, pois nos encontramos, neste momento evolutivo, presos às coisas da matéria e, por essa razão, muitos de nós entendemos Deus possuindo dois pesos e duas medidas. Senão, vejamos : todas as vezes que nossas dificuldades nos pesam, achamos que Ele é injusto, porque consideramos nosso sofrimento maior que o de outras pessoas. Acreditamos não merecer tantas aflições, pois nada fizemos para atravessar a vida dessa maneira; mas, ao contrário, se nosso pesar é mais leve que o dos outros, acreditamos que Deus seja justo, pois, se o outro sofre, certamente deve merecer.
Estabelece-se, assim, uma imagem de Deus à semelhança do homem. Do homem que privilegia uns, em detrimento de outros, que é parcial e age por capricho. Do homem que não percebe que, se Deus é justo para consigo, o é para todos e que se Ele é bom para o outro, também não o é para si. E, se Deus é todo Bondade e Justiça - sem essas perfeições infinitas não seria Deus - então, a causa de cada sofrimento, seja pequeno ou grande, também é justa.
O que dificulta nosso entendimento é não conhecer, muitas vezes, a razão de nossas aflições. Quando, porém, aceitamos os desígnios do Criador como necessários ao nosso progresso moral e intelectual, vamos em direção a esse Sol que nos ilumina e aquece, como as aves migratórias que abandonam as regiões mais frias e, intuitivamente, buscam o calor e o aconchego de regiões ensolaradas. Assim somos em relação ao Pai.
Dentro de nós, sentimos a necessidade de buscá-LO e vivenciar Seu Amor através de Cristo. Às vezes, demoramos um pouco mais que os outros a compreender e iniciar, com vontade firme, determinação e perseverança diante dos obstáculos que nos chegam, essa caminhada. Todavia, não importa o quanto demoraremos para chegar, pois, querendo ou não, chegaremos a Ele.
Jesus nos alertou que somente por Ele chegaríamos ao Pai quando disse que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Contudo, acreditamos que o nosso maior obstáculo à compreensão dessa advertência é o fato de que ainda estamos esperando que o Mestre venha ao nosso encontro para nos carregar nos braços. E, enquanto nos perdemos na condição de crianças, aguardando que alguém nos erga dos tombos que levamos, o amigo de todas as horas espera que cresçamos e caminhemos em sua direção.

Fonte : O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V, itens 1 a 3. E- mail : ledaflaborea@ig.com.br


Agradeçamos à Leda a elucidação do trecho evangélico e desejemos que sua inspiração nos brinde com outros trabalhos tão bons como este .


Que a paz de Jesus se instale em nossos corações, conduzindo-nos a uma vida mais rica em boas ações e em atos caridosos.
Até o próximo encontro.











































































































































Estabelece-se assim uma imagem de Deusmerecer.

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