terça-feira, setembro 29, 2009

AS VISITAS DE CHICO



Lembrando CHICO e suas andanças pela prática da caridade


Uma amiga contou-me que, no livro Mediunidade, de Divaldo Franco, encontrou uma passagem sobre as visitas noturnas que Chico fazia para levar conforto a pessoas entregues ao abandono.


Não sei se serei capaz de reproduzir exatamente o relato que ouvi com espanto e admiração, mas farei uma tentativa.

O impressionante não eram as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas as anônimas que ele fazia madrugada a dentro quando saía sozinho para levar conforto moral a famílias carentes, a pessoas moribundas.

Ali estava uma imensa antena paranormal da humanidade, nestes últimos séculos, a encobrir tamanho potencial e amparar uma família com fome , em sofrimento.

Éverdade que, em Pedro Leopoldo, ele visitava pessoas que moravamm debaixo de uma velha ponte que já ruíra, numa estrada abandonada. Sua irmã Luísa e mais duas ou três pessoas da mesma comunidade insistiam em acompanhá-lo.

À medida que o número de visitas aumentava, o número de necessitados se avolumava. O grupo visitador mal conseguia reunir víveres para o grupo carente. Pessoas de escassos recursos, contavam com a boa vontade dos que reconheciam a luta que enfrentavam.

Havia a ajuda preciosa, embora esporádica, do esposo da Luísa que. como fiscal da prefeitura, podia, algumas vezes, recolher, nas feiras livres, o material excedente (legumes, frutas e outros alimentos) destinado a doação, para Chico distribuir aos seus necessitados da ponte.

Houve, porém, um dia em que ele, sua irmã e auxiliares não conseguiram recolher nada, Decidiram, então, que não iriam à ponte naquela noite vazia. Eles próprios viviam com muito pouco, com extrema dificuldade.

No Centro, naquele sábado, Chico recebeu o espírito do Dr. Bezerra de Menezes que sugeriu aos visitadores que providenciassem umas vasilhas com água. Eles assim procederam e o benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma como do de todas as pessoas presentes, fluidificou o líquido das vasilhas, deixando-o levemente perfumado. Após a sessão, Chico e seus auxiliares transportaram as moringas para o local do encontro.

Havia cerca de duzentas pessoas, entre adultos, crianças, enfermos em geral, alguns com graves problemas espirituais, todos extremamente necessitados.

- Lá vêm o Chico e a Dona Luísa, gritaram eles!

Constrangido por ter apenas água (aquelas pessoas não entendiam de água magnetizada), Chico tentou explicar a situação:

- Meus irmãos, hoje não temos nada de substancioso a oferecer, mas lhes pomos nas mãos essas moringas de água fluidificada.

A decepção gerou mal-estar e as pessoas se retraiam ou se mostravam hostis, algumas tomando atitudes de desrespeito, levando-o ao sofrimento.

Em dado momento, uma das assistidas levantou-se e disse com voz decidida:

- Alto lá! Estes homens e estas mulheres vêm sempre aqui trazer-nos ajuda com todo respeito e consideração. Se hoje eles não têm o que distribuir, cabe-nos aceitar e enntender suas razões. Vamos juntar nossas energias, vamos cantar, vamos entoar um hino a Deus e agradecer.

Enquanto ela se pronunciava, apareceu um caminhão carregado e alguém, lá de dentro, indagou: - Quem é Chico Xavier?

Quando Chico se apresentou, o motorista perguntou-lhe se ele conheca um Dr. Fulano de Tal. Chico recordava-se de um senhor de grandes posses, de São Paulo, que, um ano antes, estivera em Pedro Leopoldo e lhe contara seu drama pessoal. O filho havia desencarnado e ele e a esposa estavam desolados. Chico compadeceu-se do casal e tentou ajudá-los com palavras de fé e temperança.

Com o tempo, durante uma sessão, o espírito da criança, trazido pelo espírito de Dr. Bezerra de Menezes, deixou aos pais uma consoladora mensagem de esperança e amor.

Ao receber a mensagem do filho, o cavalheiro asseverou:

- Um dia, Chico, hei de retribbuir-lhe , de alguma forma, seu gesto de amparo.

Emocionado e curioso, pediu a Chico que lhe explicasse o fenômeno daquela comunicação, recebendo do médium uma ampla aula sobre comunicações mediúnicas.

O motorista concluiu a entrega dos alimentos, explicando que viera com o endereço do Centro, a mando do Sr. Fulano de Tal, para entregar a carga, mas devido a um problema na estrada, demorara um pouco mais no percurso, encontrando o local fechado. Um senhor de idade, de barbas brancas, aproximou-se e perguntou o que eu desejava. - Procuro o Sr. Chico Xavier, disse-lhe.

Então, dobre na primeira curva, vá até uma ponte caída e diga que fui eu quem o orientou.

- E como se chama o senhor?

- Meu nome é Bezerra de Menezes.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom. Merece uma divulgação mais ampla.Se Chico Xavier fosse de uma outra confissão religiosa, certamente o caso estaria sendo conceituado como mais um milagre e haveria um processo de canonização.Os espíritas que se cuidem.Falta muito pouco para inventarem que o Chico antes de morrer se confessou, comungou,renegou o espiritismo e recebeu a extrema unção.Teria sido a vitória contra o demônio. Não duvide. Felinto Elízio

Old Mag disse...

Deixe pra lá, meu irmão, no fim de tudo, a verdade sempre aparece. Ninguém avança impune na seara do outro.
Isto acontece acima da linha da politicalha humana
Bjs