Foto de jardim
Gosto muito dos livros de Richard Simonetti pela abordagem instigante e atualizada que ele faz das significativas questões pertinentes às obras básicas da Doutrina Espírita.
Vou transcrever aqui “O Calcanhar de Aquiles”e vocês vão ver como tenho razão.
Segundo a mitologia grega, quando nasceu seu filho Aquiles, Tétis, esposa de Peleu, rei de Ftia, na Tessália, pretendeu que seria imortal. Para tanto passou-lhe ambrosia no corpo e o mergulhou no rio Estige, cujas águas deveriam torná-lo invulnerável. Mas houve um descuido Ao fazê-lo, segurou-o por um calcanhar, a única parte de seu corpo que não recebeu o banho mágico.
Foi sua perdição.
Na Guerra de Tróia, Aquiles foi morto por Páris que lhe desfechou uma flecha envenenada, atingindo-o no pé desprotegido.
Daí a expressão “calcanhar de Aquiles” – o ponto fraco, a parte vulnerável, num
mecanismo, numa estrutura, numa pessoa...
O calcanhar de Aquiles do Titanic, que provocou seu naufrágio, foi o casco frágil, fruto da ganãncia dos produtores que forneceram chapas de aço inferior para a construção.
O calcanhar de Aquiles para o Zeppelin, dirigível de imensa estrutura que se elevava aos ares, era o hidrogênio altamente inflamável que lhe servia de sustentação, causando trágicos e monumentais incêndios.
O calcanhar de Aquiles na educação no Brasil é a crônica falta de recursos.
O calcanhar de Aquiles de Garrincha (1933-1983), o endiabrado bicampeão mundial de futebol, era o alcoolismo, que precipitou sua morte prematura.
O calcanhar de Aquiles de Judas Iscariotes foi a ambição que comprometeu irremediavelmente sua tarefa como discípulo de Jesus.
A reencarnação é como um mergulho nos turbilhões da matéria.Revestimo-nos de uma armadura carnal que nos oferece relativa proteção diante das investidas de inimigos e malfeitores do Além.Não fosse assim e estaríamos inteiramente à sua mercê como desprevenidos viajores em terra de assaltantes. Não obstante, temos o nosso calcanhar de Aquiles.
Para situá-lo, lembremos um balão. Inflado indefinidamente, terá um limite de expansão. Tenderá a romper-se onde for mais fina e frágil a borracha de que é feito.
Algo assim ocorre quando sofremos influências espirituais inferiores, gerando tensões e angústias que repercutem em nossos pontos vulneráveis, com consequências imediatas:
o portador de um fígado frágil – crise hepática;
o hipertenso – elevação de pressão arterial;
o cardíaco – angina;
o epilético – convulsão;
o artrítico – dor aguda.
Considere-se, entretanto, que a verdadeira vulnerabilidade, nosso ‘calcanhar de Aquiles, situa-se na sintonia mental desajustada, a partir dos pensamentos e sentimentos que cultivamos em determinadas circunstâncias. É ela que abre as portas de nossa alma, facultando a pressão das sombras. Os desajustes que surgem a partir daí, físicos e peiquícos, situam-se por mero efeito.
Ante os adversários da Terra, Aquiles esqueceu-se de proteger o calcanhar.
Ante os adversários do Além, é preciso proteger a “cabeça”.
Não é difícil. Basta disciplinar a mente, observando feliz recomendação do apóstolo Paulo ( Filipenses, 4:8):
Quanto ao mais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é
puro, tudo o que é amável, tudo o que grangeia bom nome, tudo o que é virtuoso,
tudo o que é digno de louvor, seja objeto de vossos pensamentos.
De ”Luzes do Caminho” (Richard Simonetti)
E então? Não é uma leitura atraente? Abstenho-me de tecer comentários porque preciso anexar mais três capítulos do estudo proposto por Dra. Marlene Nobre sobre ''O Nosso Lar", como temos feito a cada post.
Boa quinzena, boa leitura, bom estudo.
Capítulo 7 – Explicações de Lísias
1 – O valor da prece humilde. A necessidade de reverência ao Ser Supremo, Autor de tudo quanto existe.
2 – Estudo sobre a matéria de que são constituídos prédios e objetos no mundo espiritual. Também sobre flores, vegetação, pássaros e animais.
3 – A questão do tempo no mundo espiritual.
4 – A extrema diversidade evolutiva dos Espíritos e as incontáveis regiões onde se abrigam.
5 – Critérios a seguir para termos nossos desejos realizados.
Capítulo 8 – Organização de Serviços
1 – Desconhecimento da humanidade quanto às questões espirituais.
2 – Organização de “Nosso Lar” como fonte de inspiração às instituições terrestres.
3 – A colonização e criação de cidades no mundo espiritual. Semelhanças e dessemelhanças entre as fundações terrestres e espirituais.
4 - Leitura do livro Cidade no Além, de Chico Xavier e Heigorina Cunha, pelos espíritos André Luiz/Lucius.
Capítulo 9 – Problema de Alimentação
1 – A alimentação, em geral, é fonte de desequilíbrio e obsessão, tanto no mundo físico quanto no extra-físico.
2 – Cidades espirituais também evoluem, através de medidas instituídas ao longo de sua história, que auxiliam a libertar seus habitantes da animalidade inferior.
3 – Ocorrem livres manifestações das idéias, desde que os atos rebeldes não coloquem em risco a segurança e o equilíbrio da cidade e da população.
4 – O Governador é escolhido por reunir em si bondade e sabedoria. É o que mais trabalha, raramente descansa.
5 – O contraponto da rebeldia é a paciência e a energia serena.
6 – Há uso de mecanismos de defesa, quando necessário.
7 – São características do grande líder espiritual: determinação nos ideais superiores a serem alcançados; tolerância e bondade em relação às opiniões contrárias.
3 comentários:
Maga, querida, estou aqui, ai8nda começando a ler o mito, o que sempre me fascina. O filósofo Platão era um defensor da doutrina da Metempsiose. Um reencarnacionista de primeira linha. Quanto a Aquiles vou ler agora.
Volto a comentar assim que terminar.
Devo. desde logo, parabenizar o notável empreendimento de dra. Marlene Nobre e seu.
Algo profundamente valioso.
beijos
Meg
Meg, vocÊ não imagina o valor que dou ás suas vidas aqui, ao carinho de sua atenção. Que achou de Aquiles? Gostou das referências?
O trabalho da Dra. Marlene é, realmente, digno de nota. Tenho pena de não dispor de tempo suficiente pra ler mais detidamente sobre cada um dos tópicos em que ela divide a matéria.
Volte sempre que der. Que Deus a abençoe .
Leia-se Vindas ni começo da segunda linha.
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